Após terminarem suas respectivas faculdades, as amigas de infância Dominique Hudson e Beladonna Sherwood mudam-se para Londres a fim de iniciarem uma nova vida na capital da Inglaterra.
As garotas conseguem abrigo na casa da senhora Hudson, uma mulh...
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COM OS NERVOS À FLOR DA PELE Dominique Hudson perambulava de um lado para o outro do quarto que dividia com a melhor amiga na casa de sua tia, seus cabelos ruivos estavam despenteados devido a intensa lavagem feita no banho, ato típico de quanto ficava irritada, e não continha a extensa lista de xingamentos ao seu novo superior enquanto chutava os pertences espalhados no chão, sendo a maioria deles sapatos e peças de roupa que lhe pertenciam.
— DIMMOCK SEU BURRO IMBECIL! — Criticava Dominique soltando um grito estridente no final da sentença enquanto chutava para longe um sutiã. — DESGRAÇADO!
O motivo de sua frustração vinha do fato do detetive inspetor estar ignorando completamente todas as pistas e informações entregues de bandeja por Sherlock, preferindo tratar o caso como um suicídio ao invés de assassinato. Sem nem ao menos esperar o relatório da balística sair, ele havia colocado a oficial para cumprir toda papelada burocrática que estava espalhada em sua mesa. Além de transformá-la em chacota dentro da delegacia junto com seus "companheiros" de turno.
Enquanto Dominique se encontrava dentro da pior das suas crises de humor, Beladonna parecia flutuar em nuvens de algodão quando foi levada de volta para o número 221B da rua Baker. Apesar de não ter conseguido chegar no colégio católico que lecionaria nos próximos anos e toda confusão com o sistema ferroviário londrino, seu dia havia sido incrível.
Após salvá-la heroicamente em seu carro preto, Mycroft Holmes a levou para um passeio agradável no melhor clube de equitação da Inglaterra, um local frequentado apenas pela elite londrina e mundial, também conhecidos como os 4% da população. No começo Bela ficou ansiosa, sentindo completamente deslocada dentro daquele antro de luxo e riqueza que jamais conseguiria frequentar se não fosse pelo status do novo amigo, mas não demorou muito para se acostumar, principalmente quando a companhia do Holmes mais velho era tão aprazível. O que deveria ter sido apenas um almoço acabou se estendendo para as outras refeições, finalizando com um magnífico jantar em um dos melhores restaurantes londrinos com direito a sobremesa.
Para não chamar a atenção do Sherlock e render comentários que levariam a longas explicações, Beladonna preferiu voltar de táxi ao invés do carro blindado que Mycroft perambulava para cima e para baixo na companhia de sua secretária pessoal. Como um bom cavalheiro, ele a acompanhou no transporte, assim poderiam aproveitar os últimos minutos de companhia antes de voltarem a ser "desconhecidos".
— Hoje foi um ótimo dia, Myke. — Falou a morena quando o carro estacionou no destino — Obrigada, por tudo. Não tenho palavras para agradecer.
— Foi um prazer ajuda-la, Bells — Mycroft sorriu orgulhoso — Tem certeza que não quer que eu mande alguém busca-la?
— Não precisa, parece que o John conseguiu um emprego próximo da onde trabalharei. Acho que não vou mais me perder no metrô — Ela inclinou o corpo para frente, beijando com carinho a bochecha direita dele. — Obrigada, Myke. Da próxima vez o passeio será por minha conta, mas não espere luxos.
