Acordei por volta das 13:00, adorava essa liberdade que eu poderia ter para acordar a hora que eu quisesse, mesmo quase todos os dias eu acordando cedo não conseguia me acostumar, o fato era odiava acordar cedo, odiava que me acordavam.Levantei e fui direto para o banheiro fiz tudo o que tinha para fazer e tomei um belo banho.
Trinta minutos depois sai de lá com a toalha enrolada sobre o corpo e o vapor do banheiro me acompanhando, abri meu guarda roupa e peguei a primeira coisa que eu vi pela frente, aliviada por não ter que colocar aquelas roupas de academia para treinar com meu pai, depois de me vestir penteei o cabelo e deixei ele secar sozinho, guardei a escova e desci a procura de algo para comer.
Quando cheguei lá vi minha mãe e meu pai trocando carícias enquanto faziam o almoço, parei e fiquei olhando, eu admirava a paixão que eles tinham um pelo outro sempre imaginei se seria assim quando eu achasse meu companheiro, se eu achasse claro, minha mãe me falou uma vez que não importa aonde ou quão longe estejamos um do outro, sempre vamos nos achar, era o que eu esperava.
- Você está ai querida, venha estou fazendo o seu favorito. - fala minha mãe quando finalmente me nota ali.
Me aproximei e vi que era strogonoff, amava strogonoff.
- Pensei que estava hibernando naquele quarto. - Meu pai não conseguia me ver dormindo até depois das 11 parecia que tinha até uma agonia, duvidava até ser inveja de que eu conseguia e ele não. - Não sei como consegue dormir tanto, já era pra estar acostumada a acordar cedo.
- Isso será algo que nunca vai acontecer - dei um sorriso debochado.
Ajudo minha mãe a por a mesa, logo depois sentamos e fomos comer, sentia meu estômago agradecer por finalmente estar comendo, parecia que nunca se saciava, eu poderia passar o dia comendo sempre iria querer mais.
◇
- Aonde pensa que vai mocinha ? - estava subindo as escadas quando minha mãe pergunta, olhei para ela com um sorriso.- Um portal, ira me lavar para a terra da cama.
- Engraçadinha, pode descer esqueceu que vai estudar comigo Hoje? - Levantei uma sobrancelha.
- Acho que esquecemos a parte em que eu estou de folga não ?
- E acho que se esqueceu que está de folga do treinamento de seu pai e não das minhas aulas não ?
- Que injusto - digo indignada, mas a mesma ignora e sai andando.
Resmungo enquanto descia as escadas e seguia ela até a sala. Chegando lá pego o caderno quando mesma me para.
- Não vamos precisar disso, hoje iremos conversar sobre você.
- como quiser - me joguei no sofá feliz por não ter que fazer nada.
- Sabe que semana que vem no seu aniversário suas parte vampira, loba e feiticeira vão começar a querer se manifestar não sabe? - Diz a mesma seria, me ajeitei no sofá.
- Sei.
- Você vai ficar com um temperamento forte, tudo em você será ampliado, precisa saber controlar isso. - esperei ela continuar. - Seu poder é grande, pode ser usado para o bem ao seu favor, mas ele também pode querer se rebelar e ir para outro caminho. - encarei ela é fiz uma careta.
- Isso já tá parecendo a frozen. - Mamãe se aproxima de mim e fala seria, diria até que um pouco tensa.
- Aconteça o que acontecer você não pode parar de sentir, tá me entendo? - encaro ela confusa.
- Que ?
- Pode ter momentos em que você não vai querer sentir, não vai querer saber mas de nada, vamos dizer que você pode até ligar o "foda-se", vai querer parar se fizer isso vai estar se entregando para seu lado negro, e eu não faço ideia se vai conseguir voltar depois disso. - Ela disse olhando bem nos meu olhos, senti um arrepio com aquilo. - Talvez chegue um momento em que não estaremos aqui para te ajudar meu amor- a mesma me olhava com lagrimas nos olhos como se estivesse se segurando para nao chorar. - Então promete para mim, promete isso não vai acontecer. - Disse chegando mais perto enquanto segurava minhas mãos, senti algo escorrendo pelo meu rosto, e só naquele momento percebi que estava chorando, quando ia responder meu pai entra na sala distraído.
- Que tal jogarmos baralho ? - Pergunta o mesmo enquanto segurava o baralho ajeitando as cartas, não percebendo minha mãe limpar as lágrimas que queriam descer pelo seu rosto, e eu limpando as minhas.
- Claro - disse minha mãe com um sorriso no rosto, eu ainda olhava para ela confusa, balanço a cabeça e presto atenção nas cartas que meu pai nos entregava.
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As batidas do meu coração
Manusia SerigalaEstava jogada ao lado dos corpos das duas pessoas que eu mais amava, as únicas pessoas que eu tenho na vida, ou pelo menos tinha. Foi como se tudo parasse, como se nada fizesse sentido, em um instante eu sentia meu coração ali, batendo rápido no p...