Faz meia hora que estou sentada na calçada de uma rua qualquer e quarenta minutos desde quando deixei o apartamento do Harry aos gritos.
Sim, nós discutimos. Por dois motivos: 1) Porquê fui almoçar com Oliver. 2) Cynthia.
Depois que ele me viu com Oliver no restaurante, pude sentir o seu autocontrole quase chegar ao limite. E no fim da tarde, Harry apareceu na empresa para me buscar, sem dizer uma palavra, viemos até seu apartamento. Assim que entramos, ele começou.
— Eu ainda não consigo acreditar que você foi almoçar com o Oliver, porra Ayla, o Oliver — Harry falou alto.
— O que há demais nisso? Seus problemas com o Oliver, é só entre vocês, eu não tenho mas haver com isso — joguei minha bolsa no seu sofá.
— O fato de você ser minha mulher, faz com que tenha muito haver com isso — ele ri sarcástico.
— Ah, agora sou sua mulher? Engraçado, não me recordo nem de ser sua namorada — joguei.
— Já entendi tudo... claro, você está fazendo esse joguinho porque eu não fiz o pedido de namoro — ele se aproxima de mim.
— Não Harry, você não entendeu absolutamente nada! Não existe nenhum joguinho, isso não é do meu feitio. Você cobra tanto de mim as coisas com relação ao Oliver, mas sequer se preocupou em me levar para um lugar diferente do qual você levou a Cynthia — segurei minhas lágrimas.
— Como? — ele perguntou.
— Cynthia jogou hoje pela manhã na minha cara, que ela curtiu altas noites com você na cabana do sul — falei e a raiva me consumiu. — A MESMA CABANA QUE VOCÊ ME LEVOU — bati contra o seu peito.
— Hey, Não é nada disso. Nunca levei a Cynthia naquela cabana! — ele afirma.
— Será que posso acreditar em você? Será mesmo que você não fez essa sujeira toda comigo? Será mesmo Harry? — fracassei. Infelizmente não consegui manter as lágrimas nos meus olhos e elas rolaram, molhando meu rosto.
— Claro que eu não fiz isso, nunca teria coragem de machucar você, não de propósito — ele passa o seu polegar no meu rosto, capturando as lágrimas. — Eu te amo Ayla — meu coração aperta.
E agora estou aqui, com meu pé latejando como consequência da longa distância que andei. Desliguei meu telefone para não ser perturbada ou muito menos encontrada.
Levanto da calçada e descido ir para casa do Louis. Harry não vai me encontrar lá. Para minha sorte, um táxi passa e embarco.
É uma longa viagem da rua onde eu estava até a casa do Louis. Assim que chego, pago a corrida e antes que eu bata na porta, ela se abre. Natalie me encara, seus olhos estavam vermelhos e inchados, depois de uma pausa de segundos, ela me abraça.
— Por onde esteve sua maluca? — ela pergunta ainda abraçada a mim.
— Colocando a cabeça no lugar — me separei gentilmente do seu abraço. Ela me ajudou a entrar e pela minha surpresa, Harry estava sentado no sofá, com uma caneca na mão.
Olhei para Natalie e logo em seguida para Louis.
— O que você está fazendo aqui?? — perguntei tentando me controlar.
— Amiga, Harry foi até o seu apartamento atrás de você e eu estava lá. Logo viemos para cá, apenas isso, ouça o que ele tem pra dizer — Nat disse calmamente.
— Eu não tenho
— Por favor — ele pediu. Louis e Natalie se retiraram, nos deixando à sós.
Sentei no sofá e Harry sentou no outro à minha frente.
— Desde quando nos beijamos pela primeira vez, eu senti naquele dia, que você iria marcar minha vida de alguma forma. Eu amo você e meu sentimento é sincero, sei que nos conhecemos há alguns meses, mas creio que foi o suficiente pra você me conhecer, pois sempre fui muito transparente contigo. Ayla, você me conhece bem mais que minha própria mãe — ele ri de nervoso ou sarcasmo, não consegui identificar — E eu sei que, no fundo, você acredita em mim quando digo que te amo e quando digo que não levei a Cynthia naquela porra de cabana — ele soca o sofá. — Me perdoa por fazer você passar por isso, por favor — Harry se ajoelha na minha frente.
Eu permaneci sentada, sem reação, sem falar nada, apenas encarando suas íris verdes.
Engoli a seco e permiti minha mente relembrar tudo que vivemos. Os carinhos, os beijos, as confissões.Seguro seu rosto com as minhas duas mãos e umedeço os meus lábios.
— Eu acredito em você amor — falei e o beijei.
Foi um beijo lento, calmo, mas cheio de paixão e carinho. Foi a primeira briga séria que tivemos e foi horrível, a sensação de estar longe, distante dele, foi a pior possível.
— Você quer namorar comigo? — ele perguntou assim que encerramos o nosso beijo.
— Oi? — perguntei sem conseguir disfarçar o sorriso.
Sim, eu sabia que algum dia ele ia me pedir em namoro. Mas quando eu saí da casa dele naquele estado, aos prantos, eu não sabia que iria terminar assim. Com ele me pedindo em NAMORO.
— Eu quero — respondi e vi brotar em seu rosto o sorriso mais sincero e verdadeiro do mundo.
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A 13° Entrevista De Emprego
Fiksi PenggemarAyla Keyes McFarlane Uma jovem de 22 anos que sonha em fazer sua faculdade, linda e morena, com 1 metro e 62 de altura, procura um bom emprego para ter uma vida digna de livros de ficção adolescente. Apesar de ter sido "negada" em exatos 12 entrev...