Após terminarem suas respectivas faculdades, as amigas de infância Dominique Hudson e Beladonna Sherwood mudam-se para Londres a fim de iniciarem uma nova vida na capital da Inglaterra.
As garotas conseguem abrigo na casa da senhora Hudson, uma mulh...
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ENCOSTADA COM OS OMBROS NA PAREDE do corredor, Dominique Hudson refletia sobre a última escolha profissional feita enquanto aguardava o detetive que seria designado para aquele caso. Por mais que as evidências principais provassem que Edward Van Coon teria cometido suicídio, ela confiava nas palavras de Sherlock Holmes sobre o banqueiro ter sido assassinado.
Desde a primeira vez que conheceu o detetive consultor e viu o seu modo excêntrico de trabalhar, Dominique sentiu-se atraída pela figura misteriosa que compunha sua personalidade. Não de uma maneira romântica, mas totalmente profissional. Apesar de considera-lo irritante na maior parte do tempo e discutirem com frequência por bobagens, ela era incapaz de negar o talento que Sherlock possuía. Ele nunca havia errado sobre um caso e mesmo que as evidências pudessem demonstrar oura coisa, ela tinha certeza de que aquela não seria a primeira vez que Sherlock teria cometido um equívoco.
— Oficial Hudson! — O novo detetive inspetor encarregado do cargo era Dimmok, apesar de nunca terem conversado por mais de dois segundos, ela o conhecia graças ao bebedouro do corredor, onde constantemente se encontravam quando precisavam beber água, às vezes ele avisava sobre o café fresco da cozinha. — Não deveria estar na delegacia?
— Detetive Inspetor Dimmok! — Ela sorriu sem mostrar os dentes e desencostou da parede — Estou fazendo meu trabalho, creio que deva fazer o seu também. Nome da vítima é Edward Van Coon, trabalha como banqueiro, levou um tiro na têmpora.
— Isso explica o suicídio, essas coisas são comuns entre os "rapazes da cidade" quando perdem muito dinheiro — Falou Dimmok enquanto colocava as luvas de látex azuis e acompanhava Dominique para dentro da cena do crime.
— Não foi suicídio — Dominique revirou os olhos e bufou frustrada. — Ele foi ameaçado.
— A senhorita mesma disse no telefonema que a porta estava trancada, sem sinal de arrombamento. Agora disse que ele foi ameaçado... — Ele parou alguns segundos para analisar a planilha entregue por um dos membros da equipe de legistas que desmembravam a cena do crime, devolvendo assim que leu as informações principais retiradas da observação — É óbvio. Principalmente por não termos conseguido nenhuma digital.
— Aqueles símbolos no banco, a pichação, era um tipo de código. Um aviso, alerta de ameaça — Insistiu Dominique cruzando os braços na frente do corpo enquanto caminhava ao lado do detetive inspetor.
— Sim, ele foi ameaçado — Disse Sherlock ingressando na sala de estar ao lado de John, ele segurava em um saquinho transparente de zip o que parecia ser uma dobradura em papel preto. Ele olhou friamente para Dimmok, o qual analisou Sherlock dos pés a cabeça — Sargento, nós não nos conhecemos.
— Sim, eu sei quem você é — Respondeu Dimmok grosseiramente enquanto colocava as mãos na cintura e recusava o aperto de mão respeitosos oferecido por Sherlock. — Eu preferia que você não mexesse em nenhuma evidência.