98° Capítulo

49 7 3
                                    

O delegado já tinha me dito que iríamos recuar eu já estava sem fôlego e um pouco tonta não comi nada, ando lentamente não tinha ninguém na rua por isso não me preocupava vejo uma carteira pego ela, até porque eu poderia conhecer o dono, abro a carteira ali tinha cartão do banco, passaporte abro o passaporte e meu sinto a batida do meu coração falhar, era a foto do Bruno mas o nome era diferente a data de nascimento também Kennedy Martinez Russo era o nome dele ai eu começo a ligar os pontos a amizade com o Nicolau o desconforto em falar sobre o morro as suas conversas estranhas no telefone tudo era tão óbvio como eu fui burra sinto a fraqueza nas pernas e sento me no chão sinto a primeira lágrima cair no meu rosto fecho o passaporte e vejo o bilhete de identidade era ele era o Kennedy eu já não conseguia ver como Bruno somente um traficante um traficante de merda limpo as lágrimas e me levanto pego a parede sentindo o mundo girar pego a arma no chão, eu iria matar ele, eu odiava ser feita de trouxa ele me mentir durante meses dizendo que me amava, que eu era o amor da sua vida, que queria casar comigo, ele trabalhou comigo, eu lhe dava todas as estratégias de invasão possível

—Eu vou matar aquele idiota -  destravo a arma.

(...)

—Ninguém se atreva a atirar nela - Kennedy ou Bruno diz, quando seis homens apontam a arma para mim excluindo Nicolau, eu já nem sabia quem ele era.

—Kennedy Martínez Russo, sua carteira caiu no meio da rua - digo deixando sua carteira por cima da mesa.

—Giovanna aqui não é o lugar nem a hora certa para falarmos disso - ele diz calmante, e manda todos sairem da boca.

—Como é que você conseguia dormir sabendo que estava mentindo para a mulher que dormia do seu lado varias noite, você é nojento...

—Gio - ele tenta interromper.

—Não me chama de Gio, gio é só para os próximos e você está longe disso, você mentia para mim dizendo que me amava você entrou na minha casa e conheceu minha mãe e se fez de boa pessoa mas você não passa de um traficante de merda que entrou para a polícia só para vigiar os nossos planos e defender esse monte de filho da puta, eu até posso ter amado o Bruno mas eu sou policial e jurei defender todos os que sofreram, hoje morreu bastante gente por sua culpa e eu vou defender a honra de todos eles - aponto a arma para ele, ele olha para mim e diz.

—Defenda a honra de todos eles, faça isso atira bem para aqui no meu peito - ele bate no seu peito —Mais de uma coisa você não pode afirmar sem ter a certeza - fico confusa mais não falo nada —Eu amei você em todos os momentos que a gente viveu, e continuo te amando.

—Você só amava dormir comigo seu cafajeste - começo a tremer, eu não queria matar ele porque por mais que eu negasse eu amava ele.

—Giovanna baixa essa arma, você vai acabar fazendo besteira enquanto não quer - ele diz aproximando se quando meto o dedo no gatilho.

—Você mentiu para mim, você me fez de seu brinquedo sexual seu Filho da puta - grito a última parte e aperto o gatilho.

Chego a casa e desabo chorando não falei nada durante a viagem, provavelmente a mãe não estava em casa vou direto para o meu quarto tiro a roupa e vou ao banheiro olho me no espelho e vejo uma marca roxa no pescoço, toco naquela região e sinto dores

—Você ainda vai me pagar J.P eu ainda irei ver você por detrás das grades - entro no box e ligo o chuveiro, contínuo a chorar chorar imenso, soluço uma duas três vezes é como se o Bruno tivesse me espetado uma faca no coração, saio do chuveiro depois de tomar banho visto um pijama qualquer e deito me na cama, começo a lembrar me de todos os momentos que passei com o Bruno ou o Kennedy não importa das vezes que ele disse que me amava e eu correspondia das vezes que a gente transou e eu disse que era sua, penso em ligar para a Jessica ou para Carla mais já é muito tarde pego meu celular e começo a selecionar todas fotos em que ele estava, era tão estranho em como o sorriso dele parecia tão sincero, filho da puta apago todas as fotos lanço meu celular para qualquer canto e acabo adormecendo.

Dono do Crime Onde histórias criam vida. Descubra agora