Após terminarem suas respectivas faculdades, as amigas de infância Dominique Hudson e Beladonna Sherwood mudam-se para Londres a fim de iniciarem uma nova vida na capital da Inglaterra.
As garotas conseguem abrigo na casa da senhora Hudson, uma mulh...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O RESTANTE DO DIA FOI UM TANTO que tedioso para Beladonna, todos os planos que havia feito para conhecer a cidade foram por água a baixo quando a sra. Hudson a proibiu de sair sozinha, ela estava com medo de que a nova inquilina se perdesse pelas ruas e nunca mais encontrasse o caminho de volta. Portando a jovem mulher passou o dia inteiro trancada dentro de casa.
Para aproveitar da melhor forma o tempo obsoleto e transforma-lo em algo útil, Bela tentou manter-se ocupada da forma mais adequada que pode durante todo o dia. Primeiro auxiliou a senhora Hudson durante a limpeza geral de todo o apartamento 221b, incluindo os aposentos dos novos inquilinos. Após findar a limpeza, ela tentou iniciar os primeiros rascunhos do seu futuro livro, mas como faltava vivência e um enredo interessante, acabou por abandonar os papeis sobre a escrivaninha do quarto. Decidiu então colocar a leitura em dia pegando o celular, os fones de ouvido, o seu velho exemplar de "Orgulho e Preconceito" e sentou nas escadas, embarcando assim em seu conto de amor preferido.
Durante horas Beladonna ficou imersa em seu romance, degustando cada palavra escrita por sua autora favorita e sonhando com seu futuro Mr. Darcy. Desde que atingiu a puberdade e começou a se interessar por rapazes, Bela sempre imaginou que um dia conheceria o SEU Mr. Darcy. Alguém misterioso, mas que daria apenas para ela a chave do seu coração e a chance de o conhecer verdadeiramente. Alguém que a faria se sentir especial, que a faria se sentir única. Ela já havia tido relacionamentos anteriores, mas nenhum deles a cativou como ela desejava. Dominique costumava dizer que era bobagem, que homens como Mr. Darcy existiam apenas nos livros e eram um porre, que a vida não era um conto de fadas e por isso deveria aproveitar. Mas Bela nunca parou de sonhar com seu príncipe encantado.
― Querida, os rapazes chegaram! ― Avisou a senhora Hudson caminhando sorridente até a porta, retirando a morena do transe.
― Desculpa, que rapazes? ― Perguntou Bela fechando o livro e olhando confusa para a senhoria da casa.
― Sherlock e o colega de quarto dele. ― Explicou a senhora abrindo a porta para os rapazes poderem entrar. Esticando os braços, ela cumprimentou o maior com um abraço carinhoso. ― Sherlock!
― Sra. Hudson, Dr. John Watson. ― Sherlock apresentou os dois e entrou, carregava nas mãos a maleta do notebook da Bela. Ao entrar ele sorriu simpático para a mulher sentada nas escadas, a qual rapidamente levantou batendo o pó das roupas. ― Pelo visto passou a tarde inteira lendo, senhorita Sherwood. Espero que não se importe, precisarei ficar mais tempo com seu notebook.
― Pois é. ― Timidamente, Bela abraçou o exemplar de "Orgulho e preconceito" sobre o peito e deu com os ombros. ― Ah! Não se preocupe, pode ficar o tempo que for necessário.
― Obrigado, a senhorita é muito gentil. ― Cordialmente, ele aproximou da baixinha e beijou sua bochecha. Em seguida apontou para o homem que o acompanhava. ― Esse é o Dr. John Watson. Dr. Watson, essa é a senhorita Beladonna Sherwood.