Ei babys, digamos que esse é o capítulo divisor de águas. Um capítulo que estava ansiosa pra postar e que amei desde quando escrevi (coisa rara, pois nunca gosto do que escrevo 🤷🏽♀️), espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei de escrever, peço que não esqueçam o de sempre, curtir, compartilhar e comentar muito, tenho respondido a todos os comentários de vocês.
Espero vocês sexta que vem, até mais e beijinhos 🤍
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Eu estava extremamente nervosa, a qualquer momento abriria um buraco no chão do meu quarto de tanto que andava de um lado para o outro, já havia experimentado todas as roupas de meu guarda roupa e nenhuma parecia à altura do evento, o quão irônico poderia ser eu, dona de uma marca de roupas, não ter roupa para sair.
- Rafaella. – Manu teve que berrar para atrair minha atenção. – Você está me deixando tonta. – Ela reclamou. – Já são quase 19 horas e você nem se quer escolheu que roupa usar, vai dar um bolo nela? É isso mesmo?
- Não. – Minha voz saiu em um sussurro. – Mas nada me agrada, tudo parece sem graça, me deixa sem vida. -Bufei.
- Todas as 300 peças de roupa que experimentou te deixaram linda, então entra naquele banheiro, toma o seu banho, que eu mesma escolherei a roupa que irá usar, e você vai vestir sem reclamar. – Quando Manu soava tão autoritária, era impossível rebater, me encaminhei para o banho e deixei que a água levasse com ela toda minha insegurança.
O vestido preto de alça e costas aberta que Manoela havia escolhido tinha sido experimentado por mim, e como qualquer outra roupa não me agradou, mas eu estava atrasada e teria que ser ele mesmo. Fiz uma maquiagem que destacasse meus olhos e passei um batom vermelho sangue, um par de brincos e um colar foram os únicos acessórios escolhidos por mim e no pé um dos vários scarpin da mesma cor do vestido que possui no meu closet, mesmo que me sinta bem toda de preto, hoje não parecia certo. Eu estava longe de estar satisfeita com o que o espelho refletia, porém não teria tempo de argumentar e nem pensar em trocar de roupa, deixei um beijo na testa de Manu e recebi um boa sorte de volta, sai em direção a garagem para logo em seguida seguir para o restaurante que havia marcado com a advogada.
...Eu havia chegado no horário, escolhi o restaurante Jacarandá pelo cardápio variado, já que não sabia o gosto de Gizelly, e pelo ambiente diferenciado que o mesmo trazia. Sempre ficava maravilhada ao entrar no local, o restaurante estava a meia luz, com algumas velas sobre a mesa, o teto em vidro transparente permitia ver a beleza que o céu estava essa noite, além claro, do topo da árvore que levava o nome do restaurante, pois em seu meio, cercado por paredes de vidro, estava um lindo pé de jacarandá que nesta época estava no auge da beleza. Sentei-me à mesa que havia sido reservada para nós e a aguardei chegar.
Point of view Gizelly
A indecisão de aceitar ou não o convite me perturbou durante todo o tempo desde que havia o recebido, porém minha curiosidade falou mais alto. Nesse momento estava trajando um macacão meia perna branco, com manga sanfonada, o cabelo preso em um rabo de cavalo, alguns acessórios, uma maquiagem leve e no pé uma sandália de salto da mesma cor. Estava satisfeita com o resultado mostrado através do espelho, mesmo achando que cores fortes combinavam mais comigo, estava feliz hoje toda de branco.
Olhei mais uma vez o endereço e em um impulso de coragem digitei o mesmo no aplicativo de carros e aguardei que ele chegasse.
...O caminho foi em completo silêncio, estranho para mim que sempre era muito comunicativa, mesmo com motoristas desconhecidos. Eu estava nervosa e ansiosa, internamente torcendo pra ser alguém que minha mente gritava ser impossível, chegamos ao restaurante, respirei três vezes antes de sair do carro e caminhei até a entrada.
- Boa noite, reserva está no nome de quem? – A recepcionista sorriu educadamente e eu me dei conta de que não fazia idéia.
- Moça, eu não sei. – Sorri sem graça. -Eu recebi o convite, mas não sei o nome. – Eu falava rápido e gesticulando por estar nervosa.
- Tudo bem, qual seu nome?
- Gizelly Bicalho. – Ela percorreu os olhos pelo aparelho que possuía em mãos e rapidamente sorriu para mim novamente.
- Por aqui, por favor. – Ela apontou para dentro do restaurante. Eu estava encantada por tudo que o compunha, quem quer que seja que está me aguardando tinha um ótimo gosto, o local era simplesmente magnífico.
Andamos um pouco mais pelo lugar até que a avistei, a pessoa que ultimamente fazia meu coração bater em um ritmo descompassado e nesse momento não foi diferente, quando seus olhos verdes encontraram os meus, foi como se um desfile de escola de samba tivesse se iniciado em meu peito.

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Once Upon a Time
FanfictionNa vida descobrimos que nem todo conto de fada se inicia com o famoso "Era uma vez" e nem termina com o "Viveram felizes para sempre", descobrimos que toda história tem um começo um meio e um fim e que nem sempre é como desejamos. Aprendemos que nã...