Durante toda a viagem até a Sunset Boulevard, oscilamos. Eu consigo ver isso como uma falha de um jeito bom. Nós não voltanos a vida completamente, ainda vamos voltar pra 2020, para a Julie. 1995 nunca foi tão chato, mas definitivamente temos menos congestionamento, chegamos lá com menos da metade do tempo que a Julie chegou no Orpheum quando tocamos lá.
— Então, Alex, o que exatamente é a pedra solta no seu banco? - digo notando o quão estranha é essa frase
— É sério que você não pegou, Luke? - Eu e Alex esperando o que o Reggie vai dizer - a pedra que eles se beijaram
— O- co- quan- q- on- oque? - Alex gagueja sem conseguir formar uma frase certe
— Willie e Alex, embaixo de uma pedra se beijando - o garoto cantarola e eu caio na risada enquanto o Alex parece que vai entrar em colapso.
— Uma pe... Não é... É arv... - digo sem conseguir parar de rir, e assim consigo tirar a cara de confuso dos meninos, que começam a rir também. As pessoas na rua nos olham confusas, mas quem liga?
Alguns minutos depois, conseguimos parar de rir e nos recompor, já sentados no chão da Sunset Boulevard, pois nem força pra ficarmos de pé a gente tinha
— Willie e Alex embaixo de uma ÁRVORE se beijando - corrijo o Reggie e já sinto vontare de rir novamente, mas me controlo
— Ah, verdade
— Eu não beijei o Will em nenhuma pedra ou árvore - Alex disse cortando logo o assunto - foi num museu - ele disse a última parte tão baixo que eu quase não ouvi, olhei pro Reggie, sorri e não pudemos evitar
— Will e Alex num museu se beijando - minha voz se juntava com a de Reggie cantando e pulando. Acho que nós estávamos oscilando, porque o olhar das pessoas variavam entre ignorando completamente e uma certa estranheza. Paramos de cantar quando o de estranheza permaneceu, o Alex já sofreu muito aqui por ser gay, recebendo mais do que olhares, então tivemos um acordo de não falar sobre isso se não necessário.
— Porque você não contou? - pergunto com tom de voz mais baixo, pra que só nós dois ouvissemos
— Por causa disso - e apontou pra onde estavamos pulando, ok, talvez o Alex tivesse certo sobre nossa reação exagerada
— A gente tá feliz por você, Alex
— Exatamente, será que ele já morreu? A gente pode tentar encontrar ele por aqui - eu e o Alex demos um tapimha na cabeça do Reggie, apesar de eu não achar o pensamento tão ruim assim
— Vamos logo - Alex puxa nossas mãos partindo pela calçada, até chegarmos a um banco - nesse banco foi onde eu e o Will nos encontramos pela primeira vez e ele tirou todas as minhas dúvidas sobre ser fantasma. Ou quase todas. Um cachorro gigante sentou do nosso lado aquele dia. No outro dia a gente veio nesse banco pra me ensinar a pegar coisas, tirei essa pedra do lugar várias vezes
— Um cachorro gigante? - Reggie adorava cachorros
— Um cara fantasiado - então ele fechou a cara
Alex mexeu em uma das pedras perto do pé do banco
— Isso, já está solta. A carta?
Tiro a carta do meu casaco e entrego ao Alex, que a posiciona bem para não amassar e recoloca a pedra. Depois disso fazemos nosso caminho de volta para a garagem. Oscilamos tabtas vezes que quase achei que fosse abrir os olhos e dar de cara com a Julie de novo
nota da autora: os momentos que os meninos estavam oscilando eram o mesmo momento que o Caleb lembrava e tava fazendo coisas ruins com o Willie
VOCÊ ESTÁ LENDO
Back to the Future • au Juke
FanfictionBack to the future • au Juke Um dia depois de poder tocar Julie, a realidade de Luke (des)muda completamente ao descobrir que ele está mais uma vez a duas horas de tocar no Orpheum com a Sunset Curve OU Onde Julie Molina questiona sua sanidade depoi...