8- Ciumeira

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Ei babys, olha quem voltou com um capítulo novinho pra vocês.
Eu fico mega ansiosa pra chegar sexta e eu postar e saber o que vocês estão achando, então não esquecem de curtirem, compartilharem e comentarem muito.
No mais vamos ao capítulo!!!

Até semana que vem.

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Tentei contato com Gizelly várias vezes durante a semana, várias mensagens não respondidas até que por fim eu desistir.
A semana passou conturbada, eu agradecia por ficar pouco tempo em casa afinal o relacionamento com a Manu não estava dos melhores, ela insistia em dizer que tudo que fazia e o seu comportamento era apenas para proteger a morena, já que eu não era uma pessoa confiável quando o assunto era relacionamento. Eu passava o maior tempo possível na empresa apenas para fugir do olhar de Manu, me recordo da conversa que tivemos noites atrás.

[Flashback on]

- Você está fugindo de mim! – A menor dizia assim que cruzei a porta.
- Não estou Manoela, apenas trabalhando muito.
- Você está correndo de uma possível conversa nossa sobre a...
- Não tem porque ter uma conversa sobre ela Manu, eu já disse que não foi nada a mais além de uns beijos. – Eu cortei Manoela.
- Mas e se para ela não foi só isso Rafa? E se para ela significou mais? – A menor me questionava.
- Já parou para pensar que talvez você a subestime? Provavelmente ela tem o mesmo pensamento que eu Manoela e você está fazendo uma tempestade em um copo d’água.

[Flashback off]

Desde então saia cedo e voltava o mais tarde que podia, era sexta feira e eu não sabia se estava feliz com isso afinal amanhã seria sábado e eu não teria como fugir da pequena.
Estava distraída quando meu celular tocou anunciando a chegada de uma mensagem era Manu me convidando, ou melhor, me intimando para sair com ela e os meninos mais tarde, eu queria recusar, porem sabia que se o fizesse à menor estaria em meu escritório em poucos minutos. Confirmei minha presença e voltei ao trabalho.

...

