"Enquanto eu estiver aqui"

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Eu devo estar dormindo, isso é um pesadelo, só pode ser

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Eu devo estar dormindo, isso é um pesadelo, só pode ser.

— Acho que o gato comeu a língua dela.– o homem ri alto e ouço o pesado suspiro do homem ao meu lado.

É ela, minha mãe, Sabrina Rodriguez. Ou melhor, Sanchez.

Seu olhar sagaz me avalia com certa curiosidade e desdém.

Agora, olhando fundo nos seus olhos, tenho toda a certeza de que ela não mudou nada durante todo esse tempo. Sabrina continua a me olhar com todo o desprezo de antes.

Pra ser sincera, eu já tinha me acostumado com a sua forma de me tratar. Sabrina nunca me amou de verdade e eu ao menos sei o porquê. Eu não menti quando eu disse que sempre foi o meu pai a estar comigo em todos os meus momentos.

Quando mais nova, eu sentia a dor do desapreço de maneira violenta, mas ao passar dos anos, eu já não me importava mais. Papai bastava pra mim.

Eu já não ligava se Sabrina me daria um beijo antes de dormir, se não me ajudaria com os cadarços dos tênis ou se não estaria nas minhas apresentações escolares. O importante era se senhor Rodriguez estaria presente. Sentado principalmente na primeira fileira.

Ele nunca faltou em nenhuma delas. Nunca.

Ao final de cada uma, íamos para uma lanchonete, não muito longe da escola, onde sempre pedíamos a mesma coisa: bolo de laranja e sorvete de baunilha.

Eu amava todos os momentos ao seu lado. Desde quando ele assistia meus desenhos favoritos, quando lia pela segunda vez A Princesa e o Sapo antes de eu dormir ou quando nos sentávamos na varanda, durante o fim da tarde, para comermos balinhas de goma. Principalmente as vermelhas.

Nesse momento, percebo que Sabrina Sanchez não é nada mais que a mulher que me carregou durante 9 meses.

Respiro fundo e forço um sorriso.

— Me chamo Stephanie, sou assistente do senhor Ferrari.– seu sorriso cresce.

— É um prazer, Stephanie.– meu nome sai da sua boca devagar e repleto do veneno que eu já conheço bem.

LIAM: Um Contrato de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora