Capítulo 27

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Tava decidida a reconquistar o João, passar por cima do meu orgulho e também não esperava e nem queria que isso fosse algo fácil mesmo assim quis cantar algo que combinasse um pouco.

"Eu sei que o tempo pode afastar a gente

Mas se o tempo afastar a gente

É porque o nosso amor é fraco demais

E amores fracos não merecem o meu tempo, não mais

Simplesmente eu sei que tudo que foi

Importante pra mim

Da minha vida se foi

Então me fez ser assim

Dentro dessa armadura, nessa vida dura

Não sou Indiana Jones

Então, sem aventura

Porque só tinha conhecido gente louca

Tinha medo de um "eu te amo"

Sair da minha boca

Até que um dia ele saiu

Eu gelei, te olhei

Você disse eu também, e sorriu

Maluco o suficiente pra gostar de mim

Corajoso o suficiente pra ir até o fim

Se eu tivesse te desenhado e te encomendado

Teria feito exatamente assim

Ele me disse: Vai

Eu disse: Já vou

Ele me disse: Volta

Eu disse: Ôoo

Ai que saudade de você

De baixo do meu cobertor

Ai que saudade de você

De baixo do meu cobertor"

A Diana me acompanhou no teclado, pra dar uma força e o Math na viola, cantei só até essa parte, quando chegou uma mensagem da mamãe, meu celular estava na minha mão, não tive como evitá-la, ela disse que partiria em 30 minutos.

- Gente eu preciso ir embora, vou me mudar hoje. - Fiz bico. - Amanhã eu venho ensaiar com vocês de novo, tudo bem?

- Tudo. - Falaram os meninos juntos, pra variar. Exceto o João.

- Tudo bem Cléo. - A Di disse sorrindo.

Me virei e olhei pro João com cara de 'Tudo bem?', ele apenas assentiu com a cabeça, pelo menos nossa linguagem dos olhos ainda funcionava, abri um sorriso pra ele e ele pareceu confuso e sem graça.

- Tchau gente. - Mandei um beijo, beijando a mão e mandando pra todos em geral.

Saí correndo. Peguei o elevador e quando cheguei no flat não restava mais nada além dos móveis que pertenciam ao condo e minha mochila, peguei um papel e uma caneta dentro da mesma e escrevi.

" Tô com saudades mesmo."

Peguei um batom passei na boca e beijei o papel, o rasguei, esperei secar um pouco e dobrei, fui até a porta do Flat 84 e coloquei o bilhete lá dentro por de baixo, levantei e sorri, levei um susto com minha mãe chegando por trás.

- Vamos filha, tá tudo pronto.

- Vamos. - Falei com ar de tristeza, fui até a sala peguei a mochila e saí do flat, passei a mão pelo batente da porta, parecia uma despedida, tranquei o Flat, dei uma última olhada no Flat 83 e depois no Flat 84, nunca achei que fosse tão difícil me despidir de algum lugar, quando entrei no elevador me lembrei dos momentos bons vividos aqui, tava nostálgica antes mesmo de sair, sentia suadades antes mesmo de não está mais no Oásis, chegamos no estacionamento eu fui no carro da mamãe com ela e papai foi no dele, nossas caixas estavam em um pequeno caminhão de frete.

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