Capitulo 9

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Batemos um na mão do outro lá em cima, lá em cima pra mim né, porque pra ele.

Pegamos o elevador. Eu tava sorrindo igual uma criança boba, e o João não parava de me adimirar. Então chegamos no andar da síndica. O João já a conhecia e ela é amiga dos pais dele, traduzindo, a festa com certeza rolaria.

Chegamos lá e batemos na porta da síndica, porque o João tinha intimidade pra isso, ela foi super simpática. Era Loira e bonita, se chamava Cíntia. Achei engraçado Cíntia/Síndica. Sei lá, parece né. "A síndica Cíntia."

- Oi João, tudo bem meu amor? - falou a Síndica Cíntia dando dois beijos no meu homem, quer dizer, no João.- Oi. Você não é filha do Fernando e da Patrícia?

- Sou sim, prazer Cléo.

- Prazer minha linda.- Nos cumprimentamos. - Mas então crianças, em que posso ajudar?

Odeio esse termo 'crianças' que os mais velhos usam.

- Então tia Cíntia.- Era assim que o João chamava a síndica Cíntia.- A gente queria alugar o clube pra fazer uma festa hoje à noite, às 22h. Quer dizer, 22h tá bom Cléozinha?

- Se a gente correr, tá ótimo!

- Mas assim de última hora querido? É festa de que?

- É pra comemorar a chegada da Cléo poxa, libera aí vai tia Cíntia.

- Tudo bem João Pedro, mas olha lá em, to confiando meu clube a você, mas só porque às segundas não abrimos o clube.

- Eu sei tia, obrigado, depois acertamos o pagamento.

- Não precisa pagar, contanto que você pague se houver alguma danificação ou prejuízo.

- Ok tia, obrigadão. - Falou o João. - Bora Cléozinha, vamos ao mercado, antes que feche.

Nos despidimos da Cíndia síntica, ops, da Síndica Cíntia trava línguas, e fomos direto pra garagem. Depois disso nos dirigimos até o mercado, ou melhor, o João dirigiu até o mercado.

Chegando lá, compramos bebida, muita bebida e pra comer compramos frios, só pra petiscar, (queijos, presuntos, pão pra fazer uns canapés), só pra ninguém passar mal também, até porque não daria pra encomendar nada no domingo e em cima da hora.

Quando saimos do mercado e botamos as compras na mala, o João ligou pra um amigo que era metido a DJ segundo ao João, e que até que ele mandava bem.

- " E aí cara, topa ganhar uma grana? Vou fazer uma festa hoje e tô precisando de alguém pra tocar e me arrumar uns bags de iluminação, pra ficar maneiro. E aí, tá afim? Aham, não, já. Fechou 400 pro parça? Jaé lek valeu."

- Som resolvido gata, às 21h o Ric vai montar os aparelhos.

- Ric? - Falei rindo.- Ric de Ricardo, o maluquinho do luau?

- É esse mesmo. - Riu.- O moleque manda bem. Você vai ver.

- Ok.

O João mandou uma lista de transmissão pra geral que tava no luau, geral maneiro do Condo, e alguns amigos a parte. Eu só mandei mensagem pra Ju e pra Analu. Que confirmaram presença e que dormiriam e se arrumariam na minha casa.

Já eram 17h quando chagamos no condo, o João foi arrumar um lugar pra por as bebidas e o salão do clube com a galera da banda, e eu fui fazer os canapés e enrolar os frios. Acabei já eram quase 19h e as meninas chegaram.

- Oi amigas, que saudades. - Falei ao abrir a porta, abraçando-as. - Entrem que é muito babado baphonico pra contar.

- Me conte tudo, não me esconda nada sua safada. Esses dias sua mãe me ligou. - Falou a Ju. - Só não te dei cobertura porque não sabia de nada e sua mãe ligaria para a minha.

Flat 83Onde histórias criam vida. Descubra agora