Marinette acordou sentindo cheiro de café. Aquilo era como uma bateria novinha sendo colocada em seu corpo! Levantou-se e percebeu o cobertor sobre si. Dobrou-o e o colocou sobre a cama do rapaz, que já estava arrumada. Pegou sua escova de dentes e sua toalha e foi até o banheiro. Lavou o rosto e olhou-se no espelho. Estava com olheiras, a noite não tinha sido das melhores. Sentia o corpo dolorido da rede, mas não reclamaria. Não daria a ele esse gostinho. Passou um pouco de base com filtro solar no rosto e um hidratante labial com gostinho de cereja. Logo foi para o convés.
Marinette:—Bom dia, capitão.
Adrien:—Bom dia, estrelinha. Quer café?
Marinette:—Posso?
Adrien:—Se estou oferecendo...
Marinette:—Eu aceito, obrigada.
Marinette pegou uma caneca de ágata branca e se serviu. Foi até sua mochila e pegou uns biscoitinhos. Ofereceu a Adrien, que agradeceu mas recusou. Estava concentrado olhando uns mapas.
Marinette:—O que está fazendo?
Adrien:—Estamos muito longe do fundo para que eu possa jogar a âncora e, com o barco à deriva, tenho medo de sairmos demais da nossa posição. A maré pode nos levar pra longe da rota dos barcos que costumam passar por aqui.
Marinette:—E o que podemos fazer sobre isso?
Adrien:—Eu não sei.
Marinette:—Bem, objetos leves costumam ser levados mais rapidamente pelas marés, certo? E se colocássemos garrafas com um bilhete dentro, dando nossa localização e data? Talvez chegue a algum lugar e possam vir nos resgatar.
Adrien:—Não faz mal tentar, né? Devo ter algumas garrafas velhas no porão, vou buscar.
Marinette:—Eu faço os bilhetes
Marinette arrancou algumas folhas do seu diário e escreveu as informações que precisava. Adrien deu as coordenadas em latitude e longitude do último ponto em que eles estavam e ela colocou em uma garrafa. fechou-a com uma rolha e lançou-a ao mar.
Adrien:—A cada 12 horas lançaremos uma, assim teremos mais chances.
Marinette:—Tudo bem.
Adrien:—O que tem nesse livrinho?
Marinette:—Minhas anotações de trabalho e meu diário.
Adrien:—Coloca os dois juntos?
Marinette:—Sim. Meu trabalho é minha vida, então nada mais justo que a profissional e a pessoal fiquem juntas.
Adrien:—Sei como é. Eu nem separo mais, pra mim é tudo uma coisa só.
Marinette percebeu que Adrien hoje estava um pouco menos emburrado e resolveu puxar assunto. Seria terrível ficar ali por dias sem nem poder conversar. Achou que seria uma boa ideia falar de coisas que ele gostasse, como o barco. Pelo que ela percebeu, ele tinha um grande carinho pela sua Ladybug...
Marinette:—Há quanto tempo tem esse barco?
Adrien:—Minha Ladybug? Estamos juntos há 5 anos.
Marinette:—E por que esse nome?
Adrien:—Quando eu ia assinar a compra do barco, uma joaninha minúscula apareceu e pousou exatamente no local onde eu assinaria. Esperei gentilmente que ela saísse e senti que ela me traria sorte. Então escolhi esse nome.
Marinette:—E o que fazia antes de ser capitão?
Adrien:—Eu era dublê.
Marinette:—Nossa, que diferente! Nunca conheci um dublê! Mas você fazia aquelas cenas de perigo, tipo acidentes de carro, explosões, essas coisas?
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Oi, diário
RomanceMarinette precisa provar para si mesma e para seu pai que não era apenas a herdeira de um império, mas não imaginava ficar presa a alguém que mal conhecia por tanto tempo...