⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⩩⦙ cap. 5 - 𝐀 𝐒𝐓𝐔𝐃𝐘 𝐈𝐍 𝐏𝐈𝐍𝐊

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Se havia uma palavra que descrevia com exatidão o que Dominique sentia naquele momento, essa palavra era cansaço. Desde que chegou do serviço cansativo de guarda-de-trânsito, Dominique não havia descansado de forma decente em nenhum momento. Os seus pés estavam a matando, principalmente após ela e Sherlock terem corrido por longos quarenta e cinco minutos por todos os lugares onde o assassino poderia ter se livrado da mala cor-de-rosa de vítima em um raio de cinco minutos da cena do crime.

Após acharem a evidência escondida em meio a várias sacolas pretas de lixo fedorento, Dominique não pensava em outra coisa que não fosse um demorado banho e dormir o sono dos justos. Mesmo que soasse intrigante e tentador descobrir junto com Sherlock os segredos que a mala rosa poderia esconder, ela teria de levantar cedo na manhã seguinte para trabalhar. O que infelizmente lhe renderia mais horas em pé e menos disposição para conquistar a sonhada promoção, afinal não ansiava permanecer por muito tempo como guarda de trânsito.

Quando chegaram no número 221B da rua Baker, Dominique não ousou subir as escadas para o apartamento do Sherlock Holmes. Ao invés disso, ela andou em direção a parte que pertencia a sua tia. Estava com o corpo dolorido e não parava de bocejar, nem mesmo trocar ofensas ou comentários maldosos com o detetive lhe interessavam.

― Não vai subir comigo? ― Perguntou Sherlock ao vê-la se afastar em direção a porta de vidro.

― Desculpa, Sher. Mas estou extremamente cansada, diferente de você, eu trabalhei o dia inteiro em pé. ― Murmurou a rua aproximando do detetive outra vez. ― Olha, eu estou fedendo, meus pés estão me matando e não consigo raciocinar direito.

― Nunca conseguiu. ― Provocou Sherlock.

― Há! Há! Muito engraçado. ― Ela revirou os olhos e beijou a bochecha do detetive com ternura. ― Boa noite, Sherlock!

― É sério isso? No momento que mais preciso você vai me abandonar? ― Sherlock franziu o cenho descrente de que Dominique estava abrindo mão de parte da investigação.

― Sherlock. ― Ela suspirou e assentiu com a cabeça. ― Sim, eu vou. Olha, você pode me chamar se algo interessante acontecer.

― Eu sou a pessoa mais interessante do seu dia. ― Insistiu Sherlock.

― Infelizmente tenho de concordar. ― Ela curvou o lábio para o lado.

― Céus, você está péssima mesmo. ― Sherlock franziu o cenho a olhando dos pés à cabeça.

― Eu te disse. ― Dominique deu com os ombros e regressou o caminho até a parte do apartamento que dividia com a tia e a melhor amiga. ― Cheguei tia!

― Graças a Deus. ― Agradeceu a senhora Hudson ao ouvir a voz da sobrinha.

Dominique mal havia ingressado no apartamento quando a senhora Hudson aproximou dela, a senhora carregava nas mãos uma bolsinha de crochê onde havia algumas libras. A ruiva fechou os olhos e fez careta, compreendia exatamente o que aquilo significava. Com certeza sua tia estava precisando de um grande favor.

― Do que precisa, tia? ― Perguntou Dominique jogando os capacetes sobre a cadeira vazia.

― Preciso que vá na farmácia para mim, acabou o meu remédio e nenhuma delas está aberta a essas horas. ― A senhora Hudson remexeu na bolsinha entregando o dinheiro nas mãos da Dominique.

― Preciso de mais, vai faltar. ― Falou Dominique ao checar a quantidade de dinheiro dada.

― Por que precisa de mais?

― Vou pegar um táxi, não irei de moto até a farmácia do centro. Estou cansada tia. ― Choramingou Dominique fazendo careta.

― Claro! ― Assentiu a Senhora Hudson, mesmo contrariada ela deu mais dinheiro para a ruiva.

𝐄𝐋𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀𝐑 ──── SʜᴇʀʟᴏᴄᴋOnde histórias criam vida. Descubra agora