⊱⋅ ───── 𝒋𝒖𝒍𝒊𝒆 ───── ⋅⊰

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Oficialmente hoje faz cinco dias que meus phantoms sumiram e não deram nenhum sinal de nada. Pra melhorar, nosso video do YouTube sumiu, e já estava tão perto de um milhão de visualizações... não é como se ele tivesse caído da plataforma, é como se ele estivesse nunca existido. E pra fechar minha situação, nem a Flynn, o Nick ou a minha família lembram deles, o que não me ajuda a não achar que eu estou ficando louca e só tive essa banda dentro da minha cabeça. Falei com o papa ontem se ele ainda tinha os vídeos da festa daqui de casa e ele disse que nunca filmou. Ele nem sequer lembra que eu toquei no Orpheum. Me diz, como eu não fico confusa e desesperada desse jeito?

Mas pra me confundir ainda mais -claro que algo que tem que deixar a situação ainda mais confusa- um perfil me seguiu no twitter hoje. Seu nome é Willie e ele falou do Alex. O perfil não tinha foto, mas mesmo se tivesse, eu não teria como reconhecer, já que o Willie é um fantasma e os únicos fantasmas que eu conseguia ver são os meus. Parando pra pensar, fantasma aparece em foto? Apareceram no meu vídeo, né? Tinham realmente fantasmas? Ok, Julie, para. Tinha que ter.

Eu sei que isso não foi alucinação da minha mente e, definitivamente, isso não pode ser conhecidencia. TEM que ser o Willie. O Willie do Alex. Que nos ajudou a tocar no Orpheum. Eu realmente toquei? Eu não aguento, essa dúvida está me deixando louca e pra piorar não tem ninguém pra quem eu possa contar ela. A Flynn reagiu como se nunca tivesse ouvido falar dos meninos, quabdo falei ao papa e ao Carlos, não citei tão abertamente, quando falei com o Nick, que tava empolgado com a banda antes, ele disse que minha voz era bonita demais pra estar numa banda e eu deveria brilhar sozinha... cada vez que eu repasso todas as cenas na minha cabeça dá vontade de eu mesma ligar para o Dr Brener...

Mas novamente... tinha o perfil que me seguiu, tinha o Willie. Seria extremamente fácil ir na DM e perguntar "ei, é você que era o quase namorado do meu baterista e me ajudou a tocar o Orpheum?", mas o medo me impede. Medo de ser um William qualquer. Falando sobre qualquer outro Alex que não é gay, ansioso e nem sabe tocar bateria impecavelmente. Mas qual outra opção eu tenho? Eu posso falar com ele e ler um "calma aí, garota, só te segui pra te ver passando vergonha", desistir de vez e voltar ao Dr Brener. Ou eu posso ter a única confirmação que eu preciso pra saber que não tô ficando maluca de vez.

O celular vibra me despertando de todos os devaneios e percebo que, para o meu bem ou não, a resposta veio atrás de mim.

Back to the Future • au JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora