Cheguei em casa um tempo depois, guardo o carro na garagem e entro em casa.- E então, não atropelou ninguém, não é? - meu pai pergunta assim que eu entro, como sempre com o sorriso de deboche no rosto.
- Só umas duas pessoas, mas nada grave. - e coloco aquele mesmo sorriso no rosto.
Minha mãe começa a cheirar o ar e eu fico tensa, como não pensei antes que eles poderiam sentir o cheiro?
- Evie, tem alguma coisa para contar? - minha mãe me pergunta.
- Sim, tô com fome, a senhora fez comida? - me viro e vou em direção a cozinha, mas para meu azar ela aparece na minha frente, merda.
- Eu tô sentindo o cheiro Evie, não tem como esconder. - suspiro.
- Tá, aconteceu não foi minha culpa.
- Matou uma pessoa?! - meu pai me pergunta, agora os dois me encaravam.
- Não! Eu me controlei, e fiz aquele lance do olho. - eles respiram aliviados.
- E não passou pela sua cabeça que tinha que contar para nós? - minha mãe estava seria enquanto falava comigo.
- Vocês iam me dar lição de moral, não queria estragar o dia, não é como se eu tivesse matado o cara.
- Mesmo assim Evie, não é por que você não o matou que não tinha necessidade de nós contar, você se alimentou dele, tinha que nos falar.
- Vocês já sabem não é?
- Evie. - meu pai me repreende.
- Não vamos brigar, só esperávamos que quando vissese uma coisa dessas nos conta-se.
- Desculpa. - naquele momento comecei a me sentir mal, deveria ter contado.
- Tá vamos, sua mãe fez seu favorito. - meu pai diz quebrando o clima, e ali me senti pior ainda.
Fomos para cozinha e comemos, quando terminamos minha mãe trás um bolo e coloca sobre a mesa.
- Obrigada mãe, obrigado pai, por tudo. - digo enquanto abraçava eles.
- De nada querida.
Depois de comermos o bolo fomos para a sala assistir algum filme.
●
Acordo com meu pai me chamando, olho pela janela e vejo que estava amanhecendo, olho e vejo meus pais me olhando com preocupação.- Oque aconteceu? - Eu ouvia alguns barulhos do lado de fora.
- Venha querida, rápido. - minha mãe me puxava para um abraço, lágrimas caiam pelo seu rosto. - quero que saiba que tudo oque fizemos foi para seu bem, e se algum momento te sufocamos saiba que não foi nossa intenção. - eu já chorava junto com ela, meu pai também chorava e me da um abraço junto com minha mãe.
- Nos te amamos. - eles me dão um beijo no mesmo momento em que a porta é aberta.
- Ora ora ora, finalmente te achamos não? - um homem entra chamando atenção, outros dois vem atrás.
- Corra - Meu pai me fala. - pegue a chave do carro e vá, AGORA. - Ele grita me assustando, olho para eles enquanto chorava eles não estavam diferentes, e eu sabia, sabia que não nos veríamos mas, mais eu torcia com todo o meu ser que eu estivesse errada.
- Eu amo vocês. - falo e corro.
♡
Já havia se passado algumas horas, eu havia ido longe, mas havia parado estava criando coragem para voltar lá, não sabia oque encontraria, e não sabia de verdade se eu queria ver.
Liguei o carro e fui para casa, um tempo depois eu havia chegado estava tremendo, saio do carro e vou em direção a porta que estava aberta, as lágrimas já rolavam sem controle pelo meu rosto, e um soluço escapa de mim quando eu entro dentro de casa e me deparo com uma cena que eu nunca esperei ver na minha vida.
Meus pais estavam jogados no chão, mortos, eu suluçava enquanto me aproximava.
- Não, não, por favor. - eu balançava meus pais, mas eu sabia, não ouvia os batimentos. - Não me deixem, eu não consigo ficar sozinha, por favor. - o meu choro não era mais silencioso, e meus soluços já não era tão baixos, a dor que eu sentia era inexplicável.
Me joguei no meio dos dois, chorei e gritei, até não aguentar mais.
Estava jogada ao lado dos corpos das duas pessoas que eu mais amava, as únicas pessoas que eu tinha na vida.
Eu não queria mais sentir, não conseguia continuar sentindo.
Foi como se tudo parasse, como se nada fizesse sentido, em um instante eu sentia meu coração ali, batendo rápido no peito enquanto as lágrimas caiam pelo meu rosto, e em outro, nada, como se ele tivesse congelado ou até mesmo endurecido, não sentia mais dor nem tristeza a única coisa que podia sentir era raiva, uma raiva que eu nunca tinha sentido antes como se me consumisse a cada instante, então me levantei.
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As batidas do meu coração
WerewolfEstava jogada ao lado dos corpos das duas pessoas que eu mais amava, as únicas pessoas que eu tenho na vida, ou pelo menos tinha. Foi como se tudo parasse, como se nada fizesse sentido, em um instante eu sentia meu coração ali, batendo rápido no p...