Capítulo 13

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- Bom dia! - a voz de Manu cantarolou no quarto céu enquanto todas as outras acordavam - Hoje é dia de anjinho e eu espero que seja daqui.

- Já é hoje? - Gizelly se levantou rapidamente, assustando Ivy que dormia ao seu lado.

- Sim senhorita, sem surtos, mas de tênis por favor.

- Se for de correr de novo eu mato o Boninho. - Ivy murmurou, puxando o braço de Gi de volta para a cama e fazendo que ela se sentasse novamente.

- Ei, que foi?

- Nada. - a mineira resmungou - Só deita aqui comigo mais um pouquinho?

- E eu achei que a Gizelly é que era carente. - Marcela entrou no quarto enquanto a capixaba já deitava novamente, se aninhando no corpo ao seu lado.

- Eu sei dar carinho também.

- Pra quem merece, por favor. - a mineira resmungou novamente, falando no pescoço da outra, mas o claro incômodo demonstrado não afastou a médica.

- A gente precisa conversar, vocês duas. - Marcela começou se sentando na cama - Principalmente você Lavigne.

- Conversar o que? Tá muito cedo.

- 'Tá é tarde, eu sei que você não é muito minha fã, mas eu queria melhorar esse climão.

- Que? - Ivy se sentou, Gizelly revezava o olhar entre as duas, um pouco confusa - Não acho que seja necessário...

- Ivy, eu entendo sua posição de proteção com a Gi e isso me faz gostar mais ainda de você, porque eu sinto isso também. Eu sei que eu vacilei, reconheço e peço perdão, mas vocês são importantes para mim. No início viramos um quarteto e agora seríamos um belo trio, se vocês me dessem outra chance.

- Má, eu já falei que a gente tá bem. - Gi respondeu analisando aquela cena toda.

- Ivy?

- Eu prometo tentar? - ela deu um sorriso amarelo. Marcela concordou e ficou conversando com elas mais um pouco até que Flay chegou chamando-a para a piscina - Você 'tá de boa mesmo?

- Com ela? 'Tô sim.

- Você ainda gosta dela?

- Não, acho que por isso que 'tá fácil para mim. Ivy, você é muito importante e significa muito para mim a forma que você me defendeu, mas não precisa guardar essa mágoa por mim. 'Tá tudo bem.

- Não é só por você, quer dizer, não é só por isso.

- Por que mais?

- Prova do anjo princesas! - Mari gritou na porta do quarto e Ivy se jogou de volta na cama, engolindo de novo as palavras que sempre ficavam guardadas ali. Logo o quarto já estava cheio de novo. As meninas se arrumaram e se reuniram com os habitantes do Quarto Vila na sala. A prova seria realizada na área externa da casa mesmo e simulava um circuito com corda bamba, pneus, escalada, uma pequena piscina e no fim um painel com 12 cartas onde cada um escolheria uma quando chegasse. Todos fariam o circuito de uma só vez, se empenhando para chegar mais rápido e poder escolher a carta. No fim, cada carta revelaria um número e quem estivesse com a mais alta seria um anjo.

- Ah que ótimo, é de correr!

- Boa sorte Lavigne! - Gizelly riu da expressão da mulher ao seu lado e foi dada a largada. Gi já estava no meio do circuito quando olhou para o lado e não enxergou Rafa, que estava ali no início. Ela parou por impulso e ao olhar para trás viu a mineira no chão, ao lado da corda bamba. Sem pensar em mais nada parou sua prova e voltou até lá - Rafa, você 'tá bem?

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