Tava decidida a reconquistar o João, passar por cima do meu orgulho e também não esperava e nem queria que isso fosse algo fácil mesmo assim quis cantar algo que combinasse um pouco.
"Eu sei que o tempo pode afastar a gente
Mas se o tempo afastar a gente
É porque o nosso amor é fraco demais
E amores fracos não merecem o meu tempo, não mais
Simplesmente eu sei que tudo que foi
Importante pra mim
Da minha vida se foi
Então me fez ser assim
Dentro dessa armadura, nessa vida dura
Não sou Indiana Jones
Então, sem aventura
Porque só tinha conhecido gente louca
Tinha medo de um "eu te amo"
Sair da minha boca
Até que um dia ele saiu
Eu gelei, te olhei
Você disse eu também, e sorriu
Maluco o suficiente pra gostar de mim
Corajoso o suficiente pra ir até o fim
Se eu tivesse te desenhado e te encomendado
Teria feito exatamente assim
Ele me disse: Vai
Eu disse: Já vou
Ele me disse: Volta
Eu disse: Ôoo
Ai que saudade de você
De baixo do meu cobertor
Ai que saudade de você
De baixo do meu cobertor"
A Diana me acompanhou no teclado, pra dar uma força e o Math na viola, cantei só até essa parte, quando chegou uma mensagem da mamãe, meu celular estava na minha mão, não tive como evitá-la, ela disse que partiria em 30 minutos.
- Gente eu preciso ir embora, vou me mudar hoje. - Fiz bico. - Amanhã eu venho ensaiar com vocês de novo, tudo bem?
- Tudo. - Falaram os meninos juntos, pra variar. Exceto o João.
- Tudo bem Cléo. - A Di disse sorrindo.
Me virei e olhei pro João com cara de 'Tudo bem?', ele apenas assentiu com a cabeça, pelo menos nossa linguagem dos olhos ainda funcionava, abri um sorriso pra ele e ele pareceu confuso e sem graça.
- Tchau gente. - Mandei um beijo, beijando a mão e mandando pra todos em geral.
Saí correndo. Peguei o elevador e quando cheguei no flat não restava mais nada além dos móveis que pertenciam ao condo e minha mochila, peguei um papel e uma caneta dentro da mesma e escrevi.
" Tô com saudades mesmo."
Peguei um batom passei na boca e beijei o papel, o rasguei, esperei secar um pouco e dobrei, fui até a porta do Flat 84 e coloquei o bilhete lá dentro por de baixo, levantei e sorri, levei um susto com minha mãe chegando por trás.
- Vamos filha, tá tudo pronto.
- Vamos. - Falei com ar de tristeza, fui até a sala peguei a mochila e saí do flat, passei a mão pelo batente da porta, parecia uma despedida, tranquei o Flat, dei uma última olhada no Flat 83 e depois no Flat 84, nunca achei que fosse tão difícil me despidir de algum lugar, quando entrei no elevador me lembrei dos momentos bons vividos aqui, tava nostálgica antes mesmo de sair, sentia suadades antes mesmo de não está mais no Oásis, chegamos no estacionamento eu fui no carro da mamãe com ela e papai foi no dele, nossas caixas estavam em um pequeno caminhão de frete.
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Flat 83
RandomCléo se muda para o Flat 83 de um condômino de classe alta na Tijuca, enquanto sua casa não fica pronta, após uma mudança. Lá ela se aproxima do gatinho João Pedro, vugo JP de uma maneira romântica, mas diferente do romântico que estamos acostumados...