Gregory não nasceu em berço de ouro, mas com a forca de seus dois irmãos criaram um verdadeiro império. O caçula dos SETTH oscila entre suas duas personalidades, um CEO centrado nos negocios e um jovem qua ama desfrutar os prazeres da carne, camufla...
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Chocada, é como me encontro. Para minha segurança, não fecho a porta e me mantenho parada junto dela, eu preciso de paz, um só minuto de paz, mas parece que isso não vai acontecer tão já. Bárbara esta a minha frente, transtornada, suja com aspecto cansado e abatido. Ao mesmo tempo que sinto medo dela, sinto pena também.
Barbara parece um animal trancado em uma jaula, não olha para minha cara um minuto se quer, o que contrasta totalmente com a imagem que conheço dela. Olho para todos os movimentos dela assustada e sem reação até que ouço a voz dela em um sussurro
-Estou cheia de fome ruivinha, preciso comer. - Ok, ela está maluca não está?
-E você veio até minha casa procurar comida Bárbara? - Pergunto porque isso é um absurdo.
-A polícia está atrás de mim por tua culpa. - Diz e pela primeira vez me encara com raiva nos olhos. - Minha vida acabou por culpa tua, e aqui é o único lugar que a policia não vai me procurar. - Suja mais inteligente, realmente a polícia não iria procurar por ela na minha casa.
-E o que te faz pensar que eu não vou chamar a polícia? - Pergunta errada que eu fiz, e só percebo isso quando ela tira uma faca da cintura e avança contra meu pescoço.
-Veja o meu estado ruivinha, estou a dias sem comer, sem banho, sem lugar para dormir, e eu preciso pensar, mas preciso comer, então você vai fazer algo para eu comer e na menor tentativa de chamar a polícia, eu te mato. - Diz próxima do meu rosto e posso sentir o cheiro de dias sem o mínimo de higiene. Com o estômago revirado apenas concordo com um aceno de cabeça e ela dá passos para trás.
Já deixei Bárbara passar por cima de mim algumas vezes, já me mostrei frágil algumas vezes diante dela, hoje não, hoje não sou apenas eu, sou eu e um bebé no meu ventre e não posso permitir que meu bebé passe por uma situação dessas.
-O que queres comer. - Pergunto como se de um restaurante se tratasse.
-O que você tem aqui? - Distraída pela fome dá alguns passos em direção a cozinha e eu aproveito, já que a porta estava aberta saio e a puxo para fechar dificultando qualquer perseguição, rapidamente entro no elevador e quando as portas metalicas vão se fechar a vejo sair cheia de raiva. Estou tremendo por completo quando as portas se fecham completamente O elevador desce e eu começo a chorar quando a porta se abre e Gregory está lá.
Me jogo nos braços dele que me recebe sem entender, nervosa apenas choro.
-Descalça, nervosa desse jeito, o que aconteceu?-Gregory Pergunta alisando meus cabelos.
-A Bárbara ela... - Não termino de falar e Gregory já pega o celular do bolso e liga para os seguranças pedindo que entrem no prédio, eu nem se quer sabia que haviam seguranças por perto..
-Vem cá. - Ele me puxa para um sofá que fica no hall de entrada e eu me sento enquanto o porteiro se aproxima com um copo de água no exato momento que Bárbara aparece e rapidamente é detida pelos seguranças que já a aguardavam na porta do elevador.
Gregory vai até ela que está presa pelos braços de um dos seguranças.
-É a última vez Bárbara, ultima vez que você chega perto da minha mulher.- Gregory diz.-Espero que fique presa por muito tempo.- Conclui e dá a ordem para os seguranças esperarem a chegada da polícia e vem até mim
-Vamos subir, não quero que você dê o teu depoimento hoje, é muito stress para o nosso bebé, amanhã a gente fala com a polícia. - Gregory diz e subimos Quando chegamos ao apartamento ainda aberto a primeira coisa que Gregory faz é me abraçar forte e mais uma vez meu namorado chora e eu fico sem entender
-Desculpa meu amor.-Ele diz em meio ao choro.- eu não aguento mais ver nós dois sermos afectados por tudo o que Bárbara apronta. - O abraço ainda mais forte tendo a compreensão de todo amor que ele tem por mim, um homem que jamais se apegou à ninguém está chorando e deixando toda a emoção falar.
- Não é culpa tua meu amor. -Digo passando minhas mãos pelos cabelos dele que tanto amo. Tenho crescido tanto neste relacionamento que neste momento percebo que talvez esteja na hora de abrir mão um pouco do controle que sempre quis ter sobre tudo. Muitas vezes por querer me sentir no controle, me sentir emponderada acabei indo contra posicionamentos de Gregory que eram para o nosso bem. -Gregory. - Coloco o rosto dele entre minhas mãos para que ele olhe directamente em meus olhos.- Talvez seja um pouco tarde agora porque tanto Bárbara, assim como Vicenzo já estão presos, mas acho que é melhor morarmos na tua casa, é mais seguro, e nesta fase de gravidez preciso pensar no nosso bebé, hoje fiquei apavorada quando Bárbara colocou uma faça no meu pescoço, mas ainda assim precisei ser forte por nosso bebé. Me desculpe amor, eu coloquei nosso filho em risco e caso alguma coisa...
-Shiiii.-Coloca a mão na minha boca me impedindo de continuar. -Está tudo bem agora, amanhã a gente trata de tudo, agora a gente precisa de banho e descanso
Tenho uma péssima noite, demoro a pegar no sono e quando finalmente consigo tenho pesadelos envolvendo Bárbara e Vicenzo.
Pela manhã recebemos a chamada de um delegado da Polícia solicitando nossos depoimentos, na companhia de Gregory e Ryan dou meu depoimento que dura uns quarenta minutos. Por decisão minha irei morar com Gregory na mansão dele, é mais seguro, tem mais espaço e já iremos começar com as obras para o quarto do bebé.
Gregory me contou que sempre sonhou em ser pai, mesmo que nunca tivesse tido uma relação sólida, sempre soube que o momento de ser pai e ter uma família chegaria, sempre teve o sonho de ser pai de menina, mas agora com Gabriel e Agatha ele vive numa eterna dúvida, o facto é que os sobrinhos são os amores da vida dele.
Decido que mesmo depois do ocorrido da noite passada preciso trabalhar e seguir com a vida normalmente, as pessoas que nos fizeram mal por motivos que nem se quer fazerem sentido explicar, já estão presas e isso é um alívio muito grande.
Depois do depoimento almoçamos e vamos trabalhar. Não sei mas acho que finalmente a calmaria chegou
