Inesperado: Coincidências existem

Parte 41

Christine e Erik partiram para o quarto naquela noite. Raoul levou sua noiva até em casa, Eve estava dormindo profundamente e não acordou mesmo quando o visconde a tirou do carro.

" E eu não percebi que ela está de roupão apenas..." Raoul deita a jovem na cama.

O homem iria chamar Christine, mas ao ver o barulho nada discreto vindo do corretor do quarto do casal, Raoul deu meia volta e retornou ao quarto.

- Porque você me deixou? Eve balbuciava algumas palavras.

Raoul se aproximou da noiva, o semblante estava vermelho e com certeza a jovem estava sonhando.

- Eu nunca te fiz nada... Porque me deixou sozinha... Porque eles me tiraram de você? Eve estava chorando e abraçando o travesseiro.

Raoul se senta ao lado da jovem e toca seu rosto, Eve segura a mão do noivo e a leva até seu peito.

- Veja, eu nunca vou me esquecer, eu não sei muito bem ... Nem reconheço seu rosto, mas sua voz... Eu me recordo ... Você me amava e ... Eve aperta a mão do noivo.

O visconde observa a jovem suando, ela estava tendo um pesadelo, algo que ela tinha ao ficar sozinha no quarto.

- Amor, eu estou aqui. Não fique triste, eu estou aqui. Raoul se aproxima da jovem e cochicha.

A jovem abre os olhos com dificuldade, as lágrimas ainda estavam em seu rosto, tinha ficado um tempo sem falar nada, apenas revivia aquela cena, ela ainda bebê sendo tirada dos braços de sua mãe.

- Raoul... Você... Você me trouxe para casa. Você está bravo? Eve se endireita na cama.

- Claro que não! Porque ficaria bravo com você? E porque você está chorando de novo?

- Sinto muito ... Eu tive um pesadelo, não controlo isso... E eu... E, ainda estou um pouco zonza. Eve fecha os olhos tentando amenizar a dor de cabeça.

- Isso se chama ressaca, meu amor. Sua primeira e última eu espero. Raoul cerra os olhos e ri da reação da jovem.

- Eu acho que aquele suco de uva estava muito forte... E aquele suco de pêssego... A jovem faz uma careta.

Raoul sabia muito bem que Christine iria fazer algo, ela gostava de festejar e como achava Eve uma ótima amiga, ela fez o seu melhor, um tempo entre meninas.

"Lembrarei de dar um puxão de orelha em Christine amanhã" Raoul pensa ao ver Eve ficar em pé ao lado da cama.

Eve estava com ânsia, seu estômago doía e algo estava realmente estranho. Sem ao menos ter tempo de correr ao banheiro, a jovem arqueia o corpo e vomita no chão do quarto. Em seguida cai em cima de seu recente acidente.

Raoul se desespera ao ver a jovem caída no chão, mesmo correndo ele não foi capaz de segura-lá.

- Eve, amor... Você está bem?

A jovem tenta esconder o rosto com as mãos e se abraça.

O cheiro terrível no quarto e ambos sujos fazem com que o visconde pegasse a jovem e tirá-la de lá de dentro. Odiando que também aquele dia nenhum funcionário estava na residência.

- Desculpa... Eu te sujei... Eve susurra.

- Sem problemas, preciso te limpar... E me limpar. Mas você não está parando em pé. O homem senta a jovem numa cadeira e a segura para não cair.

- Pode ir no banheiro, eu vou ficar bem...

- Não, eu não vou te deixar sozinha. Você vem comigo! Raoul pega a jovem no colo e desce até a área do escritório.