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Quando chego ao apartamento de Lua, percebo que a porta não está trancada e então vou entrando

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Quando chego ao apartamento de Lua, percebo que a porta não está trancada e então vou entrando. Ela está deitada no sofá chorando baixinho, então me apresso em ir até ela, pela minha cabeça passam mil coisas, mas nada parece lógico o suficiente para deixar uma mulher tão forte quanto ela neste estado.

Fico de joelhos em frente dela e toco delicadamente seu rosto. Luanna está vermelha de tanto chorar, e olha que ela já é vermelha, ao perceber minha proximidade, se joga em meus braços e eu caio sentado com ela que chora ainda mais em meu colo. Apenas a abraço enquanto acalma seu pranto e eu faço carinho nos cabelos ruivos.

Quando está mais calma a faço olhar para mim, afim de entender o que está a acontecer e o que pode ser feito. - me conta o que aconteceu. - Peço e ela abaixa o olhar desconfortável mas mesmo assim responde.

-Desculpa ter ligado Greag, eu não sabia com quem contar. - Luanna volta a chorar e eu a abraço.

-Calma, você nem se quer precisa falar se não conseguir agora, só preciso ter garantia de que esteja bem. - Digo segurando o rosto perfeito que ela possui.

-Eu vou contar, mas sinto que estou emocionalmente abalada agora. Muita informação para lidar e estou muito confusa agora.

-Tudo bem, Lua. - Digo e beijo a testa dela. Eu nem se quer me reconheço perto desta mulher. - Toma um banho, vou preparar alguma coisa para comer.

Luanna não protesta, sai em direcção ao quarto e eu me apodero da cozinha,  a geladeira está quase vazia, então decido fazer uma pasta Alfredo com bacon que eu sei que ela ama, gelo um vinho branco e enquanto vou cozinhando peço tudo que uma cozinha precisa ter pelo aplicativo que não demor a chegar. Arrumo as compras e aproveito para fazer um mousse de chocolate.

Eu sempre amei cozinhar, dos meus irmãos sempre fui o melhor nisso, aliás parece que cada um de nós tem um dom em alguma coisa, Mark é incrivelmente bom com limpezas, até desenvolveu um estágio leve de TOC, Dean lida perfeitamente bem com a natureza e jardins o filho de uma boa mãe sabe até fazer desenho com plantas e relva, agora eu, eu sou um chefe de cozinha autodidata.

-Pela tua cara nesse momento deve estar se achando o máximo por colocar minha casa a cheirar melhor que um restaurante de alto padrão. - Lua diz ainda com a voz tristonha mesmo querendo me fazer rir. Vou até ela e a abraço. Ela retribui.

-Verdade. - Digo e beijo o topo da cabeça coberta de cabelos vermelho recém lavados. - Eu sou o  Máximo, fiz um comida maravilhosa, vamos comer.

-Não tenho fome nenhuma, mas não farei desfeita. - Nos sentamos e sugiro que a gente coma no mesmo prato já que ela diz não sentir fome, sirvo pouco e para acompanhar, duas taças de vinho

-Sou fraca para álcool Greag.

-Eu sei mas é só uma taça para acompanhar a refeição.

Lua aceita, e então comemos, ela não fala muito, apenas elogia a comida e agradece a companhia e minha prontidão para vir até ela, também não toco no assunto que a fez chorar e quando terminamos Lua se oferece para lavar a pouca loiça, vou até a TV e coloco um filme na netflix para que possamos ver juntos.
Depois de um tempo, se junta a mim e ficamos a ver The Old Guard. É um filme interessante, mas vejo que Lua está longe, literalmente no mundo da lua, estou no sofá e ela optou por ficar no tapete fofinho agarrada a uma almofada.

Luanna, vem cá. - Chamo e ela me olha desconfiada. - Vem. - Digo mais uma vez. - Só quero te dar colo, vem cá.

Então ela vem, me deito no sofá que é espaçoso e confortável e a coloco por cima de mim entre minhas pernas. É a sensação mais incrível do mundo. Rodeio meus braços na cintura deliciosamente fina e ficámos os dois no mais absoluto silêncio.

Acordo com uma mão em minha cintura, e outra em meus cabelos

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Acordo com uma mão em minha cintura, e outra em meus cabelos. Ergo meus olhos e um ruivo cabeludo está no mais profundo sono. Com meus olhos curiosos me permito analisar seus traços marcantes, as sardas, a boca rosada, sobrancelhas cheias e o nariz totalmente desenhado minuciosamente.
Gregory é lindo, mas as qualidades que mais me encantam nele são as que não podem ser analisadas em um único olhar, é preciso olhar para dentro dele e observar o carácter incrível que ele tem.
A TV está ligada e a noite já caiu do lado de fora. Tento sair de cima de Gregory, mas seu braço me aperta e me mantém no lugar.

-Onde você pensa que vai? - Pergunta com a voz de sono e os olhos ainda fechados.

-Pegar uma água para mim e um coberto para ti. - Respondo o observando.

-Se você continuar aqui, não preciso de cobertor. - Ele ainda está de olhos fechados e é a coisa mais linda.

-Ainda assim, preciso de uma água Gregory.

Ele me larga e eu vou até a cozinha, enquanto Gregory me observa atento, viro para devolver a garrafa de água na geleira e quando fecho a porta, ele está perigosamente perto de mim.

-Agora posso saber porque estava chorando? - Ele pergunta e eu fico confusa porque o tom sexy que a voz chega aos meus ouvidos não condiz com a cara séria e preocupada com a qual ele está me encarando.
Mas pensando que preciso encarnar meu personagem revestido de maturidade, prendo os cabelos indo de volta a sala e ele vem junto.
Me sento e Gregory acompanha em silêncio para ouvir o meu relato.

Conto tudo a ele, mascarando a emoção forte em pensar e reproduzir cada palavra da minha irmã. É surreal como eu consigo amar minha irmã mesmo que ela me  odeie e me cause tanta dor com suas palavras e acções.

-Eu sinto muito Lua, eu realmente não sei o que dizer agora. - Gregory diz segurando meu rosto. - Eu não sei se é justo que tua irmã coloque isso nas tuas costas, você não tem culpa caso haja uma separação dos teus pais, muito menos dos negócios do teu pai terem dado errado.

-Mas eu me sinto culpada. - Falo com sinceridade. - Talvez eu tenha sido egoísta ao largar tudo e pensar apenas no meu sonho e...

-Hey hey hey hey, para com isso, por favor, não tens que te culpar, e também. - Ele fica ainda mais próximo de mim e me envolve nos braços fortes que tem. - Não pensa nisso hoje, amanhã com mais calma, de cabeça fria, você pensa nisso, no que ser feito...

Penso que ele tem razão e então decidimos fazer algo juntos para passar o tempo...

-Filme, champagne, algumas coisas para comer, ou podemos maratonar uma série... - Proponho.

-Série. - Ele concorda.

Então optamos pela TV, cama e o conforto do meu quarto...

Só que ninguém estava preparado para a madrugada que teriamos...

DETERMINADOS LIVRO III Gregory setth || Nas Mãos de Um CEO CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora