Enquanto seguia Sherlock para fora do apartamento, Beladonna suspirou profundamente enquanto pensava na melhor amiga. Sentia pena da mesma por estar perdendo algo que cheirava a aventura e diversão.
— Então, onde estamos indo? — Perguntou John após alcançarem a rua.
— Rua Northumberland. Cindo minutos a pé. — Respondeu Sherlock com as mãos no bolso.
— Acha que ele é burro para ir até lá? — Perguntou Beladonna ajeitando o cachecol no pescoço.
— Não. Acho que é esperto o suficiente. E eu amo os espertos. Eles estão loucos para serem pegos. — Disse Sherlock com animação.
— Por que? — Perguntou John.
— Apreciação, aplausos. A fama finalmente. — Explicou Sherlock. — É o calcanhar de Aquiles dos gênios, John. Ele quer uma plateia.
— Parece alguém que conhecemos recentemente, não John? — Zombou Bela dando uma piscadela para o colega, o qual riu baixo.
— Sim. — Concordou John.
— Ele caça aqui, no coração da cidade. Sabemos que as vítimas foram sequestradas, isso muda tudo. — Enquanto caminhavam com passos apressados, Sherlock explicava seu ponto de vista enquanto ignorava o comentário da menor. — Todas as vítimas sumiram em ruas movimentadas, lugares cheios e ninguém percebeu. Pensem! Em quem confiamos, mesmo sem conhecer?
— Policiais? — Chutou Beladonna.
— Bom palpite, mas não. — Sherlock balançou a cabeça em negação. — Policiais são notados, nosso assassino é alguém que não chama a atenção. Quem caça no meio da multidão.
— Não sei. Quem? — John olhou para o colega por breves segundos.
— Não faço a mínima ideia, estão com fome? — Sherlock deu com os ombros e os guiou para dentro de uma cantina Italiana.
A cantina era pequena e pouco movimentada. Mas possuía certa graça, passando a sensação de local familiar e um tanto agradável. Sherlock cumprimentou o recepcionista assim que entraram, deixando obvio que conhecia as pessoas que trabalhavam no local como se o frequentasse sempre.
— John, poderia me emprestar o celular? — Pediu Bela antes de sentar à mesa com eles. — Preciso ligar para a Dominique.
— Claro. — Assentiu John retirando o aparelho do bolso e entregando a ela. — Vai querer que eu peça alguma coisa enquanto liga?
— O que pedir para mim, estará ótimo. — Ela sorriu gentilmente e afastou da dupla.
Os olhos do John permaneceram sobre a professora, admirando as curvas dela e a maneira de andar enquanto se afastava para o canto mais silencioso do restaurante. Estava hipnotizado por sua beleza, educação e inteligência. Sherlock sorriu divertido ao perceber que o novo colega de quarto havia começado a ficar interessado na doce Beladonna.
— Sabe que não é o tipo dela, não sabe? — Perguntou o detetive arqueando uma das sobrancelhas.
— Que? Não, eu não estou afim dela. — John desconversou ficando levemente nervoso. — Mas quem seria o tipo dela?
— Bela é uma sonhadora, adora ler. O homem dos seus sonhos é como o de qualquer mulher que cresceu lendo livros românticos. — Explicou Sherlock sem tirar os olhos da janela. — Um perfeito cavaleiro.
— Eu posso ser um cavaleiro. — Murmurou John curvando o lábio.
— Não os do sonho dela. — Sherlock olhou brevemente para o colega. — Ele quer um senhor Darcy. Alguém que mude por ela e lhe passe segurança. Você no máximo lhe passa segurança.
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𝐄𝐋𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀𝐑 ──── Sʜᴇʀʟᴏᴄᴋ
FanfictionApós terminarem suas respectivas faculdades, as amigas de infância Dominique Hudson e Beladonna Sherwood mudam-se para Londres a fim de iniciarem uma nova vida na capital da Inglaterra. As garotas conseguem abrigo na casa da senhora Hudson, uma mulh...