ALGUMAS HORAS ANTES.
As feições de Dominique não conseguiam esconder o sentimento que a acompanhava naquele momento, RAIVA. Estava extremamente furiosa por ter parado do outro lado da cidade e, ainda mais irritada, por ter deixado aquelo acontecer por ter cochilado no banco de trás do táxi. Caso tivesse recusado o pedido de sua tia avó, estaria relaxando tranquilamente em sua cama após ter tomado um maravilhoso banho de banheira e não parada no meio fio, esperando ansiosamente por um novo táxi que a levaria de volta para casa.
— Taxista filho da puta! — Urrou Dominique batendo o pé enquanto colocava a sacola de remédios sobre a face para a abafar o grito. Alguns civis que passavam por perto, olharam desconfiados para a policial que ainda vestia o uniforme e esbravejava. — Tão olhando o que?
Ao avistar um táxi descendo a rua, Dominique esticou o braço o máximo que pode, de modo que conseguisse atrair a atenção do taxista. Dessa vez não permitiria que o cansaço a vencesse, ficaria acordada durante todo o percurso para casa e repararia muito bem no trajeto.
— 221B, da rua Baker. — Ordenou a ruiva ao entrar no automóvel.
— 221B, da rua Baker? —Perguntou o taxista a olhando pelo retrovisor.
— É! Está surdo? — Rebateu Dominique irritadiça.
O motorista abriu um sorriso breve e sem mostrar os dentes. Dando a seta, ele desencostou do meio fio e entrou na rua movimentada. Aos resmungos, Dominique retirou o celular do bolso e admirou a tela preta, o aparelho estava completamente desligado devido à falta de bateria e o pouco crédito que possuía havia sido utilizado na última ligação para a Sra. Hudson, a qual possivelmente estaria preocupada devido à demora da sobrinha neta. Como o Garfield, Dominique declarava a Segunda-Feira como o pior dia da semana.
— Está atrasada? — Perguntou o taxista puxando assunto.
— Para o jantar, com certeza. — Assentiu a mulher. — Se o Sherlock não me deixou nada, juro que bato na cara dele. E o que te interessa?
— Perdão. É que a senhorita parece um pouco distante. — Respondeu o homem curvando o lábio e baixando os ombros.
— Distante? Como assim? — A ruiva fez careta e balançou a cabeça. Dando sinal, o táxi entrou em uma rua de pouco movimento e mal iluminada, gradativamente diminuiu a velocidade até parar no canto escuro. — O que está fazendo? Você sabe com quem está lidando? Quer saber... — Com os nervos à flor da pele, Dominique levantou do assento e desceu do carro. — Não sei o que está dando em vocês taxistas. Mas juro que essa é a última vez que entro em um.
— Senhorita! — O homem a chamou. — Não irá pagar pela corrida.
— Que corrida? — Dominique aproximou da janela do motorista, estando disposta a enfrenta-lo. — Você andou comigo por aproximadamente cinco minutos. Não me trouxe no lugar certo e quer cobrar corrida? Ah! Vá tomar no olho do seu cu.
— Usa drogas, senhorita? — Pergunto o taxista a encarando friamente.
— Claro que não! Eu sou uma policial! — Rebateu Dominique confusa com a pergunta.
— Respondeu rápido, não? — O homem abriu um sorriso maldoso. — A maioria já teria desmaiado nessa hora.
Antes que Dominique pudesse fazer qualquer outro tipo de questionamento ao taxista, ele retirou do bolso frontal das vestes uma seringa com líquido amarelado e injetou o conteúdo no braço que a ruiva apoiava sobre o teto do carro.
— Mas... O que... — Com um único puxão Dominique retirou a seringa que havia ficado pendurada, entretanto era tarde demais e a droga começara a fazer efeito. — É você...
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𝐄𝐋𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀𝐑 ──── Sʜᴇʀʟᴏᴄᴋ
FanficApós terminarem suas respectivas faculdades, as amigas de infância Dominique Hudson e Beladonna Sherwood mudam-se para Londres a fim de iniciarem uma nova vida na capital da Inglaterra. As garotas conseguem abrigo na casa da senhora Hudson, uma mulh...