CAPÍTULO 16

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Cheguei queridos
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Lucinda on
    Fui sequestrada da festa e jogada num porão de uma casa bem velha, aqui só tem um colchão e uma janela pequena que não é muito maior que a minha mão, mas ainda consigo ver os carros passando na rua. Está muito frio e escuro aqui.

    Tirei os saltos e os coloquei de lado. Estou preocupada com os meus pais, estou chorando desde que cheguei por causa disso.

    Vejo a porta se abrindo e consigo visualizar a silhueta do meu sequestrador.

— Seu nome é Lucinda, certo? Meu nome é Sakai. Vamos nos divertir muito juntos — Sakai passou o dorso da mão pelo meu rosto e mais lágrimas rolaram pelo meu rosto — Não chore, querida. Se o seu papai fizer tudo certinho, logo você vai embora.

Hidan on
    Meu corpo dói por estar amarrado nessas cordas, já não tenho mais forças para chorar. Vejo Kakuzu me olhando com lágrimas nos olhos, atrás mim um outro omega diz inúmeras coisas sem sentido e então uma arma é jogada para Kakuzu.

    Imagino que ele está sendo obrigado a fazer isso, mas estou disposto a morrer bem aqui.

— Não precisa ter medo, Kakuzu — falei com a voz trêmula e rouca — Só quero que cuide da minha filha. Eu já te causei muita dor nessa vida e não peço o seu perdão porque eu sei que não mereço. Eu menti para você por quinze anos, não me perdoe por isso e me mata logo.

    Kakuzu pegou a arma do chão próxima ao seus pés e apontou para a própria cabeça, lágrimas escorriam de seus olhos, não quero ver o homem que mais amei se matando na minha frente.

   Ele caminhou até a mim, fechei os olhos e só depois vieram os tiros.

Kakuzu on
    Gritos, sangue, policiais e socorristas por todos os lados. Um atirador de elite acertou Rittchie, Rittchie em questão de segundos puxou outra arma e atirou nas costas de Hidan. Eu atirei para cima sinalizando para a polícia entrar no local.

    Hidan foi socorrido e levado para o hospital às pressas, a perícia que estava presente descobriu para onde tinham levado Lucinda, não foi difícil já que Sakai só possuía um esconderijo. A polícia foi para lá e eu fui com Hidan para o hospital.

Lucinda on
    Sakai passou a mão pela minha perna, que estava exposta por conta do modelo do vestido, indo até a minha virilha. Eu tentava ao máximo me afastar, mas como uma omega do meu tamanho se livra de um alfa tão forte?

    Estiquei um dos braços e segurei em seu rosto, o sequestrador sorriu em resposta. Deslizeu o dedos por seu rosto e pefurei seu olho com a unha do dedo polegar. O sangue escorria pelo seu rosto e sujava minha mão.

    Aproveitei o momento para fugir, saí correndo aos tropeços e antes que eu pudesse abrir a porta, Sakai me puxou pelos cabelos me fazendo cair de costas no chão. Fui arrastada de volta para o colchão.

    Ouvi as sirenes dos carros de polícia chegando bem na hora e gritei por socorro.

— Sakai aqui é a polícia — a voz do policial ecoava com a ajuda de um megafone — Saia da casa com as mãos onde eu posso ver. Libere a refém de forma pacífica e ninguém sairá ferido.

    Sakai me tirou do porão com a arma apontada na cabeça, as lágrimas saltavam dos meus olhos desesperadamente.

— Eu vou soltar assim que todo mundo abaixar as armas — Sakai impôs a condição e quando os policiais concordaram fui jogada no chão.

    Enfermeiros e socorristas vieram correndo me ajudar, me levaram até a ambulância para fornecer os primeiros socorros. Fizeram várias perguntas como: nome, idade, sobre os meus pais e até se Sakai chegou a abusar de mim em algum momento. Fui chamada de corajosa por conseguir me defender.

    Fui liberada logo depois que Obito veio me buscar, já que os meus pais estavam no hospital.

    Passamos em casa para pegar algumas roupas para ficar hospedada em sua casa.

    Quando cheguei, Daniel me recebeu com um abraço e ficou insistindo para que eu comesse alguma coisa, não sinto fome, apenas quero saber dos meus pais.

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    Acordei nos braços de Daniel, devo ter pegado no sono depois da minha tentativa falha de me alimentar. O loiro acariciava meus cabelos suavemente, seus olhos e seu sorriso são reconfortantes ainda mais num momento como esse. Ele me ajudou a ficar sentada e segurou em minhas mãos.

— Meus pais foram ao hospital para terem notícias do Hidan. Parece que ele levou um tiro e vai ter que fazer uma cirurgia para retirar a bala — abaixei a cabeça entristecida — Ele perdeu bastante sangue, mas ele vai ficar bem porque a bala não atingiu nenhum lugar perigoso. Está com fome? Você não comeu nada. Olha, eu sou ótimo na cozinha.

— Obrigada, Dan, mas não estou com fo-

— Nada disso, senhorita — Daniel colocou o dedo indicador nos meus lábios sinalizando para eu me calar — Eu vou cozinhar para você, sim. É a obrigação de um alfa cuidar do seu omega, vem — Daniel me pegou no colo, me carregou até a cozinha e me colocou sentada numa cadeira.

    Certos detalhes sempre passam despercebidos, nunca reparei com exatidão na beleza de Daniel e como qualquer roupa fica bem em seu corpo. Sempre julguei Daniel em ser aqueles alfas com pinta de Bad Boy americano que são extremamente arrogantes, mas ele não é assim.

    A situação poderia continuar tranquila se minha mente não tivesse se lembrado da festa. Me odeio por ser assim.

— Você é legal assim com todas? — Daniel me olhou incrédulo com a minha pergunta. Minha boca foi mais rápida do que pensei — Você disse que gostava de mim e na festa você até transou com a Sumire. Se for para me tratar como você trata todas então é melhor pararmos por aqui.

— Perdeu o juízo? Eu acho que você ainda não entendeu nada — Daniel perguntou irritado, o que me assustou muito. Ele rosnava alto e automaticamente me encolhi — Eu estava bêbado e completamente drogado naquela merda de festa. A última coisa que eu me lembro foi de ter visto você dançando e rezando para a música acabar logo para te dar uns beijos, mas a droga foi fazendo efeito muito rápido e eu nem me lembro direito de ter ficado com ela. Quando é que você vai perceber que eu sou maluco por você? Eu sempre quis te conhecer desde o dia que vi sua foto no celular do meu pai — Daniel respirou fundo e se acalmou — Quando que você vai me perdoar e me dar uma chance?

Kakuzu on
    Hidan acabou de sair da cirurgia, me dói o coração ver o meu omega nesse estado.

    Assim que me deixaram sozinho com Hidan, me sentei na poltrona que fica ao lado da cama e aproximei meus lábios de seu ouvido. Vou lhe perdoar mesmo que ele não queira.

— Eu te amo Hidan e eu vou sim te perdoar por tudo — senti as lágrimas escorrendo pelo rosto — Eu que sou o culpado, eu errei quando fui embora e nãote levei comigo. Eu poderia muito bem ter ficado junto de você e eu teria descoberto antes que você me ama. Só peço que acorde e fique bem, meu amor... Por favor.

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Não prometo coisa boa para o próximo capítulo

Até o próximo meus anjos
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Você, Lucinda e eu [KAKUHIDA COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora