Capítulo 8

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   Depois de um tempo vejo que estou em um armazém, não era muito grande, e havia um carro parado do lado de fora, estaciono meu carro e saio de dentro, não fiz questão de trancalo.
  
   Olhei em volta do armazém e vi que tinha uma porta aberta pelos fundos, fui devagar até ela e vi um dos homens, que eu suponho ser um seguidor daquele fodido que se pronunciou em minha casa, de repente o celular dele começa a tocar.

   - Oi querida. - Ele diz quando atende.

   - Já esta voltando? - ouço uma voz feminina falar com ele, que suponho que seja a esposa já que o mesmo usa uma aliança, como não estava tão longe dele consegui ouvir ela do outro lado da linha, só não sei como esse mongo não me viu aqui.

   - Estou sim, vou sair do serviço agora. - Cretino, ou esta mentindo ou o trabalho dele é matar pessoas.

   - Ok, tome cuidado. - Dou um sorriso irônico com isso.

   - Vou tomar, beijos. - Ele desliga.

   - Eu realmente fiquei curiosa. - Ele se vira com o susto enquanto guarda o celular no bolso. - Sua mulher sabe que trabalha matando pessoas ou você mentiu mesmo?

   - Não deveria estar aqui, acho que se fosse esperta estaria o mais longe daqui, sumiria.

   - Acho que se fosse esperto não teria invadido minha casa e matado os meud pais.

   - Eu recebo ordens menina, não é como se eu acordasse e pensasse em uma pessoa para poder matar. - Ele tenta se justificar.

   - Não me lembro de ter pedido alguma explicação, mas já que você começou a falar, gostaria de te fazer algumas perguntas.

   - Seja lá o que quiser saber não vou contar nada, isso seria minha morte.

   - Bom você ira morrer de qualquer jeito, poderia ser fazendo algo útil. - Ele solta uma risada alta.

   - E quem iria me matar? Uma criança como você? Garota eu já aturei de mais você, tentei levar em conta que perdeu os pais e estava disposto a deixar você ir, mas você esta começando a me irritar e eu me daria muito bem levanto você para o Rei. - Faço uma cara de confusa no começo pela parte do "Rei", mas que logo se muda para raiva.

   - Eu não perdi meus pais, vocês os mataram, então não venha com o papo de "bom moço". - encaro ele que me encara de volta, ele estava com uma expressão seria no rosto, e eu aposto que deveria estar até vermelha de raiva. - Eu quero respostas, e isso não é um pedido.

   Ele solta um sorriso irônico e vem para cima de mim, eu desvio dando um soco no mesmo, ele logo me pega e me joga fazendo com que eu caísse em alguns barios que havia ali.

   - Eu sou mais velho menina, tenho muito mais experiência que você, te poupo de uma bela surra se você se render agora.

   Olho furiosa para o mesmo, sentia a raiva me consumir e sinto meus olhos mudarem de cor, diria que poderiam até estarem pretos pelo modo que eu via, penso em como eu queria que ele caisse no chão com uma dor insuportável corroendo o mesmo de dentro para fora.

  - Aaaaaah - Ele grita enquanto cai no chão. - Filha da puta. - aumento a dor.

   - Acho melhor você tomar cuidado com o que fala. - Minha voz estava diferente, diria que mais grossa.

   - Sua demônia, o que esta fazendo? - pergunta já se contorcendo no chão.

   - Eu disse que queria respostas, e você ira me dar. - digo olhando para ele, que me olhva com imensa raiva. - por que invariram minha casa ?

   Ele fica em silencio por um tempo, já sem paciência faço ele sentir mais dor.

   - Aaaaaaah...... Pare!... Eu falo. - Ele fala com dificuldade, vejo que saia sangue pelo seu nariz. Faço a dor diminuir. - Ele quer você, por isso foi até lá. - Falou tentando se recuperar.

   - Quem? Por que ele me quer? Por que matou meus pais?? - Meus olhos vão voltando ao normal.

   - Eu não posso falar quem ele é, você é uma hibrida, ou melhor tribrida, muita gente pode querer você, sabe como você é extremamente rara?? E seus pais.... Bom eles ficaram no caminho dele, sofreram as consequências. - Ele tenta se levantar, e minha raiva só aumentava, ele falava dos meus pais como se eles fossem um efeito colateral, nada de importatante.

   - Vou perguntar de novo, quem é ele? - Ele não diz nada, só fica me encarando, faço a dor voltar ainda pior, e ele cai no chão gritando. - QUEM É ELE ?

   - E...eu...vou... - Alivio a dor, se esperasse ele falar com aquela lentidão ia ter que esperar o dia inteiro. Ele solta um suspiro sofrido. - Eu não vou lhe dizer, irei morrer de qualquer jeito, que não seja te dando mais respostas. - Ele tenta manter a postura, e falha miseravelmente.

   - Quer saber? Você é um inútil, que não serve e nem vai servir para nada. Posso muito bem conseguir respostar sem a sua mizeravel ajuda. - Digo na maior calma que eu poderia ter naquele momento.

   - Te desejaria boa sorte, mas eu não desejo. - Ele sorria com deboche.

   Não disse mais nada, apenas aumentei a dor o máximo que eu podia, ele começou a gritar e se contorcer no chão, saia sangue pelas suas orelhas, naziz, boca e olhos. Dou um sorriso maldoso, aquilo era satisfatório.

   Depois de pouco tempo ele parou de gritar e de se mexer, não ouvia mais seu coração, cheguei perto do corpo e vasculhei os bolsos do mesmo, achando o celular, uma carteira e a chave do carro, largo a chave ao lado de seu corpo e levo o resto comigo, quem sabe não encontrava algo útil.

   Entro no carro e suspiro, precisava achar um lugar para passar a noite, pelo menos não estava suja, o que facilita muito para não levantar suspeitas, afinal, queremos sigilo não ?

 

  

As batidas do meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora