Estava guardando as compras com minha mãe quando sinto algo estranho, minha mãe para e me olha.- Seus olhos.
Corro para o banheiro e vejo, meus olhos estavam ficando em um tom avermelhado, oque não era nem um pouco normal, começo a ficar com a respiração pesada, parecia que tudo estava abafado já estava começando a soar.
- Vamos, Você vai se transformar. - Meu pai disse me puxando para fora do banheiro em direção a porta dos fundos, minha mãe já esperava lá.
- Pai, vai doer?
- Não vou mentir, vai todos os ossos do seu corpo vão se quebrar.
- Erick! - Minha mãe olhava para ele com um olhar de repreensão, meu pai simplesmente deu de ombros.
- Estou com medo.
- Vai ficar tudo bem querida, Você vai conseguir - disse minha mãe enquanto se aproximava, eles seguraram minha mão.
Derrepente caio no chão sentindo uma forte dor dou um grito.
- Se afasta - Eu via meus pais se afastando me dando um certo espaço.
Eu senti, aquela era a pior dor que eu havia sentido, osso por osso foram se partindo, eu só conseguia gritar, depois de um tempo que pareceu uma eternidade pra mim, senti um alívio, abri meus olhos de vagar á primeira coisa que vi foi minha mãe abraçada com meu pai, ele passava a mão no ombro dela como um gesto reconfortante, me levantei devagar um pouco dolorida ainda e fiquei olhando para eles, meu pai olha para minha mãe e vai se afastando dela, ele logo se transforma e vem para perto de mim.
- Está bem? - Ouço a voz dele na minha cabeça, deve ser coisa de lobo.
- Um pouco dolorida, mas bem - pelo que pareceu ele deu um leve aceno com a cabeça concordando com o que eu havia dito.
- Vamos - Não deu tempo de eu perguntar para onde ele já tinha saído correndo para dentro da floresta que tinha ali perto, comecei a correr atrás dele e pouco tempo depois chegamos em um lago que tinha ali.
Me aproximei do mesmo e me olhei, eu tinha uma pelagem branca e os olhos vermelhos eles tinham um brilho que aposto que se eu ficasse no escuro iria ficar sinistro, me achei linda claro, mas confesso que iria preferir ter uma pelagem preta, imagine como eu ia me sujar com um pelo branco desses, fora que iria combinar mais com os olhos, mas tudo bem tô linda do mesmo jeito.
Meu pai tinha uma pelagem acinzentada com os olhos meio dourados que também tinham aquele brilho.
- Vou te ensinar a caçar.
◇
Nunca pensei que achar e pegar comida fosse tão cansativo e exaustivo, preferia mil vezes o modo típico de entrar no mercado pegar pagar e comer, era exaustivo até pensar em todo aquele processo, devo ter ficado no mínimo duas horas tentando achar algo e conseguir pegar minha "presa", meu pai só ficava rindo de mim, ele havia conseguido pegar algo muito antes de mim e disse que eu só iria comer quando pegasse algo, fiquei possessa com aquilo, estava faminta, era minha primeira vez e ele nem para dividir, enquanto eu me matava lá ele ficava soltando piadinhas em minha cabeça enquanto comia.
Entrei em casa bufando.
- Então, como foi - Pergunta minha mãe vindo ao nosso encontro, olhei para meu pai que estava com um sorriso de deboche no rosto.
- Horrível, eu nunca mais quero caçar, na próxima vamos no açougue. - disse enquanto me jogava no sofá, eles só me olharam e riram. - Isso não tem graça, eu passei duas horas esfomeada lá, acredita que seu marido ficou sentado comendo enquanto eu me matava, e ainda ria de mim. - Minha mãe parou de rir e olhou para meu pai que aos poucos foi perdendo o sorriso do rosto e engoliu seco, agora era minha vez de abrir um sorriso debochado, ele não contava com o meu senso fofoqueiro.
- Não ajudou ela?
- Claro que ajudei ela - Minha mãe estreitou os olhos para meu pai. - Bom eu orientei ela.
- Era pra ter ajudado, foi a primeira vez dela Erick! Deixou a menina com fome enquanto ria dela! - Minha mãe falava seria com ele, meu sorriso se alargou, a vingança é plena.
- Ela tinha que conseguir sozinha.
- Conversamos depois, e você mocinha para o banho você está toda suja, anda saia do meu sofá. - olhei para ela ofendida enquanto a mesma balançava as mãos como se estivesse expulsando uma mosca.
Como já estava exausta mesmo levantei sem discutir e subi as escadas indo para meu quarto.
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As batidas do meu coração
Loup-garouEstava jogada ao lado dos corpos das duas pessoas que eu mais amava, as únicas pessoas que eu tenho na vida, ou pelo menos tinha. Foi como se tudo parasse, como se nada fizesse sentido, em um instante eu sentia meu coração ali, batendo rápido no p...