DETERMINADOS LIVRO III Gregory setth || Nas Mãos de Um CEO Completo

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45 DIAS

Desisti. Desisti de esperar por Gregory. Faz quarenta e cinco dias que ele saiu por aquela porta, sem me dar a chance de explicar, sem nos dar a chance de corrigir um erro que eu não cometi. Entendo a dor dele, mas em momento nenhum ele se importou com a minha, porque sim, a minha dor existe, fui vítima de uma situação armada e por ela perdi o amor da minha vida.

Termino de arrumar minha bolsa e chamo um taxi pelo aplicativo, hoje vou a minha primeira consulta pré natal e é para meu bebê que vou viver a partir de agora. Decidi trabalhar muito antes do meu bebé nascer e garantir que não lhe falte nada.
Depois da semana de moda de Nova Iorque consegui fechar vários contratos e com issi comprei meu apartamento, chorei muito ao receber a chave do meu lar e não ter Gregory para comemorar, mas agora tenho a companhia do meu bebé que apelidei de amendoim, porque tenho muito desejo de amendoim.

Entro no táxi e vamos ao consultório da médica que Blue indicou. Nao demoro e estou na sala de espera em um consultório de classe alta que me trás conforto e segurança.
Fico esperando por alguns minutos até uma mulher loira e elegante vir até mim

-Senhora Luanna, a dra Líria a espera, podr me acompanhar por favor.

A acompanho e adentro a sala onde uma médica, linda e simpática me recebe com um sorriso acolhedor.

-Pode se sentar Luanna, sinta-se a vontade. - Me indica a poltrona de frente para ela e eu me sento. - Blue contou que é a tua primeira gravidez, como tens te sentido.

- Bem, eu acho. - Respondo incerta.

- Acha? O que está diferente?

- Eu tenho comigo amendoim o dia inteiro. - Me queixo e ela ri. - Estou sensível, dorminhoca mas tirando isso, está tudo tranquilo, nos primeiros dias foram muitos enjoous mas passou agora.

-Que bom que os enjoous passaram, mas podem voltar, ou não, é normal nos primeiros três meses. - Diz enquanto anota algo em um receituário. - Sobre o amendoim, é normal que tenha desejo excessivo por alguns alimentos, mas há que evitar exageros, vamos fazer o ultrassom e irei receitar algumas vitaminas, fará mais alguns exames para podermos cuidar bem desse bebé tudo bem?

Concordo e sou indicada a uma sala onde coloco uma maca para depois me deitar na maca. A médica se prepara e se senta diante de mim e me explica sobre o ultrassom transvaginal que será realizado.

O transdutor é colocado pelo meu canal vaginal e me poucos segundos a imagem aparece no monitor, não consigo saber o que  realmente é meu bebé, é apenas uma imagem borrada, mas a médica parece ter compreensão do que vê.

-Parece estar tudo bem por aqui.-, consegue ver esse pequeno borrãozinho aqui? - aponta para um lugar da tela e eu concorso com um movimento de cabeça. - É o teu bebé. - Diz e mesmo que eu não veja um bebé, me emociono e meus olhos enchem de lagrimas

-Não era suposto eu ouvir meu bebé? - Pergunto apreensiva.

-Bem, geralmente, é apenas possível ouvir o bebé a partir da sexta semana a contar da data da ultima menstruação. - Ela responde atenta

-Eu não lembro da minha menstruação doutora, foram tantas coisas nos últimos dias, perdi a virgindade, depois uma realização profissional grande e depois... - Começo a chorar porque eu mal me dei conta de não estar a ver meu período..

-Calma. - Ela retira de mim o aparelho e pede que me vista. Quando volto, me sento novamente na poltrona e bebo a água que me é oferecida. - Luanna, o teu bebé está com apenas três semanas, e ouvir o coraçãozinho bater vai ficar para a próxima consulta, mas está tudo bem com teu bebé.

-O que eu devo fazer agora?

-Exames mamãe. - Responde simpática e eu limpo uma lágrima insistente.- Vou receitar alguns exames e vitaminas, já vamos marcar a nossa próxima consulta e quando vier, preciso desses resultados...

Meia hora depois saio do consultório e pela primeira vez meu coração de mãe me guia ao shopping, a vontade de comprar a primeira roupinha do meu bebé fala mais alto.
estou ansiosa de saber se é menino ou menina, e essa ansiedade parece crescer ainda mais quando entro em uma loja de bebê e não sei se compro rosa ou azul.
Rodo a loja, coloco a mão em tudo, me emociono e acabo comprando uma matinha, tão branca, tão pura que apenas penso em embalar meu filho ou filha e ver ele dormir.

Saio da loja louca de vontade de comer bolo com cobertura de pasta de amendoim e ao virar o corredor encontro Bárbara, a única pessoa que eu não queria encontrar jamais

Tensiono passar por ela sem dizer uma palavra, mas ela me segura pelo braço.
-Vai passar sem falar comigo. - Diz sorrindo falso

-Me larga Bárbara.

-Largo, assim como Gregory largou. - Dou um passo para ir mas as palavras dela me param. - Muito idiota mesmo, o Gregory sumiu pra você, mas não pra mim, ele sabe que foi tudo armação Luanna, apenas encontrou o jeito de te largar boba, e como vejo. - Ela ri eu eu sinto uma fisgada no meu ventre que me faz curvar de dor. - Te largou grávida né.- Ela diz e outra fisgada ainda mais forte faz a sacola cair das minhas mãos. - Mãe solteira, sem carreira, sim porque modelo grávida e depois com filho, ninguém contrata. - A proxima fisgada no meu ventre me faz cair no chão e gritar de dor, Bárbara não me socorre apenas continua a falar. - Que feio esse teatro, mas não te preocupes, estou cuidando do Gregory, e cuidado bem.

Enquanto sinto uma dor horrível em meu ventre vejo os saltos dela irem para longe de mim e algumas pessoas se juntam perto de mim, apenas choro, e peço que alguém me ajude, uma mão segura meu rosto e tentar falar comigo

-Moça. - É um homem que mal foco no rosto dele. - Vou te ajudar tudo bem? - Sou médico e vou te levar ao meu consultório.

-Salva meu filho. - É a única coisa que digo antes que ele me leve no colo e sai abrindo caminho no meio dos curiosos que se juntaram para ver o que acontecia. - Salva meu bebé por favor. - Digo chorando antes de apagar e não ver mais nada.