36° Capitulo

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Arrependimento, uma das coisas que poucas pessoas sentem, algumas são muito orgulhosas ao ponto de não reconhecerem seus erros e se arrependerem, outras fazem tantas cagadas, falam tantas besteiras que quando vai dormir a noite se arrepende amargamente.

-Oi, o que fazem por aqui? -Pergunto me aproximando.

-Nos convidou ou entendi errado? -Triz me olha e eu forço um sorriso. -Era ironia?

-Não! -Quase grito. -Tudo bem, já estão aqui de qualquer forma. Fiquem a vontade, logo iremos cortar o bolo. -Ouço Hope chorar. -Tenho que ir, podem levar ela para os brinquedos. -Digo e vejo Aidan no pula pula. -Irei pedir para o pai tentar ser mais adulto.

Dou um sorriso e saio andando, sigo até Hope que assim que me vê levanta os braços ainda chorando, seus olhos estão brilhando.

-Ela meio que não gostou da pimenta. -Kim fala e eu a olho. -O quê?

-Merda, ela tem alergia a pimenta! -Digo e olho em volta, Diego está comendo, corro até ele que está com a boca cheia quando me vê. -Ela é alérgica a pimenta, não sei se comeu ou engoliu, não sei o que fazer e não sei de onde elas tiraram uma pimenta.

-Opa, se acalma -A pega dos meus braços. -Ficar nervosa vai piorar a situação. -Diz a levando para uma mesa vazia a faz sentar e começa a examinar, explico para Aidan quando se aproxima, vejo Henry nos braços de Link.

-Me fala que não é nada. -Imploro e Aidan me abraça pela cintura, tento me acalmar.

-Não ingeriu, o que é uma coisa boa. Mas os lábios estão inchados por ter colocado na boca. -Diz e eu arregalo os olhos. -Não é nada sério, ela vai ficar bem, apenas está chorando pela ardência.

-Quem trouxe pimenta? -Pergunto e Mike sorri. -Mike!

-Eu gosto de pimenta, não sabia que iriam enfiar na boca dela. -Reviro os olhos.

-Ok, ela já está mais calma, vamos voltar para festa e vou dar alguma coisa para ela comer. -Digo passando as mãos no cabelo.

-Tudo bem? Está palida. -Aidan me olha.

-Estou bem, pode voltar a brincar como uma criança. -Debocho e ele revira os olhos quando dou risada, pego Hope dando um sorriso para Diego. -Sério, acho que a festa está sendo mais sua que deles.

-Estou me divertindo com meu filho. -Se defende e eu dou risada. -Deveria se divertir também, voltar a ser criança um dia.

-Não estou com ânimo e nem cabeça para isso, mas pode se divertir a vontade. -Digo e olho para Hope. -Leva ela, vou resolver outras coisas da festa.

-Tudo bem, vou roubar brigadeiro. -Diz a pegando e ele beija minha testa antes de brigar.

-Idiota. -Digo e suspiro olhando em volta, sigo para dentro e encontro Marcos e Triz na cozinha com sua filha. -Desculpe...

-A casa é sua. -Triz sorri e eu nego.

-Na verdade é da minha mãe, então desculpe do mesmo jeito. -Antes de sair ouço Marcos.

-Podemos conversar? -Eu o olho. -Por favor...

-Não é hora. -Falo e suspiro. -Na verdade não quero falar com você e não tenho nada a dizer.

-Então apenas escute. -Pede e eu cruzo os braços esperando para que continue, Triz lhe dá um beijo me fazendo desviar o olhar e ela sai da cozinha.

-Cinco minutos. -Informo e me encosto no balcão.

-Eu errei, sou muito orgulhoso, idiota e machista, não deveria ter dito tudo o que eu disse para você e sobre você, continua e sempre vai continuar sendo minha princesinha, mas quando soube eu entrei em desespero, imaginei que aconteceria com você o que aconteceu com sua mãe.

-Você me ofendeu, me expulsou de casa quando eu mais precisava, nem olha para meus filhos. Vejo nos seus olhos o nojo que tem quando olha ou ouve sobre eles.

-Não consigo engolir, apenas isso. -Diz e eu o olho indignada.

-Engolir a filha da sua amante você consegue. -Digo alto e ele suspira.

-Não vai por Triz no meio.

-Sim eu vou, ela teve a filha dela quando tinha a mesma idade que eu, também foi expulsa de casa como eu, temos o mesmo passado. Mas você está com ela, brinca e ri com a filha que nem é sua, que não tem o mesmo sangue.

-Aly...

-Não, eu tenho repulsa de um dia ter te chamado de pai! -Grito explodindo. -Tenho repulsa de ser sua filha, não merece minhas desculpas, perdão... não merece nem que eu fale com você.

-Filha eu...

-Não me chame assim! -Grito e sinto minha garganta doer. -Você não tem mais esse direito, seu... seu... escroto! -Sinto meu rosto queimar por causa de seu tapa.

-Marcos! -Aidan me segura quando vou partir para cima. -Se controla. -Me abraça prendendo meus braços.

-Vá embora! -Grito e ele me olha, eu fico o olhando. -Não quero mais te ver, não te quero perto dos meus filhos e nem de minha família, como você mesmo disse, eu estou morta para você, é assim que será a partir de agora. Não tenho pai e você morreu para mim! -Digo e Aidan segura meus pulsos quando entra em minha frente.

O vejo suspirar e sair da cozinha tento me soltar, mas Aidan não deixa, apoio minha testa em seu peito e ele acaricia minha cabeça quando eu o abraço.

-Precisa relaxar, ele já foi. -Diz e eu aceno devagar, me faz o olhar. -O que aconteceu?

-Veio atrás de perdão, no fim olha com nojo para os gêmeos. Não aguentei.

-O que disse sobre aquela mulher é verdade?

-Sim, ela teve a filha com a mesma idade que eu. -Digo e ele coloca meus cabelos atrás das orelhas. -Vou subir e tomar um banho para ver se melhoro, depois vamos cortar o bolo.

-Tudo bem, sabe que pode contar comigo sempre. -Aceno e ele beija minha testa saíndo da casa abraçado com Rose.

-Eles formam um belo casal. -Olho para Teddy, amigo dos rapazes e um dos melhores jogadores do campus. -Não acha?

-Me erra. -Digo o vendo de braços cruzados e agora com um sorriso.

-Vamos nos divertir muito, adorei saber o seu ponto fraco e como você se irrita fácil. -Fala colocando o bolinho recheado de volta na ilha. -Prazer finalmente te conhecer, Alisson. -Diz e sai da cozinha, eu mereço.

Teddy, amo esse nome...

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