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meta: 400 estrelinhas e 700 comentários

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meta: 400 estrelinhas e 700 comentários.

   A voz de Jake enquanto ele lia era algo que eu não conseguia descrever mas esforçava-me um pouco para encontrar as palavras certas. O ritmo das palavras era calmo. O timbre era grave e o som saía claro como a luz do dia, o que só me fazia reparar no quão boa sua dicção era. As palavras deslizavam por seus lábios enquanto ele segurava o livro sobre o colo e uma mecha do cabelo loiro sedoso caía em um dos lados da testa.

Podendo observá-lo enquanto ele lia e estava distraído era bom porque eu podia prestar atenção em cada detalhe que compunha seu rosto. As íris azuis quase transparentes gélidas como a brisa de inverno e as sardas que salpicavam a ponte de seu nariz reto como uma flecha. Os lábios eram um tom de rosa pálido e até mesmo suas mãos eram bonitas; as unhas limpas e quadradas. A palma no tamanho ideal. Eram mãos muito boas. O cabelo loiro, quase branco, era a cereja no topo do bolo. Jake parecia um anjo caído. Era estranho pensá-lo como um lobo e um ser amaldiçoado quando tinha aquela aparência angelical.

Um suspiro baixo deixou meus lábios e Jake pareceu senti-lo em seu corpo inteiro porque endireitou a coluna e lançou um olhar para cima, parando de ler. Quando me pegou encarando-o, não disse e nem fez nada. Um dos cantos de seus lábios só se ergueram sutilmente para cima — foi quase imperceptível. Me senti culpada por não ter prestado atenção em nenhuma das palavras que ele havia dito até agora.

— Vou começar novamente — ele resmungou, voltando três páginas.

Jesus, eu tinha ficado o observando durante três folhas inteiras? Sentindo as bochechas queimarem um pouco, deixei de lado minha admiração obsessiva por sua aparência e esperei com que ele voltasse a ler.

E, daquela vez, prestei atenção em tudo que deixava seus lábios.

Os rumores na aldeia correram mais rápido do que Brennon gostaria

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Os rumores na aldeia correram mais rápido do que Brennon gostaria. Levou dois dias para que encontrassem os corpos sem vida dos caçadores na floresta e que tudo virasse um grande evento. As ruas estavam cheias como se fosse Natal, e todos se perguntavam quem teria cometido aquela crueldade. A resposta para aquela pergunta chegou um pouco mais tarde, quando encontraram a pedra estranha e achatada que Brennon carregava para todos lugares consigo como amuleto de sorte na margem da represa, próxima da cena toda. Todos sabiam a quem ela pertencia.

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