Capítulo 25

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O beijo que dei no Samuca foi rápido, ele até beijava bem, mas pra mim foi como beijar um sacolé de chuchu, foi totalmente insonso e sem graça, não era como beijar João. Parei o beijo.

- Me desculpa. - Dei um beijo na bochecha dele e saí puxando a Ju que acompanhara tudo o que aconteceu. A Ju deu um último beijo no Mica e veio sem pestanejar, o bom da Ju é que ela sempre saca tudo.

Saímos da balada e eu puxei a Ju andando mesmo até o hall principal do Resort. Até que ela me freiou.

- O que aconteceu? Por que você beijou o ruivo?

Comecei a chorar, peguei o celular e mostrei pra Ju a mensagem da Bea.

- Mas isso aqui é uma foto do João beijando outra?

   Jura?

- É a Beatriz, ex dele que eu havia falado. - Ju me deu um abraço. - Ele nem esperou cara, faz nem 24 horas que estamos aqui nessa droga e ele já fez isso, qual é a dele? Por causa de uma briguinha? - Choraminguei.

- Vem amiga, vamos pro quarto, melhor curtir essa dor de cotovelo do que dar a louca na balada.

Chegamos no quarto tomei um banho, depois fiz a Ju pedir um whisky no serviço de quarto, já que é a única maior, ninguém poderia reclamar. Quando chegou tomei numa golada só, comecei a sentir sono, essa era minha intenção, dormi de tão bebada somando as tequilas e a caipirinha.

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O dia e as horas passaram rápido e já estávamos no pier prestes a partir, eu passei a segunda inteira com uma tromba enorme a terça maior ainda, não atendi as ligações e nem respondi as mensagens do João, pedi pra Ju não responder também. Ele se fazia de mal entendido nas mensagens escrita: "Não estou entendendo o que eu fiz" ou "Não estou entendendo por que não quer me atender." Tava possessa de raiva, meus pais perceberam, então eu tentei me controlar forçando risadas. Chegamos de volta na Barra umas 17h. Levamos a Ju na Lapa.

- Vai ficar bem amiga? - Perguntou a Ju pra mim enquanto nossos pais conversavam.

- Vou, acho que sim, mas eu não consigo entender sabe? A gente tava bem e ele me pediu em namoro, pediu pra eu assumir. E pra que essa garota me enviou isso?

- Tá na cara né amiga, queria fazer uma intriga, mas pelo visto deu certo. Já passou pela sua cabeça que ela possa ter armado isso? Tipo, agarrado ele e mandado alguém bater uma foto.

- Ju, será que ela se submeteria a isso?

- Existem inimigas de todos os tipos amiga, só a Valesca mesmo pra desejar vida longa.

- Verdade, eu deixaria morrer. - Falei rindo e a Ju acompanhou. - Obrigado amiga, só você mesmo. - Dei um abraço nela.

- Cléeeeo! Vamos filha. - Gritou minha mãe.

- Tchau Ju. - Dei dois beijos.

- Tchau, qualquer coisa é só ligar e depois me conta o que foi resolvido. Tudo bem?

- Ok.

Saí de lá com meus pais e chegamos no Oásis em 45 minutos, subimos direto, não paramos em lugar algum quando a porta do elevador abriu vi o João esperando em frente a porta dele, como eu sei se ele não estava entrando ou saindo? Porque ele estava sentado em uma cadeira.

- Mãe eu vou falar com o João e depois eu entro.

- Tudo bem filha.

   Meus pais sacaram o lance e percebi que mamãe reparou bastante nele antes de entrar. O João abriu a porta do Flat em silêncio, colocou a cadeira.

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