* LEMBRANDO QUE ALGUMAS SITUAÇÕES REALMENTE ACONTECEM NA SÉRIE, PORÉM NÃO ESTÁ EM ORDEM CRONOLÓGICA NA FANFIC.
Sentia as gotas de suor percorrer meu corpo, eu estava tomada pelo cansaço e a falta de ar por conta da forma que estava presa, havia chegado em um ponto onde teria que me esforçar o máximo para conseguir um pouco de fôlego sequer. Meus sentidos estavam lentos, minha visão completamente turva. Havia se passado cinco dias desde a última vez que vi Thomas, e é claro, desde o dia em que fui sequestrada. Mosley descia as escadas, desta vez sem sua arma, apenas ele, um de seus capachos e um telefone de fio longo.
- Bom, querida Ana, você vai falar com Thomas agora, vai mandar que ele venha até aqui para lhe ver, sem dizer o que realmente está ocorrendo, espero que tenha entendido. - Ele sorriu.
- Você pagará por todo esse mal, seu infeliz. - Entreguei um cuspe no sapato do homem.
Mosley sorriu maliciosamente, pegou o telefone e discou o número. Após poucos segundos chamando, ele entregou o telefone ao seu capacho e o mesmo segurou o objeto em meu ouvido.
- Companhia Shelby Limitada, com quem eu falo? - Perguntou o homem por trás do telefone que respirava ofegante, como se estivesse acabado de sair de uma longa maratona.
- Eu gostaria de falar com Thomas Shelby, ele está? - Perguntei com a voz trêmula.
- Aqui é o irmão dele, John Shelby, pode falar comigo.
- John? Eu achei que estivesse preso, meu Deus como é bom ouvir sua voz meu caçula. - Respirei aliviada.
- Anastácia? - Disse ele empolgado - Então Thomas lhe contou a grande burrada que ele fez não é?
- Contou sim, como eu queria estar aí John mas eu não podia deixar que Thomas achasse que tinha algum poder sobre mim. - Meus olhos começaram a marejar, minha voz tremia a cada segundo. - Escuta, eu preciso falar com Thomas, por favor.
- Quase fomos enforcados Ana, não estamos falando com o Thomas, aliás, ele se... - O homem retirou o telefone de meu ouvido sem nem me deixar terminar de ouvir a frase de John.
- Ligue para a casa de Thomas. - Mosley disse. - Vamos atrás desse traidor.
Assim, depois de alguns minutos tentando comunicar-nos com o Shelby, finalmente Mosley consegue, para a minha infelicidade.
- Alô, Thomas? É você?
- Sim, sou eu. Quem deseja?
- Thomas sou eu, Anastácia. - Apertei meus olhos e inspirei profundamente. - Thomas não venha para Nova York, Mosley me prendeu, é uma armadilha, não venh... - Mosley rapidamente direcionou a palma de sua mão em meu rosto me dando um forte tapa e por fim desligou o telefone.
- Grande erro sua vadia. - Ele disse.
Rapidamente os dois subiram as escadas e voltaram para a parte de cima do lugar. Talvez eu realmente estivesse colocando minha vida em risco para salvar a de Thomas, o que na verdade, era o que eu fazia a minha vida inteira. Naquele momento senti uma dor muito forte em minha barriga, me contorci ao sentir um líquido descer por minha perna, abaixei minha cabeça para ver o que estava acontecendo, era sangue. Me desesperei, sem saber o que fazer gritei o nome de Mosley mas o maldito mafioso não respondia a minha chamada.
- Eu não posso mais, não dá mais, eu tenho que morrer, eu quero morrer. - Sussurrei sem forças.
Narrado por Polly
Estava deitada em minha cama esperando o chá que Ada fazia para mim quando ouvi a porta de entrada da casa se abrindo e em seguida, com força, sendo fechada.
- Merda! Mas que merda! - Dizia a voz vinda da sala de estar.
Levantei de minha cama para ver o que estava acontecendo, era o maldito Thomas.
- O que você está fazendo aqui Thomas? Não lhe quero dentro da minha casa.
- Ele pegou, ele prendeu, eu preciso de ajuda. - Ele andava de um lado para o outro sem rumo algum.
- Não vou te ajudar com suas loucuras depois do que fez a mim e aos seus irmãos, você tem ideia do que é estar a beira de ser enforcado?
- Ele a pegou Polly, eu preciso da sua ajuda. - Thomas tragava seu cigarro como nunca.
- Eu já disse Thomas, saia da minha casa. - Cruzei os braços ainda resistente.
- Mosley pegou a Anastácia, Polly a sua filha porr*, me escuta.
- Como assim? O que? - Ada disse chegando ao cômodo em passos lentos- Precisamos ajudar tia, é a Anastácia.
Naquele momento senti meu mundo desabar, não podia deixar minha raiva me consumir e isso acabar com a vida da criança que eu criei com o todo meu amor. Havia chegado a hora de nos unir, pelo menos uma última vez para salvar a vida da minha garotinha.
- Ada, ligue para John e para Arthur, deixe que eu falo com o Michael e Aberama quando eles chegarem, vamos resolver isso Thomas, juntos, pela última vez.
- Obrigado Polly. - Ele segurou em meu rosto - Obrigado!
Quando chegou a noite, nos reunimos na casa de Thomas, todos os Peaky Blinders, afinal, Anastácia era uma Shelby não de sangue mas de coração, nós estávamos focados em libertá-la.
- Bom, o que foi que ela disse no telefone Tommy? - Arthur perguntou.
- Ela me alertou para que eu não fosse à Nova York pois era uma armadilha armada por Mosley.
- E então por que você vai se é uma armadilha? - Lizzie questionou o que me fez bufar.
- Eu concordo com a Lizzie. - Afirmou Gina - Para que se arriscar assim? Vamos resolver isso daqui mesmo, eu e Michael temos contatos por lá.
- Nós vamos porque ela é da família Gina, coisa que você nem por um milênio será. - Ada respondeu.
- Não viemos aqui para isso, vamos resolver logo isso, por favor, eu só quero tirar minha filha daquele lugar. - Disse ainda estática.
- Bom, somente quem for de extrema importância viajará até Nova York, as mulheres ficarão aqui. - Ada revirou os olhos ao ouvir. - Nós iremos contactar os aliados da companhia na cidade de lá, vamos reunir um grupo. Aberama, você entra em contato com eles? - Perguntou Thomas.
- Com certeza, Thomas. Vai ficar tudo bem. - Falou acariciando meu braço.
------
Olha quem resolveu postar capítulo novo né? A cabeça aqui havia esquecido a senha da conta o qual está logada somente no meu celular e eu estava sem ele. Enfim... Espero que gostem do novo capítulo e que dizer o quanto estou feliz com todos os comentários, e sim, eu leio cada um deles. Obrigada meus amores!
Agora a fanfic está de cara nova com essa nova capa, rs, espero que gostem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
✓ ESPELHOS QUEBRADOS | Thomas Shelby
Hayran KurguApós a cruel e fria morte de sua amada esposa, Grace, Thomas acabou afundando-se cada vez mais em seu trabalho e nas malditas bebidas, ele precisava expandir seus negócios. Com sua família ameaçada pelo argiloso Luca Changretta, Thomas faria qualque...