CAPÍTULO 10

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Obrigada a todos por estarem lendo
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Lucinda on
    Quem visita alguém 1:30 da manhã? A pessoa é bem insistente ainda por cima.

    Calcei minhas pantufas rosa e desci as escadas lentamente por causa do sono, senti uma forte presença de alfa vindo do outro lado da porta o que me deixou com medo de abrir. Mesmo tremendo de medo abri e me senti aliviada em ver quem era.

— Te acordei? — balancei a cabeça positivamente — Me desculpa, filha. Seu pai me pediu para ver como você está e é para você ligar para ele depois. Você está bem?

— Estou — falei rapidamente soando um pouco grosseiro — E você?

— Estou, levemente alcoolizado, mas estou bem e não precisa agir assim comigo, eu já sei que você me odeia — pude sentir a tristeza de Kakuzu em mim — Eu já vou indo então. Boa noite, meu anjo.

— Espera ai, senhor alfa poderoso — segurei com as duas mãos em seu antebraço — Eu não quis ser rude com você, só estou exausta por causa do balé. Fica um pouco aqui comigo.

    Arrastei ele até a sala e nos sentamos no sofá.

    Olhando melhor para ele até que Kakuzu daria um pai bem dedicado. Me sinto uma anã perto dele, eu com os meus 1,58 de altura qualquer um é mais alto.

— Olhando mais de perto eu sou praticamente a sua versão feminina, não precisava nem de DNA.

— Eu sei que não, mas se eu quiser deixar meus bens materiais para você, tenho que provar na justiça que você é a minha filha legítima. Espero que um dia você cuide da Diamonds e continue o legado da família.

— Falando em bens materiais e dinheiro... Eu lembrei que preciso te pedir uma coisa — levantei do sofá e fiquei andando de um lado para o outro. Sei que meu medo dá para ser sentido a quilômetros, mas continuo achando que ele vai pensar que só estou interessada no dinheiro dele. Respirei fundo e falei de uma vez — Eu ainda não comprei a minha fantasia da festa. Compra para mim? Por favor, Kakuzu.

— Aquela que você quiser. E para de me chamar pelo nome, somos pai e filha. Seria legal se você me chamasse de pai, já não te falei isso?

— Não força, lindão.

Hidan on
    Já passou das três da manhã e nada da Luce me ligar, Kakuzu não mentiria para mim, ele prometeu que iria até lá ver se Lucinda está bem.

    Eu que não vou ficar aqui esperando ela ligar. Peguei o celular no bolso e liguei para ela, Lucinda não é nem louca de não me atender.

📲Ligação on📲
Kakuzu: — Oi, meu omega.
— Por que você atendeu? Cadê a Luce?
Kakuzu: — Dormindo, ela dormiu no sofá e acabei de colocá-la na cama. Ficamos conversando até ela cair no sono.
— Posso te pedir mais uma coisa? Poderia ficar aí até eu chegar? Tenho medo de deixar ela ai sozinha.
Kakuzu: — Claro que fico.
— Eu saio daqui cinco da manhã. Até daqui a pouco.
📲Ligação off📲

    Cheguei em casa e vi Kakuzu dormindo no sofá, antes aqui do que na minha cama.

    Olhando para ele até parece uma pessoa inofensiva, meu coração começou a bater mais forte. Como é possível meu corpo reagir assim perto dele? Senti uma enorme vontade de beijá-lo aqui mesmo.

— Para de ficar me olhando, Hidan. Está encantado com a minha beleza?

— Não, só estava olhando essa sua cara de alfa que não vale nada. Já pode ir para casa se quiser — joguei meus pertences em cima do sofá e subi as escadas tirando a camiseta — Controle o seu cheiro, Kakuzu, isso não vai me seduzir.

— Não dá para controlar vendo você tirando a roupa na minha frente. É impossível.

    Levantei o dedo do meio para ele e segui para o quarto de Lucinda.

    Abri a porta e entrei no quarto, fechei a janela e também as cortinas vermelhas. Dei um beijo em sua testa  e sai do quarto.

    Kakuzu estava encostado na parede do corredor me olhando como se quisesse me dizer algo. Ou eu me mexo e saio daqui ou fico e deixo as coisas mais estranhas do que já estão.

— Não quero ser dedo duro, mas já sendo, a Luce vai numa festa amanhã — a voz grossa de alfa de Kakuzu me fez encolher um pouco — Ela está triste porque você nunca deixa ela ir e agora ela tem que ir escondido. Parece que bão confia na sua filha, ela sabe muito bem se cuidar sozinha.

— Que horas é essa festa? — quanto mais Kakuzu se aproximava mais seu cheiro me consumia — Já falei para controlar o seu cheiro.

-- E eu já disse que com você é impossível — ao sentir a situação melhorar ajeitei a postura e Kakuzu prosseguiu — É as 20:30 da noite. Se quiser eu posso levar e buscá-la, só não briga com ela.

— Eu sou um péssimo pai — soltei o choro preso na garganta — A Luce me odeia por eu ser assim, eu juro que estou tentando ser o melhor pai do mundo.

— Você não é um péssimo pai — senti os braços fortes de Kakuzu envolvendo meu corpo e automaticamente meu corpo reagindo. Fechei os olhos curtindo o cheiro dele, afundei o rosto em seu peito e o abracei — Se um dia ela disse que te odeia acredito que foi da boca para fora, ela te ama muito — ele pegou no meu queixo e ergueu o meu rosto — Você é incrível. Eu peço desculpas se deixei todo o fardo para você carregar.

— Está tudo bem — Kakuzu passou o polegar no meu rosto limpando as lágrimas — Cuidar de uma criança foi uma experiência muito boa e única. Eu vou tomar um banho e dormir, pode ir para casa.

— Não posso ficar mais um pouco? — Kakuzu roçou o nariz em meu pescoço — Está tão gostoso aqui te abraçando, quer mesmo que eu vá? — meu corpo estremeceu sentindo suas mãos em minha cintura — Você me quer, não quer?

    Ouvimos a porta do quarto abrindo e rapidamente nos separamos, Lucinda esfregou os olhos e quando me viu correu para me abraçar.

— Você acabou de chegar? Eu ouvi sua voz lá do quarto e quis te ver. O que é isso na sua testa pai? — ela tocou no machucado e me encolhi de dor — Desculpa, papai... Oi, Kakuzu, ainda está aqui?

— Seu pai me pediu para ficar, mas eu já estou indo embora. Nos vemos daqui a pouco, Luce — Kakuzu desceu as escadas e Lucinda foi atrás dele.

Kakuzu on
— Vai para a cama filha — peguei minhas coisas em cima do sofá, andei até a porta e olhei para Lucinda — Quer me dizer alguma coisa?

— Você tem que estar lá às 16:00 horas, não vai esquecer? Você prometeu.

— Não quebro promessas — dei uma piscadinha seguida de um sorriso e sai da casa.

Você, Lucinda e eu [KAKUHIDA COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora