Marinette precisa provar para si mesma e para seu pai que não era apenas a herdeira de um império, mas não imaginava ficar presa a alguém que mal conhecia por tanto tempo...
Marinette:—Adrien, o que vai acontecer com a gente?
Adrien:—Não se preocupe, vai dar tudo certo. Já passei por isso! Fique em cima da cama, está bem?
Marinette:—Mas e você?
Adrien:—Já estou indo. Agora vai!
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Marinette obedeceu apavorada. Já tinha visto Adrien zangado, mas aquilo era diferente. Ele estava preocupado, aflito. O mar estava agitado e eles estavam completamente vulneráveis ali. Logo Adrien entrou na cabine e sentou-se na cama com ela.
Marinette:—O que faremos?
Adrien:—Olha, o barco é de fibra, então se algum raio cair nele ele vai procurar o meio mais rápido de chegar até o mar. Tem um tapete de borracha sob a cama e em volta dela. Estaremos seguros aqui até a tempestade passar.
Marinette:—Eu estou com medo!
Adrien:—Seria burrice não estar! Mas vamos ficar bem, não precisa ter medo.
Marinette:—E se o barco virar?
Adrien:—Não vira assim fácil não, estrelinha...precisaríamos de um vagalhão pra isso...
Marinette:—O que é um vagalhão?
Adrien:—É uma onde gigante...mas relaxa, isso não acontece por aqui. E são raras, cerca de uma em bilhões...
Marinette:—Espero não estar nessa estatística...porque, pensando bem, qual a probabilidade de nós estarmos à deriva no meio do oceano em pleno 2020?
Adrien:—Você é sempre pessimista assim?
Marinette:—Desculpe, não consigo ser otimista quando minha vida corre perigo!
Adrien:—Mas não corre perigo! Ok, no máximo de vomitar em cima de mim por causa do balanço do mar...mas fora isso, nada preocupante.
Marinette:—Pra você é fácil falar isso...o mar é o seu mundo, não o meu...-disse chorosa
Adrien:—Ei...vem cá...-puxou-a para si e abraçou-a - vai ficar tudo bem, ok?
Marinette sentou-se no colo de Adrien como uma criança assustada. Ele se surpreendeu com aquele gesto, mas entendeu que ali não havia malícia alguma...apenas uma garotinha que estava apavorada com medo de uma tempestade. A chuva apertava e o barulho dos trovões era cada vez mais alto. Marinette apertava Adrien como se ele fosse uma tábua de salvação e ele tentava acalmá-la afagando seus cabelos.
Adrien:—Ei, vamos deitar? Vem, continua abraçada comigo...vamos deixar que as ondas nos embalem como as mães fazem quando querem ninar seus filhos...
Marinette:—Estou tensa demais pra dormir, não consigo relaxar...
