Parte 31

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Deanna e Lewis estavam arrumando suas malas para ficar uma temporada com sua filha.
Raoul tinha ficado aliviado, pois o casal sempre era tão invasivo, eles eram seus pais ... Porém as vezes aquilo era muito exagerado. Pareciam que todos naquela casa, empregados, família e amigos, estavam contando os dias para vê-lo casado.

- Meu filho, por favor venha nos visitar. Não fique bravo ... Deanna abraçou o filho que a observou confuso.

" Bravo? Estou em êxtase, isso sim" o visconde tenta ficar sério ao pensar aquilo.

- Cuide de sua noiva, meu garoto. Lewis abraça o filho, e o casal se despede do restante de todos.

Raoul acenava para os pais, e aliviado solta um suspiro de longo.

- Finalmente... Um pouco de paz. Raoul sussura e entra em casa.

Eve observa o homem que estava escrevendo algo, a noite anterior tinha sido um pouco agitada, o nascimento de Marcel e aquele momento na cozinha. Tudo aquilo fez a jovem corar.

- Eve... Você poderia vir aqui?

- Iremos para uma viagem... se você quiser ... Não quero te forçar a nada.

Eve sentada ao lado do homem fica pensativa.

" Uma viagem?"

- Eu nunca viajei... Vamos para onde?

- Gales. Tenho algo para te contar. Por favor, não quero que você fique criando expectativas... Mas, eu tive algumas informações sobre seu broche, e ele é da família real de Gales.

A jovem ficou confusa, Gales? Ela nunca tinha ouvido falar daquele lugar.

- Minha família? Poderia ser? Eve cochicha.

- Talvez... Não é nada certo. Por isso eu gostaria de avisar sobre isso... Eu... Na verdade, eu não iria lhe falar isso... Eu nem iria te levar... Eu... Ao pensar na possibilidade de te perder... Raoul se sentia tão envergonhado.

Eve pegou na mão do homem e depois o abraçou.

- Você não irá me perder. Se for por mim, eu nunca irei te abandonar.

Raoul esboçou um sorriso e depois a beijou. Eve era uma jovem tão doce e tão linda.

- Você me pediu em casamento por conta disso né?

" E tão inteligente...." Raoul pensou e depois concordou.

- Eu pensei que... Se você estivesse compromissada... E tivesse uma família tão importante... Você iria me deixar.

- Hum... Se eu for uma princesa, eu iria ter que me casar com outra pessoa? Eve fica assustada.

- Não, eu acho que não... Só se você for prometida.

- Eu estou prometida! A você!

Raoul ri, Eve estava indignada.

- Nada está certo, iremos a Gales para isso. Descobrirmos tudo. E sim, minha querida, você está prometida a mim...

- Estou sim, só a você. Eve se aninha nos braços do homem que acaricia seu rosto.

- Então... Quanto iremos para lá?

- Amanhã, Erik irá emprestar a residência dele e iremos para uma festa, meus contatos conseguiram um convite e assim podemos investigar.

- Eles vão gostar de mim? Eve se levanta e questiona o homem.

- Claro! Por que não gostariam? Você é uma jovem tão doce, inteligente e linda. Quem não iria gostar?

- Estou animada e com medo.

- É normal... Fico aliviado em ter te contato tudo. Desculpa por não ter feito isso antes.

- Eu te perdôo... Mas só você me agradar. Eve sorri e provoca o homem.

- É? Isso é chantagem, mocinha. Raoul ergue uma sobrancelha e beija a testa da jovem.

- É não... Só queria um beijo e ganhei. Eve sorri vitoriosa.

Depois do almoço, Eve e Raoul retornaram os estudos. Raoul ensinava sobre Gales, a jovem estava curiosa sobre aquele país, e agora tinha conhecido um pouco sobre a história de lá.

Anoiteceu e Eve e Raoul estavam a caminho da residência de Erik. O visconde tinha alguns assuntos para terminar de falar com Erik.

- Boa noite para o novo casal de noivos! Christine sorrindo abre a porta.

- Boa noite, Christine. Eve que estava de braços dados a Raoul sorri.

- Vocês são tão lindos juntos. Realmente, Raoul demorou para arrumar alguém mas a demora valeu a pena. Christine caminhou até a sala onde Erik e Gustave estavam tocando piano.

- Visconde, que surpresa! Erik começa a tocar o piano junto a seu filho.

Eve se sentou com Raoul no sofá, era ótimo ouvir Erik tocando, tudo parecia ser tão acolhedor.

- Pronto, agora... O que posso fazer por você? Erik cruza os braços em frente a Rauol.

- Vamos viajar amanhã e... Gostaria de saber se está tudo certo. Raoul observa Gustave sentar com Christine na mesa.

- Sim, a residência mais próxima ao palácio. Tudo certo. Apenas relaxe e aproveite a viagem com sua noiva.

- Oh, sim... A casa só tem um quarto ... Então... Erik se faz de inocente por falar aquilo.

- Não tem problema... Raoul dorme comigo todas as noites... Eve coloca a mão na boca e cora.

- Hum.... Você e Eve? Mas... Como isso visconde? Erik observa a jovem corar e Raoul ficar sem jeito.

- Ela tem pesadelos ... Desde o primeiro ataque de Pânico que ela teve eu fico com ela em seu quarto e durmo ao seu lado. Raoul tenta acalmar a jovem que estava vermelha de vergonha.

- Um perfeito cavalheiro, isso sim. Erik ri ao ver aquele casal ficar tão cabulado.

- Amor, você está provocando o pobre do Raoul. E meu amigo sempre foi um ótimo homem, fico feliz por Eve ter encontrado ele. Não vejo a hora de ser madrinha deste casamento. Christine toca no ombro do marido e depois senta em seu colo.

Eve achava aquela cumplicidade de Christine e Erik tão perfeita, era muito difícil ver casal tão em sintonia quanto aquele.

- Papai, mas não é feio ficar no quarto de uma donzela sem estar casado? Gustave questiona o pai.

- Oh, sim... Mas se for para bons motivos não é errado. Quando você ficar mocinho você entenderá. Erik observa seu filho ficar um pouco reflexivo, porém depois correu para seu quarto.

- Se tivemos esperado até o casamento.. céus... Que sufoco! Christine tenta sussurar apenas para o marido porém Eve e Raoul escutaram.

- Foi você que não esperou! Me tire fora disso aí. Erik provoca Christine.

- Culpada! Eu realmente era uma jovem travessa. Mas agora, eu irei preparar um chá. Eve, quer vir me ajudar? Christine pula do colo do homem e Eve e ela saem da sala.

Raoul e Erik começaram a conversar, Erik tinha alguns homens em Gales, assim teriam suporte para qualquer problema.

- E lembre-se, tenha cuidado. Eu realmente acho que esses ricos são asquerosos. Erik tinha buscado um copo de whisky para ele.

- Eu sei ... Estarei bem, levarei minha arma e estarei sem alerta.

- Não precisa de arma. Escolha algo de meu acervo pessoal, na residência há uma sala de armas.

- Você é sua fixação por armas... Porém obrigado por essa ajuda. Posso considerar você um amigo? Raoul provoca Erik.

- Faço tudo isso por Christine e Eve. Você só está aí fazendo o que é sua obrigação. Erik dá de ombros.

- Sim, eu sei... Bem, vamos indo. Amanhã cedo estaremos viajando. Raoul se despede de todos, e ele e Eve retornam para a casa.

Inesperado: Coincidências existemOnde histórias criam vida. Descubra agora