Capítulo XX- Príncipe Ian

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― Saia de perto de mim, ― Ian fala com medo do que poderia acontecer com ele.

― Porque? não gostou da nossa brincadeira de antes?

― Se chegar perto eu arranco sua cabeça !

― Mas não estou vendo nem uma faca perto de você!

― É mais eu tenho minhas mãos,

― Um olhando aqui, estou notando que você está mais pálido, acho que você também ganhou poderes não é mesmo.

― Que poderes?

― O de se transformar em uma fera, que até mesmo as feras selvagens temeriam sua presença.

― Está louco. ― Ian foi para o canto da cela.

― Vou mostrar para você ― Sua pele que era meio pálida, se tingiu de um vermelho se estivesse na carne viva, os seu dentes se curvaram sutilmente fazendo uma espécie de focinho, só que bem maior do que o habitual. A vermelhidão em sua pele estava necrosada, o cheiro de ferida exposta tomou conta da cela, sua pele que aparentava está ferida agora ganhava pelos longos como a de um lobo, seus olhos castanhos se tingiram de um amarelo sombrio. Era assustador, até mesmo para Ian ver o corpo do pai de Wallacy tendo espasmos violentos, enquanto ele dava gritos de dor misturados com risadas tão altas que daria para assustar qualquer pessoas desprovida de coragem. Os ossos quebrando, o estalar era semelhante a galhos se partindo, ele começou a gritar, seus dentes aumentaram como a de um animal carnívoro. Suas roupas se rasgam. E seus olhos estavam tingidos de um amarelo cintilante como as de um vagalume.

― Gostou do teatro? ― Ele perguntava para Ian olhando com seus olhos rubros de um amarelo sinistro.

― Olha vejo que se tornou o cachorro sarnento que sempre foi. ― Falei como os olhos vermelhos que chegavam a brilhar com tanta densidade que os conseguia ver nos olhos amarelados do ex comandante. ― Mas pelo o cheiro você provavelmente não irá durar muito tempo seu cheiro está podre e necrosado, como uma doença que está te consumindo por completo.

―Do que está falando, eu me sinto perfeitamente bem! ― Ele levantou seus caninos para o telhado feito de grossas camadas de madeira. ― Agora vamos continuar nossa brincadeira. ― Vi ele com agilidade jogando seu corpo em cima de mim e com um salto me livrei do mesmo, Minha grande sorte é que o teto é bastante alto, senão não conseguiria pular.

― Não fuja. ― Ele disse com raiva.

― É uma grande ilusão sua se você acha que vou permanecer parado como da última vez. Daquela vez eu estava com medo, agora estou maravilhosamente mais forte e com coragem absoluta para te matar. ― Falei, com a face séria.

― Você fica muito mais atraente quando me ameaça. ― Ele falou.

― E você fica cada segundo mais pútrido. ― Falei dando outro salto sobre sua cabeça e em seguida, dando um chute em sua cabeça, o que o fez bater com força o suficiente na parede para desacordado quase que instantaneamente. Quando seu corpo estava totalmente sobre o chão sua forma animal se desfez. Mostrando o homem nu e completamente cheio de cicatrizes. ― Acho que eu preferia quando seus pelos cobriam seu corpo. ― Falei me dando ânsia de vômito, Ele tinha o corpo bonito, Mas sua personalidade e tudo o que aconteceu no passado o fazia o cara mais nojento e repugnante que existe.

Eu conseguia escutar os passos, conseguia sentir o cheiro era outro lobo, o cheiro era diferente mas ainda era outro. Eu pulei e me segurei no teto no canto na parte escura, finquei meu pulso sobre a parede, me segurando em pleno ar.

― Ele está aqui, estou sentindo o cheiro dele. ― Essa voz, como eu senti falta dessa voz.

― Wallacy ―Falei me jogando ao chão e caindo de forma acrobática na superfície empoeirada. ― Como eu senti sua falta! ― Falei agora olhando em seus olhos.

― Eu também senti sua falta, meu lindo. Mas o porquê está aqui trancado?

― Arthur me trancou aqui com o seu pai, com o intuito dele me violar novamente, mas eu mostrei para ele que estou forte, e agora ele está desacordado no chão. ― Ele sorriu.

― Esse e o meu morceguinho.― Ele falou me causando arrepios ― Mas porque você ainda está aqui, sem fazer nada. ― Ele me perguntou.

― Estou sobre o encanto de Mesmero, não que ele tenha culpa, mas Arthur escreveu naquela folha velha, e agora ele obedece ao Arthur, o que faz com que Arthur seja indestrutível. ― Suspirei. ― Mesmero olhava para aquela folha com um pesar muito grande na consciência.

― E porque se trata de uma coisa que ele inventou, e que dá muito prejuízo para ele. ― A garota de cabelos caracolados da cor verde, olhou para mim, e eu consgui ver algumas semelhancas com Mesmero, mas ela parecia ser mais imponete, como se matar ou morrer não fizese muito no seu julgamento. ― Eu vim ajudar ele por conta disso. Tudo isso começou porque seu pai lutou em uma guerra que ele não compreendia no que estava se metendo. Pois quando ele conseguiu aquele papel para mudar o seu futuro, lorota de coisa que uma cartomante que falou o que poderia acontecer. Ele acabou por confirmar todos os acontecimentos que temos neste momento. Por isso Mesmero pediu para você queimar a folha, o que faria com que a folha se transformasse em pena novamente e acabaria com tudo o que Arthur criou nessa realidade, mas creio que as mudanças que ele fez nessa realidade estão começando a se fixar com o tempo. ― Ele explicava com tanta destreza como se já tivesse visto tudo o que tinha acontecido. ―Como pode ter tanta certeza que está ficando permanente . ― Falei.

― Sinto na minha alma, pois odeio coisas fixadas, adoro as mudanças. E acredite em mim tudo o que se fixa apodrece.

― Precisamos de um plano, para destruir aquela folha o mais rápido possível. ― Falei, com raiva. ― Ao ranger de dentes minhas presas dobraram de tamanho.

― Nossa quase tive uma ereção com você raivoso assim. ― Wallacy falou o que melhorou um pouco meu humor.― Bem como faremos.

― Primeiramente vamos tirar você daí e em seguida vamos achar Arthur e o enfrentar de cara a cara. ― Ayura falou.

Senti um cheiro podre chegando perto de mim, ao me virar para ver se o comandante ainda estava desacordado, ele me puxa para trás, como eu não escutei ele se transformando. E quando eu ia gritar, Ele me mordeu fixando seus caninos em meu pescoço. Dava para sentir seus dentes adentrando em minha carne rígida e endurecida como gelo. Quando suas presas adentraram mais sobre meus músculos, desmaiei quase que instantaneamente.

 Mas ainda conseguia escutar de leve ao fundo. ― Ian, Solta ele seu Desgraç... 

Destinado a um escocês militar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora