Marinette precisa provar para si mesma e para seu pai que não era apenas a herdeira de um império, mas não imaginava ficar presa a alguém que mal conhecia por tanto tempo...
Marinette acabou de escrever e guardou seu diário. Foi para o convés procurar Adrien, mas não o achou.
Marinette:—ADRIEN? - gritou por ele e nada! ADRIEN, CADÊ VOCÊ?
A garota procurou por todo o barco e nada. Correu até o motor e nada. Adrien não estava em lugar nenhum!
Marinette:—Pronto! Ele sumiu, e agora o que eu faço? - disse já enxugando as lágrimas que caiam pelo seu rosto.
Marinette voltou a correr pelo barco, apavorada. Olhava em todos os cantos e gritava por ele. Subitamente ouviu um barulho perto da escada que dava acesso ao mar e, quando olhou, lá estava ele subindo como se nada tivesse acontecido. Ela correu para ele e o abraçou, dando-lhe um tremendo susto.
Marinette:—Adrien! - disse enquanto o abraçava apertado
Adrien:—O que foi, estrelinha? O que aconteceu? - perguntou surpreso
Marinette:—Você sumiu...eu...eu pensei que...por Deus, não me assuste desse jeito!
Adrien:—Eu não quis te assustar...eu só fui checar se não tinha nenhum dano no casco.
Marinette:—Mas e os tubarões?
Adrien:—Fui rápido, era necessário. Mas estou aqui, tá tudo bem.
Marinette:—Não, não tá. E se você tivesse morrido, ou se afogado, ou ficado preso em alguma parte do barco, ou viesse um tubarão, ou uma orca, ou qualquer tipo de predador que mata pessoas, ou...
Adrien:—MARINETTE! - gritou - se acalme, já tá tudo bem, já passou.
Marinette:—Fácil pra você falar, não foi você quem ficou apavorado - disse cruzando os braços emburrada
Adrien:—Ficou apavorada por que? Com medo de ficar sozinha se eu morresse? Você ia se virar bem, já aprendeu o suficiente pra sobreviver mais uns dias sem mim. Eu já sou dispensável...
Marinette:—Então é isso que você pensa de mim? Acha que eu me preocupo só porque não quero ficar sozinha?
Adrien:—E não é?
Marinette:—Claro que não...me preocupo porque eu...porque você... é meu amigo! E eu não quero que mal nenhum te aconteça, é isso!
Adrien:—Que fofinho da sua parte! Obrigado por se preocupar, mas eu já disse que tá tudo bem. Agora vem, vamos pescar nosso almoço.
Adrien jogou um pouco de água doce nos cabelos e no corpo e colocou uma camisa. Pegou a vara, preparou a isca e logo lançou-a ao mar. Marinette foi fazer um arroz e cozinhar umas batatas para acompanhar o peixe. Ao sair da cozinha deu de cara com mais uma imagem de Adrien que não sairia tão facilmente de sua memória.
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Ele olhava para o horizonte, enquanto esperava a linha puxar. Ela o encarou de longe. Ele era mesmo uma figura ímpar, em todos os sentidos. Era um homem de verdade, em toda a sua essência. E era bonito. O infeliz era bonito que só! A imaginação da garota viajava nas 1001 possibilidades do que poderia fazer com aquele ser que ocupava seus pensamentos. Mas então ele percebeu que ela o encarava.
