Capítulo 16

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   Não, não e não. 

   Seu cheiro me acerta em cheio, e era...bom, muito bom.

   Jason, o garoto do mercado, o qual teria atormentado minha mente por muitos dias se não tivesse aparecido todos aqueles problemas. 

   A única coisa que eu não precisava era de um companheiro, principalmente naquele momento, estava ótima sozinha, e era como eu pretendia ficar.

   Tudo bem que a uns tempos atrás eu ficava sonhando no dia em que encontraria meu companheiro para podermos viver felizes para sempre, mas não naquele momento. Eu não precisava de ninguém, e quando precisei ele não estava lá, não o culpo claro, ele não podia ter uma bola de cristal, mas se quando eu precisei ele não estava não ia ser agora que eu não preciso que ele vai estar.

   Ficamos nos encarando por um tempo, tempo suficiente para bolar meu plano: Iria agir como antes, sem a parte de magia e sede de vingança, só por um tempo até me cansar daqui e ir embora.

   - Não acredito! Você não era vampira? - Desvio meu olhar de Jason e olho para Kira. - O que se você não vai falar nada eu vou. - Ela se dirige ao irmão antes de me olhar esperando uma resposta.

   - E-eu sou uma hibrida, vampira e loba. - Abaixo minha cabeça e começo a brincar com meus dedos. 

   - Não! - Agatha grita revoltada, seguro a risada.

   - Vamos cacatua. - Kira vai ate Agatha e sai empurrando ela ate chegar a porta, ate que a mesma para e me olha. - Evie, tudo bem?

   - Claro, pode ir. - Respondo tentando parecer um pouco nervosa ou talvez ansiosa.  

   - Ok, estou indo para casa do Josh. - Ela fecha a porta. 

   Olho para Jason que iria começar a falar se sua mãe não tivesse interrompido.

   - Filho, será que você... - Ela para de falar assim que percebe o clima que estava no local. - Tudo bem?

   Olho para Jason esperando que ele responda, isso está ficando constrangedor.

   - Está, mãe a senhora poderia nos dar licença? Te conto tudo depois. - Jason fala que bom, já estava pensando que ele tinha ficado mudo.

   - Claro, eu vou ao mercado. - Ela diz pegando sou bolsinha e saindo em seguida.

   Foco meu olhar em Jason que parece incerto no que deve dizer.

   - Oi. - Ele diz.

   Tento me segurar mais não consigo e começo a rir, o mesmo me olha envergonhado o que só me faz rir ainda mais.

   - Desculpa. - Digo pondo a mão por cima da boca tentando ficar seria. Noto que ele solta uma risada também.

   - Realmente não esperava encontrar.... - Ele me olha meio incerto, e eu assinto para ele continuar. - Minha companheira.

   - Digo o mesmo, quem diria, o garoto do mercado. - Digo sorrindo e ele me olha um pouco surpreso.

   - Pensei que era o único que lembrava. - ele me devolve o sorriso.

   - Acho meio difícil esquecer. - Ele sorri ainda mais, e que sorriso.

   - Vem, gosta de bolo? - Sigo ele até a cozinha, ele aponta para a cadeira indicando que eu poderia sentar.

   Sento enquanto vejo ele pegar um bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro.

   - Bem, na verdade não sou muito fã. - digo olhando para ele enquanto mordo o lábio inferior.

   - Bom, acho que precisamos nos conhecer melhor então. - Fofo, eu diria. - Seu nome?

   - Evie Adams Cooper. - Ele me olha surpreso.

   - Como a alcatéia Adams? - Ele se senta de frente para mim.

   - Eu suponho que seja. - Meu pai não havia me dito o nome da alcatéia, mais poderia ser provável que seja essa.

   - Seu pai é Erick Adams? - Assinto. - Pensei que ele havia morrido.

   - E morreu. - Digo me levantando. - Posso pegar um copo com água? - Digo tentando mudar de assunto.

   - Sinto muito. - Ele se levanta e fica na minha frente.

  - Eu também.

   Ele se afasta, vai até um armário e paga um copo.

   - E você? Conhece todas as alcatéias? - Ele enche o copo com água.

   - Bem, eu sou o supremo, é basicamente uma obrigação. - Opa, por essa eu realmente não esperava.

   Jason é quem estava atrás de mim por ter matado os lobos.

   - Tudo bem ? - Ele me estende o copo.

   - Tudo, você só me pegou de surpresa. Pensei que Luke Lightwood era o supremo.- Digo e bebo a água. - Obrigada.

   - Jason Lightwood, meu pai morreu a um ano. - Kira havia me contado que seu pai tinha falecido, mas não imagina que seria perto da morte dos meus pai, que conhecidência não?

   - Sinto muito, se não for muita intromissão da minha parte. - Coloco o copo na mesa. - Poderia me dizer aonde.... Ele morreu. - Tento ser cautelosa.

   - Perto da onde nós vimos pela primeira vez, por que ? - Parece que quem matou meus pais quis acabar com três coelhos em uma cajadada só.

   - Nada, só curiosidade.

As batidas do meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora