Capítulo 33

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Realmente esse era o fim da meada.

- Por que vocês estão com essas caras roxas e machucadas. - Questionou o policial após esvaziar a casa.

- Nós caímos da escada. - Falei em tom debochado.

- Juntos? Que fantástico. Vamos ver o que sua mãe vai achar.

Pedi o João para ir embora e me ajudar com algum advogado, sei lá, deve conhecer um excelente, já que seu pai fora desembargador. Ele me disse pra mim ficar despreocupada, pois eu não demoraria nem um dia lá dentro, no máximo passaria a tarde. No máximo? Pra mim isso já seria demais, ri daquela situação, mas foi pra não chorar mesmo.

Logo após trancar a casa o policial me colocou na parte de trás da viatura, me senti uma marginal, coisa que nunca fui, só fiz uma festa inocente, tá não tão inocente, mas nada a ponto de ser detida.

Chegando na delegacia, não dei a mínima por está detida, não me algemaram ou colocaram-me em uma sela,"já que sou menor de idade e não fiz nada tão infringivel" como disse a moça na delegacia, uma policial bem educada, que cuida das pessoas menores que chegam lá, fiquei lá e ouvi ela falando com meus pais.

" Olá, boa dia, gostaria de falar com a senhora Patrícia Rodrigues? ... Aqui é Rosângela da DP (sei das quantas), onde a sua filha Cléo Marques Rodrigues se encontra detida por perturbação da ordem pública foram encontradas uma quantidade grande de drogas, incluindo bebidas álcoolicas, cigarros, maconha e ecstasy no mesmo, onde haviam dezenas de menores de idade, ela está aqui por ser a única responsável, apesar de menor, pela casa, precisamos da senhora para liberá-la e pagar as multas infringidas pela sua filha.

A ligação durou mais alguns 5 minutos, já estava pensando no castigo e de ter que adiar o meu namoro oficial em casa com João, a policial também comentou sobre ele e sobre as marcas em meu rosto, que certamente foram arrumados em uma briga. Queria sumir, mas agora devo responder pelos meus atos.

JP:

Deveria ter ido no lugar da Cléo e assumido tudo, sou realmente um idiota, nem pensei muito, mas seria bem mais fácil me safar disso. Cléo mandou eu ir pra casa, porém eu fui direto pra casa do meu advogado com o rosto todo machucado, acho que eu deveria ir até um hospital, tava sentindo muitas dores e sentia meu rosto inchado, e quando me olhei pelo espelho retrovisor do carro vi minha cara toda machucada, com sangue que havia secado, um roxo em meu olho esquerdo, o maluco me deu um soco que me acertou em cheio. Cheguei na casa do Alex, além de advogado da família, um amigo de infância do papai e ele me disse que sempre que eu tivesse um problema deveria pedir ajuda a ele. Toquei a campanhia várias vezes e rapidamente até ele atender, me atendeu usando um robie e com uma cara de sono, acho que o acordei.

- João Pedro, em que posso te ajudar tão cedo filho? O que houve com você? Parece que passou trator em cima de ti.

- Alex, a minha namorada foi detida e preciso tirar ela de lá logo.

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