Meu coração estava batendo forte no peito enquanto corria pela casa, procurando um lugar que poderia me esconder, não podia ser pega, não outra vez.
Então parei, olhei em volta e vi o lugar perfeito, como se uma luz brilhasse em volta dele como nos desenhos que eu via quando o protagonista tinha uma ideia brilhante, um velho baú que havia de baixo da escada, era de tamanho médio então poderia me encaixar lá perfeitamente, duvidava que me achariam ali.
Entrei no mesmo e fechei a tampa logo em seguida, então esperei.Algum tempo depois comecei a ouvir passos, sabia que estavam perto, muito perto, segurei a respiração achando que adiantaria de alguma coisa.
Então ouvi os passos logo acima de mim nas escadas, suspirei aliviada quando os passos cessaram, abri uma brecha da tampa do baú logo após.- Achamos você. - dei um gritinho pelo susto que havia levado.
Olhei para cima e me deparei com os lindos olhos castanhos iguais aos meus de minha mãe, atrás dela estava meu pai com um sorriso no rosto.
Me ajudando a sair do baú pulei nos braços dela rindo.
- Você me assustou mamãe. - digo enquanto a mesma me fazia cócegas me fazendo rir ainda mais.
- Nada que nossa valentona não consiga lidar - disse meu pai antes que minha mãe pudesse responder.
Meu pai me pega do colo de minha mãe e me joga para cima.
- Erick, tome cuidado não queremos que nossa aniversariante tenha outro machucado. - minha mãe tentava repreender meu pai que continuava a me jogar para cima.
De repende ele para e olha para mamãe como se conversassem pelo olhar, meus pais são "companheiros", pelo que eles me falavam, disseram que quando ficasse mais velha iria ter um e entenderia o que tudo aquilo realmente significava.
Subitamente fiquei com uma curiosidade sobre o assunto.
- Papai, é possível ter mais de um companheiro? - perguntei enquanto ele me colocava de volta no chão.
- Não querida.- Por que não?
- Porque cada um só pode ter uma alma gêmea.
- E se eles não se encontrarem?
- Eles sempre se encontram meu amor, de um jeito ou de outro. - dessa vez é minha mãe que responde.
- Então meu companheiro pode estar por aí nesse exato momento?
- Possivelmente sim.
- Epa, que tal nós irmos aproveitar o seu grande dia? Afinal, não é todo dia que se faz sete anos. Além de que você ainda vai ter muito tempo pra pensar em seu companheiro no futuro. - disse meu pai tentando desviar do assunto.
Olhei para minha mãe que no mesmo instante olhou para mim e demos risadas sabendo que meu pai já estava com ciúmes de mim só pelo fato de eu pensar em um companheiro.
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As batidas do meu coração
LobisomemEstava jogada ao lado dos corpos das duas pessoas que eu mais amava, as únicas pessoas que eu tenho na vida, ou pelo menos tinha. Foi como se tudo parasse, como se nada fizesse sentido, em um instante eu sentia meu coração ali, batendo rápido no p...