Ficamos em choque, tudo em minha volta parecia estático, inclusive Reggie e Alex ao meu lado. Eu só conseguia ver Bobby a minha frente e minha vontade era de socá-lo até meus dedos sangrarem
─ Vocês vem ou não? - ouço Bobby mais uma vez e antes que eu pudesse fazer o que mimha mente dizia, sinto as mãos de Reggie e Alex
─ A gente só precisa de dois minutinhos, tá Bobby? - Como o Alex consegue ficar tão calmo nessa situação? Eu quero socar ele também.
─ A gente não tem muito tempo - Bobby diz e eu uma onda de raiva me invade novamente
Viro de costar para Bobby e olho para Alex e Reggie. Acho que minha cara de raiva está explicita, porque vejo o Alex corar e olhar para o Bobby pedindo desculpas com o olhar.
─ O que a gente faz? - Reggie pergunta e eu estou prestes a gritar pra mandar aquele desgraçado prp inferno quando mais uma vez o Alex me interrompe
─ A gente vai pro show - olho pra ele e mais uma vez quero socar aquela cara. Como se ele pudesse ler meus pensamentos, eu ouço - eu sei, Luke, você quer me bater e bater no Bobby, mas se eu estou entendendo bem a situação, mesmo sem saber porque, a gente ainda está vivo e as nossas músicas não foram roubadas.
Paro por um segundo saboreando a ideia. Mais uma vez a gente está prestes a fazer o que mais queríamos. Tocar no Orpheum. Minha mente clareia por um segundo. Olho pro Reggie e consigo ver o que ele está pensando e é o mesmo que eu.
─ Nós vamos estar traindo a Julie - digo em voz alta.
─ Eu sei. Mas a gente tá aqui agora, sem saber como voltar e sem saber o que vai acontecer se a gente disse a qualquer um que a gente morreu e voltou a vida. - o Alex tá certo. A gente tá num beco sem saída. E acho que não vai ser bom se a gente fugir de um show com chances de sermos perseguidos.
─ Ok, a gente toca no Orpheum novamente - consegui ouvir o tom de quem estava indo para um enterro e não para o show que sempre sonhou
─ Luke - olho pro Alex de novo - tenta disfarçar a raiva. A Julie adoraria que a gente tivesse vivido isso. - é como um soco no estômago, mas acho que ele pode estar certo
─ Então a gente vai tocar no Orpheum de novo? - a voz de Reggie definitivamente spa mais animada que a minha e percebo que a ideia não parece tão ruim.
─ Só se a gente tocar home is where my horse is - digo e vejo um sorriso se abrir
─ Irra - ele grita e nós nos viramos para Bobby. Ver ele ainda me assusta, mas viro meus pensamentos para MINHAS músicas.
⋅⋅⋅
A Sunset Curve é chamada e um nervosismo toma conta de mim, como todo show. Faz vinte e cinco anos que ninguém me vê desde o começo so show.
Subo no palco e pego minha guitarra. Me sinto renovado. Ouço as baquetas do Alex e começo a tocar. Nada mais existe.
Now or never invade meus ouvidos e minha alma, eu levanto o público e é incrível ver eles se conectando comigo. Isso é tudo que eu sempre quis. A música o público. Minha guitarra. Nesse momento nada mais existe. Só a música. Agora ou nunca.
⋅⋅⋅
Terminamos o show. A energia é incrível, me preparo para sumir e agradeço o público. Volto e as palmas continuam, as pessoas estão me vendo, olho para o palco a procura de Julie. Mas só encontro um Bobby sorridente e um Alex e um Reggie tão confusos quanto eu. Lembro o que aconteceu.
Um peso enorme cai no meu estômago, coloco a guitarra no apoio que estava antes e desço do palco. Já sinto as lágrimas se acumulando nos meus olhos. Saio pela porta do Orpheum e entro na Sunset Boulevard.
─ LUKE - eu conheço essa voz.
Me viro e vejo Julie um momento antes das portasse fecharem.
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Back to the Future • au Juke
FanfictionBack to the future • au Juke Um dia depois de poder tocar Julie, a realidade de Luke (des)muda completamente ao descobrir que ele está mais uma vez a duas horas de tocar no Orpheum com a Sunset Curve OU Onde Julie Molina questiona sua sanidade depoi...