Eu havia acabado de sair do trabalho e estava esperando Danilo para que pudéssemos ir ao tal bar que Manu tinha dito, não demorou muito para que meu amigo entrasse em minha sala avisando que podíamos ir. O trajeto foi tranquilo, um clima ameno se instalou dentro do carro, seguimos todo o caminho em meio a risadas e brincadeiras até estacionar em frente ao bar que se lia “Imperius Bar”. Descemos do carro e seguimos para dentro do estabelecimento, encontrando em uma mesa Manoela, Rhelden, Gizelly e uma morena dos olhos verdes que nunca tinha visto na vida. Chegamos à mesa e cumprimentamos a todos ali, Manoela apresentou a amiga que descobrimos chamar Ivy e ser modelo, conheceu Manu há pouco tempo em um trabalho que haviam feito juntas,
Pouco tempo havia se passado, Gizelly nem ao menos trocou uma palavra comigo desde o comprimento, eu estava incomodada com o clima tenso que pairava sobre nós, até que no meio de uma conversa aleatória sobre profissões vi seu sorriso nascer e se engrandecer quando notou a figura da mulher se aproximando.
Aquela mesma mulher que conheceu há quase uma semana atrás que lhe arrancou o sorriso que eu desejava ser direcionado a mim. Gizelly se levantou e apresentou Luiza a todos os presentes, eu apenas lhe direcionei um sorriso amarelo sem grande emoção.
Sim eu estava incomodada com a presença da mulher ali, e na quantidade de sorrisos que ela estava conseguindo arrancar da advogada, internamente eu desejava que fossem direcionados a mim, que fosse eu a pessoa que lhe arrancasse gargalhadas audíveis, pois talvez tenha se tornado um dos meus sons favoritos.
- Eu estava pronta para dar em cima de você, porem a julgar como está encarando o outro lado da mesa eu diria ser em vão. – Tomei um leve susto ao ouvir a voz da morena de olhos verdes tão próxima ao meu ouvido, sussurrando para que fosse audível apenas para mim.
- Eu não sei do que está falando. – Me virei para ela com meu melhor sorriso e olhei na imensidão verde que me encarava.
- Vou fingir que acredito. – Ela retribuiu o sorriso. – Então já que me deu abertura, me fale mais de você mal ouvir sua voz desde que se sentou ao meu lado.
- Minha vida não é tão interessante assim para ser compartilhada. – Eu estava respondendo o seu flerte, porem hora ou outra meus olhos voltavam à morena sorridente do outro lado da mesa.
- Se me permite discordar, o pouco que te observei te achei extremamente interessante. – Ela dava em cima de mim sem ao menos tentar disfarçar e há algumas semanas atrás eu saberia como acabaria aquilo, nós duas na cama de um motel, porem mesmo que estivesse permitindo que a conversa fluísse não tinha a menor intenção de terminar a minha noite ao lado dela.
Por mais que a conversa com Ivy estivesse sendo mega interessante, eu não tinha minha total atenção à dona dos olhos verdes, pois sempre me pegava distraída buscando o mínimo de atenção da dona dos olhos castanhos mais lindos que já tive o prazer de conhecer, mas era como se minha presença naquele local nem ao menos tivesse sido notada. Por mais que eu negasse assumir em voz alta que de alguma forma Gizelly tivesse mexido comigo de um jeito nunca antes visto por mim, eu já começava a aceitar esse sentimento internamente.
- ... aí decidir sair de Belo Horizonte onde era modelo de uma marca de roupas para tentar a vida aqui em São Paulo. – Foi tudo que consegui ouvir Ivy dizer.
- Eu também sou mineira, porem venho do interior. Vim para São Paulo em busca do meu sonho que graças a Deus consegui realizar, e está saindo tudo bem. – Continuei a conversa como se tivesse prestado atenção em cada palavra dita por ela.
Olhei novamente para Gizelly e pela primeira vez naquela noite nossos olhos se encontraram, aquela conexão instantânea que sempre ocorre quando isso acontece se instalou entre nós, tudo ao meu redor pareceu desaparecer e apenas a batalha travada por nossos olhares ser digna da minha atenção nesse momento. Eu via um misto de sentimento em seus olhos e podia jurar que o meu não estava diferente, como eu desejava sentir novamente o gosto de seus beijos e o calor do seu corpo ao meu em um simples abraço, era como se cada terminação nervosa do meu corpo gritasse pelo seu, eu estava atordoada por tais sentimentos, eu nunca havia sentido nada nem perto dessa sensação, nem mesmo por Bianca, que foi a única pessoa por quem me apaixonei na vida. Eu tinha medo de piscar e perder aquele momento tão nosso, medo de que algo nos interrompesse e pudesse quebrar a nossa ligação. Parecia que o tempo tinha parado, mas aparentemente para o resto do mundo não havia se passado mais que um minuto.
- Vamos dançar? – Pude ouvir Luiza sussurrar em seu ouvido fazendo com que ela desviasse seu olhar do meu, ela apenas afirmou com a cabeça parecendo levemente desnorteada assim como eu estava. Será que ela também sentia as coisas que estavam berrando dentro de mim?
Elas se levantaram e se encaminharam para o meio da pista, como da primeira vez a mulher de voz rouca conduzia a dança, movimentando aquele belo corpo moreno por todo o salão, não podia dizer que Gizelly era uma grande dançarina, na verdade estava bem longe disso, porem eu não me importaria de assisti-la dançar durante toda a noite. Ivy atraiu uma parcela da minha atenção novamente, e pude ver Manoela me observar vez ou outra e uma sombra de dúvida e confusão passar pelo rosto da menor. Quando retornei meu olhar para pista eu não estava preparada para a cena que vi, Luiza tinha seus braços em volta da morena, suas bocas coladas em um beijo. Mais uma nova sensação tomava conta de mim, era como se faltasse ar em meus pulmões e meus olhos ardiam, sentia as lágrimas próximas e não me permitiria chorar, não ali, na frente de todos. Em um rápido movimento pedi licença à morena que estava ao meu lado, peguei minha bolsa e sem dizer mais nada sai do bar.

Once Upon a TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora