capítulo onze

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  Noelle visão

 Depois da minha reunião com o Fuegoleon, voltando para a base e após a janta me encontro na sala dando as boas novas para Grey e observando um Gauche bastante chateado.

- olha não fique assim!- digo calma- prometo que cuido dela- sorrio- e você não vai morrer se me emprestar ela!

- eu sei!- ele diz- mais toma- ele entrega um espelho pequeno para ela que sorri- um comunicador como o da Marie assim podemos sempre nos falar... Não é muito mais é útil.

- obrigada Gau- ela diz corada e dá um beijo na bochecha dele- você é incrível, não sei o que poderia fazer pra te compensar!

- bem que essa noite você poderia dormir no meu quarto- ele diz a abraçando e cheirando o pescoço dela- não sei quanto tempo vão ficar fora... Então podemos ter uma maratona?

- duas semanas no máximo- respondo e ele me olha como se eu tivesse cometido um crime real- não me olhe assim!- levanto as mãos em defesa- ordens do capitão!

- e porque não posso ir?- ele diz ainda contrariado.

- porque é um retiro para nós duas!- respondo calma- e eu não quero segurar vela!

- Noelle- Grey diz em tom de repreenssão.

- mais é verdade!- digo de vez- vocês dois sempre que podem se atacam! Parecem até que sempre estão excitados!

- oh Deus- vejo ela vermelha como tomate- não vai falar nada Gauche?

- errada ela não tá- ele diz com cara ousada- fora que eu adoro quando estamos sozinhos- ele pisca pra ela.

- vocês dois ainda me matam- ela sorri- bem vou arrumar minhas malas, e depois passo no seu quarto- ela pisca para Gauche.

- viu é isso que dá quando damos ousadia- ele comenta comigo após a saída dela- hey Noe- eu o olho - aproveita.

- pode deixar- falo e o vejo se levantar para subir.

- assim espero- ele sai rumo ao quarto da Grey, é como sempre dizem boi manso que arromba cerca.

Fico por algum tempo em paz lá na sala, apenas encarando os mínimos detalhes do cômodo, a maneira rústica é única...

- olha só quem tá aqui- diz um Magna serio- não é estranho Lucky, sempre sozinha... Grey e Gauche se cansaram de você?- ele diz em tom de deboche- oh claro que sim quem te suportaria?

- oh sim, imagine não dá pra aturar isso- Lucky sorri mandando pequenas correntes elétricas para mim- oh me desculpa, minha magia apenas quer eliminar os fracos.

Apenas me levanto e rumo ao meu quarto, e ainda me dói ouvir os sons das risadas de quem outrora eu considerava minha família, eu só queria saber o que mudou nisso tudo, o que mudou em como éramos.

Durante meu pequeno caminho para meu quarto cruzo com a pessoa que menos queria, olhar pra ele me causa dor e mágoa. Apenas me apresso para sair o mais rápido que consigo, mais ele é mais veloz e segura no meu braço.

- porque a pressa realeza?- ouço o desprezo em sua voz fria, como se quisesse me culpar por algo- não tem tempo para a a ralé?- ele diz forçando o aperto.

- me solta- digo baixo- você está me machucando!

- o que?- ele sorri- eu sou apenas um imundo por tocar na dona da luz- ele diz apertando ainda mais no qual eu gemo de dor.

- o.oque vo.cê quer?- digo em um suspiro e me arrepio com o olhar que recebo do mesmo, meus olhos se enchem de lágrimas.

- o que eu quero- ele me empurra rumo uma parede batendo as minhas costas com uma força considerável- talvez que você reconheça o seu lugar- ele aperta ainda mais e parece um verdadeiro demônio sem coração.

-porque está fazendo isso Asta?- lágrimas já caem- porque está me torturando assim? O que aconteceu com você?- ele me empurra ainda mais contra a parede.

- porque você não vale a pena- ele coloca sua mão em minhas bochechas e a aperta com força- eu tentei enxergar algo em você- ele força e meu maxilar dói- tentei achar potencial- ele solta um riso sinistro - mais não achei... Você não tem ninguém além de fracassados ao seu lado e eu não quero ser um fracassado- ele diz com raiva- eu não quero isso!

- eu- ele desce as mãos do meu rosto para o meu pescoço e aperta me erguendo assim me enforcando comigo ainda prensada na parede- As.ta- digo perdendo o fôlego e ele parece ter uma discussão vejo seus olhos oscilar entre o verde e o vermelho.

- sai daqui- ele diz e eu ainda estou no chão assustada demais - SAI DAQUI NOELLE!- eu apenas o olho com medo e me levanto com dor, somente corro sem olhar para trás, lágrimas já mancham o meu rosto.

Quando chego no seguro do meu quarto, apenas caio sentada no chão em frente a porta com as mãos em meu pescoço.

Ele tentou, o Asta me agrediu, ele ia me matar, ele ia, ele tinha esse desejo... Eu vi.

Soluço sem conseguir parar e me forço a ficar de pé, caminho até o espelho que tenho e quando olho eu vejo a verdade, eu tenho as impressões dele marcadas na minha pele como lembrança, o tom roxo no meu braço, no pescoço e o vermelho na bochecha, apenas me fazem crer que o Asta não é mais a pessoa que eu conheci, a pessoa que eu confiei e o pior de tudo isso a pessoa que eu mais amei, ele está sendo apenas a pessoa que acabou de quebrar o que eu ainda tinha em mim.

Sigo para minha cama ainda em choro, e me deito, e agora percebo, se eu não sair e ele ou alguns deles tentarem me matar? Eu não sei se conseguiria lidar com isso.

Então esse é o final, eu sempre estarei sozinha, porque se os que me restarão me abandonarem, como eu ficarei?

Mesmo em lágrimas eu não sei como até que sinto a escuridão se abater em mim.

Asta visão

Eu estava segurando ela pelo pescoço, uma parte minha querendo a ferir como ele me feriu, mais a outra parte está lutando contra.

" Solta ela" eu ignoro e continuo" você vai matar a mulher que você ama! SOLTA ELA AGORA MALDITO OU EU VOU TE TORTURAR! RECUPERE A PORRA DO CONTROLE!"

Essa voz, eu não sei como e quando, eu apenas a largo no chão, é como se a razão voltasse a mim, como se eu acabasse de perceber, eu não estou no controle, eu nunca odiaria ela, eu nunca machucaria ela assim...

-saidaqui-eu digo sentindo medo, sentindo medo de perder o controle que ainda tenho - SAI DAQUI NOELLE!- grito quando a vejo paralisada, noto em seus olhos o medo, o medo que ela está de mim, a vejo correr com lágrimas descendo.

Apenas corro dali, tenho que me afastar dela, tenho que tentar...

- que porra tá acontecendo comigo?- quando eu menos noto vejo que estou chorando- o que eu fiz?

" Você quase a perdeu"- escuto aquela voz sinistra" você tem que se livrar do fentiço garoto. Ou vai ser tarde demais pra gente"

- que fentiço?- digo- do que você está falando? Eu preciso de respostas!

" Seu erro é confiar demais nas pessoas, seres humanos são desonestos e sujos, ainda mais em nome do amor…" a voz repete.

-… em nome do amor?

" Oras garoto, você mesmo já se provou um verdadeiro egoísta por amor... Apenas se livre disso, ou eu vou possuir seu corpo e matar um por um que me impedir de ter ela, seja amigo, companheiro ou até mesmo irmão, eu não me importar eu nem que eu tenha que te manter trancado comigo no controle... Se não der um jeito eu vou possuir seu corpo, matar seus amigos e pegar a minha garota!" E assim do nada a voz simplesmente some... Eu estou sobre um fentiço para machucar alguém especial de mais pra mim, o que eu faço agora?

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