Acordo em um quarto todo escuro, me levanto e começo a tatear para vê se encontro alguma passagem.
— Aonde pensa que vai? – Diz a voz que conheci a pouco tempo.
— O que você quer de mim? – Digo agora vendo o quarto claro e a mulher na minha frente.
— Que você sofra e o que é meu por direito – Diz e começa a rir.
— Agatha o que você vai fazer com ela? – Me surpreendo quando vejo o progenitor do meu amado.
— Por enquanto nada – Diz se retirando.
Olho para aquele homem e me pergunto como ele é capaz de ajudar essa mulher a prejudicar a vida do seu filho, não só a dele como a de todos ao seu redor.
— Por que está ajudando ela? – Digo tentando entender.
— É mais complicado do que parece – Diz e se retira.
[.....]
Fico ali pensando em como fui burra por ter sido pega, poderia ter ligado para o Niko antes de sair da loja, não ter dado tanta bobeira.
— Se sente você tem que comer – Diz ele.
— Não estou com fome – Digo.
Na mesma hora pensei no meu bebê e no óbvio, tenho que me alimentar bem para ele crescer saudável.
— Me dê – Peço e começo a comer.
Foi só a comida bater no estômago que me deu vontade de vomitar, corro para o banheiro que é acoplado no quarto e despejo tudo aquilo que comi.
— Você está grávida? – Pergunta com certo tremor na voz.
— Sim, descobri hoje – Digo limpando a boca.
— Quando descobri que Lara estava grávida do Niko entrei em Pânico – Diz e da um sorriso amargo — Lhe disse coisas horríveis que me arrependo amargamente até o dia de hoje, poderia ter sido feliz ao lado da única mulher que amei, mas por puro egoísmo e covardia eu a deixei ir, quando a reencontrei novamente anos depois ela já estava casada e ali eu vi que perdir a minha chance de tentar me desculpar e ter a minha amada novamente, sei que demorei anos para tentar uma aproximação fui mais uma vez covarde, reconheço que sou, mas quando vi que ela estava feliz e sendo amada por outro eu não consegui interferir, vi meu filho chamar outro de pai e me odiar, até hoje sofro com as minhas atitudes e se hoje estou aqui é para garantir que meu filho seja feliz, mesmo que sua felicidade não seja comigo ao seu lado.
— Como assim? – Digo confusa com o final do seu discurso.
— Eu não aceitei isso aqui no intuito de fazer mal ao meu filho ou a qualquer um próximo a ele, aceitei porque eu vi nos olhos daquela mulher que ela está louca – Diz e divaga em pensamentos.
— Por que você não tentou uma aproximação com o Niko? – Pergunto curiosa.
— Niko me odeia –Diz com lágrimas nos olhos — E sei que ele tem motivos para isso, mas eu não o procurei antes pelo simples fato de ter falido, ele é um homem com dinheiro, com um escritório que lhe dá uma vida confortável, você acha que ele iria acreditar em tudo que lhe disse? – Me pergunta e vejo que ele está certo, Niko não acreditaria, acharia que ele voltou por interesse.
— Em todos esses anos eu observo meu filho, você não sabe o quanto é ruim o ter perto e ao mesmo tempo longe, só queria que ele soubesse o quanto me arrependo de tudo e que o amo mais que tudo nessa vida – Diz e começa a chorar — Queria poder pegar a minha neta nós braços e a ninar até dormir, coisa que não pude fazer com meu próprio filho – Me aproximo dele e lhe abraço, sinto seus braços passarem por minha cintura e descansar o rosto em meu ombro.
Nunca imaginei que ele poderia ter sofrido tanto.
Palavras ditas não podem ser tiradas, mas ele poderia ter tentando uma aproximação anos antes.
[.....]
Acordo escutando uma movimentação e do nada a porta do quarto vai ao chão.
— Levanta eu vou lhe tirar daqui – Diz Andrei me puxando para fora.
Chego na sala e vejo o circo armado, Agatha está apontando uma arma para Niko e outra para meu pai, tem vários policiais com eles.
— Aonde pensa que você vai levá-la? – Diz Agatha apontando a arma para mim.
— Para bem longe de você, sua desequilibrada! – Diz e me coloca atrás das suas costas.
Vejo Niko tentando se aproximar da gente.
— Nem pense em se mover – Diz e volta a sua atenção para Niko.
Na mesma hora Andrei começa a me puxar em direção a saída, mas a Agatha percebeu e gritou.
— NÃO PENSE EM SALVAR ESSA RUIVA DOS INFERNOS, EU VOU ACABAR COM A VIDAS DOS PETROVICH'S – Diz e escuto o barulho de um tiro.
Sinto o corpo a minha frente cair em cima do meu corpo e tento segurar.
— ANDREI! – Me desespero tentando fazer o que fui ensinada a fazer em pacientes em casos como esse.
— Você está presa! – Diz o polícia algemando aquele ser humano desprezível.
— CHAMEM UMA AMBULÂNCIA – Grito e vejo meu pai ligar para o que eu acho ser uma ambulância.
— Andrei não fecha os olhos, por favor – Digo segurando seu rosto em meu colo.
— Prometa a mim que irá fazer o meu menino feliz e será uma boa mãe para meus netos – Diz e assinto chorando.
— Prometo, você estará vivo para vê eles crescerem – Digo e dou um beijo em seu rosto.
Olho para Niko que olha aquela cena sem entender nada, depois explico tudo a ele.
[.....]
Estou no hospital a horas e nada de notícias do Andrei, já fizeram vários exames em mim e viram que estou bem, o Niko ainda não sabe que estou grávida, quero que seja surpresa.
— Família de Andrei Chaban? – Pergunta o médico.
— Aqui! – Digo e me aproximo dele.
— Ele não corre mais perigo e em breve estará no quarto para receber visitas – Diz e começo a chorar de alívio.
— Obrigada doutor – Digo e me aproximo do meu namorado que me olha sem entender nada.
Terei que explicar muitas coisas a ele, mas a principal coisa a se fazer é chegar em casa tomar um banho e descansar para em breve voltar ao hospital para vê o Andrei.
Quero que eles se dêem bem, não vou forçar uma amizade ou que o Niko o considere como pai, sei que se fizesse isso seria forçar demais a barra, mas eu queria que pelo menos eles conversassem e que se fosse da vontade dos dois que se falassem, porque eu quero que o Andrei faça parte da nossa vida, mas jamais forçaria uma aproximação sem o Niko se sentir bem com isso.
Espero que tudo der certo.
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MY PETROVICH'S (CONCLUÍDA)
Random•CONTÉM SPIN-OFF• Eve Thompson uma jovem moça com uma peculiaridade conhece o Imponente Nikolai Petrovich e sua amada filha recém nascida.