-----------------------------------------------------------
Penúltimo capítulo de: Você, Lucinda e eu!
Obrigada a todos que leram ❤❤
-----------------------------------------------------------Lucinda on
A insegurança do meu pai sempre foi um problema, amor próprio sempre foi uma coisa que ele nunca teve e eu sempre o animava de todas as formas possíveis, mas no fim ele se isolava para chorar sozinho no quarto e hoje não foi diferente.Ele ficou o dia todo chorando como que ninguém ouviu? Agora que isso passou e tudo está bem, meus pais e eu nos juntamos na cozinha para preparar o jantar.
Mai jurou que contaria sobre a precognição de Marshall, confesso que estou bem curiosa para saber como foi.
---
O jantar seguiu silencioso, vez ou outra Mai olhava para seu pai de canto, talvez esteja pensando se deve ou não contar o que sabe, ela parece estar com medo. Por fim deu um longo suspiro e chamou a atenção dos pais.
— O Marshall e eu temos que contar uma coisa. O Marshall teve uma precognição comigo, ele me viu marcada e casada.
— Como assim marcada e casada? — Yahiko não foi rude, mas mesmo assim ela se encolheu de medo. Esse timbre de voz alfa afeta os omegas de uma tal maneira que ainda me surpreende.
— Era o nosso casamento — Marshall falou — Isso aconteceu com o Itachi, com o Obito, com o Daniel e agora comigo, é normal Uchihas terem uma precognição quando encontram o seu amor verdadeiro. Não é verdade, Itachi?
— É verdade. Quando eu vi a Izumi pela primeira vez, eu tive uma visão do futuro. Você estava conosco quando Obito conheceu o Deidara e o Daniel também teve quando viu a Luce pela primeira vez.
— Meio que estraguei tudo naquele dia, mas eu me vi com clareza marcando a Luce, na verdade aconteceu duas vezes — Daniel sorriu para mim e beijou a minha mão. Meu rosto deve estar todo vermelho agora — Foi uma visão perfeita.
— Não tenho muito o que fazer se não aceitar isso. Osharingan nunca erra, certo? — Yahiko e Marshall se encaravam como se fossem se matar aqui mesmo, mas tio Yahiko apenas sorriu para ele e disse — Vê se cuida bem da minha filha.
— Eu prometo, não vou decepcioná-la nunca.
Depois do jantar, Mai e eu decidimos passar o resto da noite sozinhas no quarto conversando, contei para ela sobre alguns detalhes a minha primeira vez e fiquei morrendo de vergonha. Ela ficou chateada por eu não ter contado antes já que somos melhores amigas.
— Já contou para os seus pais? — perguntou Mai enquanto tirava a maquiagem do rosto — O Kakuzu não sei, mas o tio Hidan vai te matar... Talvez não, seu pai é tão imprevisível — a ruiva se deitou na cama e puxou as cobertas — Você deveria contar logo para ele, e se ele também fica chateado por ser o último a saber?
— É, você tem razão — apaguei o abajur que fica em cima do criado mudo e me deitei para dormir afim de evitar esse assunto — Falo com ele amanhã bem cedo.
---
Me levantei cedo hoje determinada a contar ao meu pai sobre a minha primeira vez. A Mai tem razão, é melhor eu mesma contar do que outra pessoa, estou com muito medo dele brigar comigo. Espero que Kakuzu esteja por perto para me defender.
Fui até o fim do corredor onde fica o quarto dos meus pais, parei na porta e pude ouvir os dois conversando sobre papai ter ganhado peso, ainda bem que Kakuzu também acha isso. De fato meu pai engordou um pouco nos últimos dias. Melhor eu deixar de enrolação e contar logo.
Bati na porta e recebi autorização para entrar.
— Bom dia. Pai eu quero te contar uma coisa — fechei a porta e me encostei nela, o olhar de meu pai revezava entre Kakuzu e eu, minhas mãos tremiamm. Respirei fundo e falei de uma vez — Eu tive a minha primeira vez com Daniel.
— P-primeira vez? — gaguejou ele, também levantou as sobrancelhas mostrando-se surpreso — E com o Daniel? Quando isso?
— No dia que ele me pediu em namoro, mas eu juro que ele usou camisinha.
— Acho que isso é assunto para omegas resolverem — Kakuzu levantou da cama e beijou meu pai — Vê se não briga com ela. Evocê senhorita — o alfa parou na minha frente e sussurou — Vai ficar tudo bem, ele não vai brigar com você. Qualquer coisa me chamem.
Depois que ele nos deixou sozinhos no quarto, fiquei ainda mais nervosa. Me sentei de frente para o meu pai evitando olhar diretamente em seus olhos. É um milagre que ele ainda não tenha gritado comigo como ele sempre faz.
— Você gostou da sua primeira vez? — o olhei surpresa por conta da pergunta. Não estava bravo, pelo contrário, ele sorria — Não precisa me contar os detalhes, pode ser só o básico.
— Foi bom, eu fiquei um pouco nervosa no começo, mas eu relaxei e deixei rolar — me aproximei dele e perguntei em voz baixa — É normal ser grande?
— Pior que é — papai respondeu rindo — Às vezes eu me pergunto como o seu pai tem tudo aquilo, mas enfim, fico mais tranquilo se você gostou e se usaram camisinha. Não sei se fiquei nervoso na minha primeira vez com o Kakuzu, eu estava no cio e não lembro. A Mai sabe?
— Já e o Kakuzu também.
--Incrível como eu sou o último a saber das coisas. Obrigado por ter me contado. Vamos aproveitar o dia como? Estou entediado e como hoje é o nosso último dia aqui temos que fazer alguma coisa.
— Que tal patinar no gelo? Nossa principal atividade daqui.
Hidan on
Lucinda e eu temos a tradição de passar um dia inteiro patinando no lago congelado. Pegamos nossos patins, nos agadalhamos o máximo possível para não pegarmos um resfriado e fomos para fora do chalé.Sentamos na beira do lago para colocarmos os patins. Por mais que Lucinda fique indecisa, ela sempre escolhe o patins rosa porque diz que lembra as sapatilhas de balé. Eu fico sempre com o preto, não que eu goste, mas se Lucinda diz que combina comigo então não vou contrariá-la.
No fim do dia, voltamos para o chalé e fui direto para o meu quarto, um banho bem quente e relaxante vai me fazer bem. Não estou me sentindo bem, deve ser o cansaço da patinação. Sinto uma leve tontura, mas vou tomar banho e comer antes de me deitar.
Enrolei um pouco para tirar a roupa quente, hoje está mais frio do que ontem e não estou muito afim de congelar.
Tomei coragem e me despi o mais rápido possível e entrei de baixo da água quente sentindo meu corpo aquecendo novamente.
Assustei quando Kakuzu invadiu o banheiro, ele tirou toda a roupa e se juntou à mim no banho. Senti seu membro rígido contra o meu e isso me excitou ainda mais. Nossos lábios se encontraram num beijo quente, seu cheiro se espalhou pelo banheiro me deixando ainda mais louco.
Quando foi que eu me tornei um omega que se entrega fácil assim?
Senti meu corpo amolecendo, se não fosse por Kakuzu eu teria caído no chão e batido a cabeça.
— Você está bem, amor? — ouvia sua voz baixa, era como se ele estivesse muito distante de mim — O que você tem? Está me deixando assustado. Me fala o que você está sentindo.
— Achei que fosse desmaiar. Me ajuda a sair do banheiro e chama o Deidara urgente.
Kakuzu me ajudou com tudo que precisei e depois de me deixar deitado na cama foi chamar Deidara. Assim que o loirinho chegou, pedi que trancasse a porta e se sentasse ao meu lado.
— Vê se eu estou grávido.
— Bem direto. Você já sabe o que fazer — tirei o moletom, em seguida a camiseta e voltei a deitar — Por que acha que está grávido? Está sentindo as mesmas coisas que sentiu na gravidez da Luce?
— Sim. Independente do resultado, você poderia manter segredo? Eu mesmo quero contar, promete?
— Eu prometo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Você, Lucinda e eu [KAKUHIDA COMPLETA]
FanficHidan um omega criado em uma clínica de fertilização, abandonado pelos pais, cresceu sozinho amando apenas a si mesmo, mas teve sua vida virada de cabeça para baixo após passar o cio com Kakuzu, um alfa que abandonou sua vida em Tóquio para cuidar d...