Após terminarem suas respectivas faculdades, as amigas de infância Dominique Hudson e Beladonna Sherwood mudam-se para Londres a fim de iniciarem uma nova vida na capital da Inglaterra.
As garotas conseguem abrigo na casa da senhora Hudson, uma mulh...
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A PRINCIPAL MOTIVAÇÃO QUE LEVAVA DOMINIQUE a sair da cama naquela manhã e endereçar-se ao trabalho em New Scotland Yard era calar a boca do seu superior, Detetive Inspetor Dimmock, e de todos os outros colegas de serviço que haviam rido de sua cara junto com o mesmo quando estava sendo a única que acreditava nas palavras do Sherlock Holmes quanto ao caso do banqueiro.
Tendo conhecimento que os laudos das balísticas e necropsias eram entregues pelo laboratório nas primeiras horas da manhã, a ruiva despertou antes de todos os moradores da sua casa e rumou para delegacia com a esperança de ser cem por cento responsável pelo estranho caso, o qual abriria portas para que tivesse seu nome reconhecido mundo a fora — Ou assim fantasiava.
Com as mãos suando e sentindo calafrios acima do umbigo devido ao nervosismo relacionado ao futuro incerto do trabalho, ela ingressou na delegacia com a cabeça erguida e o habitual sorriso de superioridade que carregava estampado na face.
— Bom dia, Oficial Hudson. — Desejou detetive Lestrade segurando um gigantesco copo de café em sua mão direita e na esquerda dois envelopes brancos timbrados com o símbolo do laboratório. — Ou será que devo dizer Detetive Hudson?
— Vai tomar no olho do seu cu se for zombar da minha cara, Detetive Lestrade — Vociferou Dominique cruzando os braços e fechando as expressões orgulhosas. No dia anterior havia sofrido com todo o tipo de piada relacionada ao caso e supunha que o superior estaria prestes a fazer o mesmo. — Você também, Oficial Johnson.
— Alguém levantou do lado esquerdo da cama — Ironizou o detetive trocando olhares breves com o oficial responsável pela recepção. — Não estou zombando da sua cara, Domi...
— Domi? — Perguntou o oficial Johnson movimentando os lábios ao arquear as sobrancelhas, o que não passou despercebido por ambos do lado oposto do balcão. — Não sabiam que eram íntimos.
— Ficou com ciúmes? Por isso essa cara de bosta? — Questionou Dominique mal-humorada enquanto abria os envelopes entregues por Lestrade, o qual bebericava o café para disfarçar o constrangimento por ter a chamado de forma informal no ambiente de trabalho. — SANTO OBI-WAN KENOBI DAS FORÇAS JEDIS! — Gritou a ruiva empolgada após ler as informações cruciais dos laudos, fazendo o detetive inspetor afogar-se com o café e o outro oficial gargalhar — Caralho! Eu sabia que o Sherlock estava certo. O caso é meu, tenho meu primeiro caso de assassinato fresquinho.
— Eu disse que não estava zombando com a sua cara — Falou Lestrade sorrindo de canto enquanto assistia Dominique saltar abraçada com os envelopes como se fosse uma criança que acabara de ganhar o melhor presente de natal da sua vida inteira. — E há um segundo corpo, chegou hoje de madrugada, a Dra. Hooper fez a autópsia.
— Fazia muito tempo que não ficava feliz com a morte de um homem — Comemorou Dominique sem conter o gritinho estridente no final da frase. — Dimmock acabou de perder um caso de assassinato, dois. Posso contar isso como um Serial Killer?