⩩⦙ cap. 19 - 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐋𝐈𝐍𝐃 𝐁𝐀𝐍𝐊𝐄𝐑

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Por mais que confiasse cem por cento nas habilidades dedutivas de Sherlock Holmes, uma leve ansiedade tomava os pensamentos de Dominique Hudson. Aquele estava sendo o seu primeiro voo solo dentro da delegacia, precisava fazer tudo perfeito para que os outros detetives a levassem a sério ao invés de vê-la como alguém destrambelhada e pouco profissional devido sua personalidade excêntrica, e o fato do detetive consultor precisar encontrar um contato mostrava que ambos teriam trabalho para finalizar o caso. Não que houvesse algum tipo de data especifica para entregar os resultados, mas a cobrança partia da ruiva e seu desejo de solucionar tudo mais rápido do que qualquer outro detetive.

— Odeio quando você fica assim — Falou Sherlock trazendo Dominique de volta para a realidade.

— Assim como? — Questionou a ruiva fazendo caretas.

— Quieta — Rebateu o detetive consultor — Sabe que vamos solucionar esse caso, não sabe?

— Eu sei, Sher! — Assentiu suspirando enquanto o seguia lado a lado. Não estava surpresa por ele ter conseguido capturar em suas expressões e silêncio o que a incomodava, afinal era exatamente por causa disso que aceitava trabalhar em equipe com o mesmo. — Mas você precisa de ajuda e isso meio que é novidade para mim.

— Não deveria ser, sempre peço sua ajuda. Mas nesse caso nem você está sendo capaz de decodificar essa mensagem — Disse Sherlock tentando acalma-la quanto aos seus receios.

— O que quer dizer com isso?

— O mundo corre entre códigos e mensagens, Domi — Sherlock começou explicar enquanto cruzavam a Trafalgar Square. — Do sistema de segurança no banco de milhões de libras até a máquina que o John brigou. Criptografia habita nossas vidas, você sabe disso melhor do que ninguém.

— Sim, mas o que isso tem a ver com o nosso caso? — Insistiu a mulher.

— Mas isso é tudo gerado por computador. Códigos eletrônicos, métodos eletrônicos de criptografia. Seria mais fácil se estivesse dentro da sua área, não acha? Só que este é diferente. É um truque antigo. Os métodos modernos de quebra não irão desvendá-lo. — Sherlock não parou de andar quando seus caminhos se cruzaram com o do John.

Com o sentimento de traição por ter sido deixado para trás pelo casal de detetives, as expressões estampadas na face do médico não eram das melhores. Ele havia tentado contato diversas vezes para descobrir qual seria o próximo passo e onde estiveram "escondidos" por quase duas horas, obtendo resposta de Sherlock através do celular da Dominique quando já tinha perdido a esperança de procurá-los por Londres e estava prestes a voltar para casa.

— Onde nós vamos? — Perguntou John precisando correr alguns passos para acompanhar os amigos devido suas pernas pequenas.

— Eu preciso de um conselho — Respondeu Sherlock antes que Dominique pudesse responder.

— O quê?! Perdão? — Por alguns segundos John trocou olhares com Domi, querendo ter certeza de que escutou certo as últimas palavras do detetive consultor. Pois, assim como a ruiva, ele tinha a mesma visão de que Sherlock era capaz de desvendar qualquer coisa sozinho.

— Você me escutou perfeitamente. Não vou dizer de novo. — Disse Sherlock revirando os olhos discretamente.

— 'Tá, quem vamos encontrar? — Perguntou Dominique gesticulando para que John esquecesse aquela parte.

— Um grafiteiro — Respondeu o detetive.

— Um grafiteiro? — Insistiu Dominique um pouco confusa.

— Sim, preciso falar com um expert. — Assentiu Sherlock os guiando para as vielas pouco movimentadas.

Não demorou muito para o trio encontrasse o tal expert sobre quem Sherlock havia se referido anteriormente. Para a surpresa da Dominique, o grafiteiro não se parecia em nada com a imagem que havia fantasiado. Sua aparência era de um típico delinquente juvenil londrino que mal acabara de sair da puberdade, devendo ter no máximo dezenove anos.

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⏰ Última atualização: Jul 08 ⏰

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𝐄𝐋𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀𝐑 ──── SʜᴇʀʟᴏᴄᴋOnde histórias criam vida. Descubra agora