15 - Iguaria

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   Tom Dupain acabara de aterrisar em Dubai. Um carro já o esperava e o levou direto para o SPA que Marinette deveria estar. O homem entrou como se fosse a polícia federal desbancando uma operação de tráfico humano! Ao lado de Nathalie e de dois seguranças, foi direto ao balcão da recepção.

Tom:—Avise a Marc Anciel que Tom Dupain está aqui para vê-lo. E que ele venha rápido.

   Marc ouviu de sua sala e prontamente foi até a recepção, antes mesmo que a recepcionista o telefonasse.

Marc:—Bom dia senhor Dupain, por favor me acompanhe.

   Tom sinalizou aos seus seguranças que ficassem do lado de fora do estabelecimento e entrou na sala de Marc com Nathalie.

Tom:—Vai me dizer onde minha filha está ou vou ter que chamar a polícia?

Marc:—Não será necessário, senhor Dupain, Vou lhe explicar tudo.

   Marc contou tudo a Tom, com detalhes. Nathalie parecia chocada e Tom estava furioso. Como Marinette foi capaz de mentir-lhe daquele jeito?

Marc:—Se me permite a sinceridade, senhor, Marinete só fez isso porque o senhor a vigia demais. Ela é adulta e quer ter o direito de fazer suas próprias escolhas. Ela quer ser uma pessoa normal, como qualquer outra, e não viver em uma redoma de vidro.

Tom:—Mas ela não é uma pessoa qualquer. Ela é minha filha e, gostando ou não, ela faz parte desse mundo. Eu tento protegê-la de pessoas que possam querer usá-la para me atingir.

Marc:—Eu entendo, mas também entendo o motivo dela ter feito o que fez. Ela seguiu seu coração, fez o que era importante para ela.

Tom:—Para onde ela foi exatamente?

Marc:—Ela ia para Vaadhoo. Mas o fenômeno seria na terça e ela disse que voltaria na quarta. Bem, hoje já é sexta e ainda não tive notícias dela.

Tom:—E você está tranquilo com isso?

Marc:—A ilha é linda, ela pode estar só aproveitando. Se ela não voltasse amanhã eu iria começar a procurá-la.

Tom:—Pois eu vou começar a procurá-la agora. Junte as coisas que ela deixou aqui, vou levar tudo comigo.

Marc:—Sim senhor.

   Marc saiu e foi fazer o que Tom pediu. Tom pegou o telefone e ligou para alguém. Nathalie estava quieta.

Tom:—Alô? Quero falar com Wang Fu. Diga que é Tom Dupain, e é urgente.

Fu:—Tom, meu amigo, há quanto tempo. Do que precisa?

Tom:—Marinette sumiu.

Fu:—Onde?

Tom:—Em algum lugar entre Dubai e Vaadhoo.

Fu:—Vou acionar meus contatos. Não se preocupe, vou achá-la.

Tom:—Devo chamar a Interpol?

Fu:—Deixa comigo que eu resolvo isso pra você. Fique atento ao celular. Até mais. 

   Wang Fu era um senhor de 70 anos, amigo de Tom há muito tempo e tio de Sabine. Era aquele cara que conhece todo mundo e que tem muitos contatos, tanto do bem quanto do mal. Resolvia qualquer problema e, se fosse família então, movia céu e inferno para conseguir solucionar. Tom não pensou duas vezes em ligar para o amigo: se alguém podia encontrar um grão de arroz num milharal, com certeza era ele.

Nathalie:—Precisava mesmo ligar para o Fu?

Tom:—Não sei onde a Mari está...pode ter acontecido alguma coisa com ela.

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