Parte 50

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Christine preparou a todos que estavam na casa para a chegada de Layton. Erik tinha passado todos os papéis para seus colegas de teatro, aqui sairia de forma perfeita.

- Certo, como sabem devemos recepcionar o príncipe de forma muito calorosa e ao meio da noite, minha bela esposa irá se divertir um pouco com ele... Erik retira da cintura uma adaga e passa para um dos seus homens.

- Dois dias são suficientes. Até lá, Eve e Raoul já vão resolver tudo. Mas querido, temos uma pequena mudança nesse plano... Christine arruma a máscara e se senta no colo do homem.

- Ah, sim.... Vamos dar para nosso digníssimo príncipe um pouco de aventura. Erik retira do bolsa dois frascos.

- Vou estar pronta para usá-los, não se preocupe. Agora, hora do show. Christine beija o homem e abre a porta para Layton.

- Bem vindo, cavalheiro... Veio para a inauguração, oh, Perfeito. Christine pega na mão do príncipe e o leva até uma mesa cheia de homens jogando.

- Não me acompanha, querida? O príncipe lança um olhar cheio de luxúria a jovem.

- Eu já volto, irei lhe trazer bebidas. Logo irei te trazer sorte, querido! Christine sorri e acena para Layton.

" Sorte, com certeza"

Enquanto isso ...

No palácio as coisas estavam começando a se encaixar, Erin tinha tirado um peso enorme de suas costas. Eve falou sobre seus dias presa com os ciganos, contou sobre as cicatrizes e como tinha sido acolhida por Raoul.

Erin estava destruída ouvindo cada depoimento que a sua filha estava dando, se seu irmão não fosse um monstro aquilo nunca iria ter acontecido, tudo iria ser evitado. Aurora foi tão forte em ter sobrevivido aqueles anos de tortura.

- E assim, eu me escondi na casa de Raoul. Ele me acolheu, me ensinou a ler e a escrever, me ensinou a ter etiqueta comer com talheres e a dançar. Eve estava sentada próxima de Raoul que sorria para ela.

- Muito obrigada, visconde. Você salvou minha neta. E pensar que todo esse tempo... Eleonor estava inconsolável, tinha acreditado em rumores e não deu atenção a sua filha, ela sempre clamou pela filha.

- Eu fiz minha obrigação de cidadão, eu não iria deixá-la sem proteção, ela me encontrou e eu acho que gostei de ter uma jovem para ensinar, recordar os velhos tempos de magistério.

- Vocês são ótimos juntos. Eu queria tanto ter visto minha neta crescer, correr pelo palácio e fazer suas travessuras... Eleonor começa a chorar, ela era culpada de tudo aquilo.

- A culpa não é da senhora, mãe. Com certeza se tudo fosse diferente, iríamos estar juntos e vivendo felizes. Meu Albert, não estaria morto, nem minha filha teria que conviver com suas cicatrizes.

- Eu sei, a culpa é daquele maldito! Ele não é mais meu filho, eu irei destruí-lo. Eleonor se levantou e caminhou até a porta.

- Vossa majestade, não há ninguém nesta ala, e Layton não está também. Nolan que estava sentado afastado de todos explicou.

- Oh, quando ele retornar, irei conversar com ele. Isso não irá ficar assim, preciso de todos os nomes dos administradores que tramaram contra a família real também. A rainha retorna a ficar perto de sua filha.

- Tenho uma outra ideia, mãe. Por favor deixe-me explicar. Erin observou a senhora assentir com a cabeça.

- Daremos continuidade ao baile, viva sua vida como se nada tivesse acontecido, desmascarar Layton na frente de todos, será melhor. Além disso, iríamos contar com centenas de pessoas ao nosso lado, eu irei comparecer e poderemos acabar com todas as maldades de Layton de uma vez por todas!

- Isso... Isso é perigoso. Mas, se você concordar com isso. Eleonor acaricia a mão da jovem.

- Tudo irá se resolver, eu esperei vinte anos, posso esperar mais 3 dias. Aliás, seu aniversário está chegando querida. Erin sorri para Eve.

- Aniversário? E... quando que é? Eu nunca tive um aniversário... Eve se anima e corre até a mãe.

- Dia 20 de junho, e você teve dois aniversários, comigo e seu pai. Foi bem simples, mas estávamos tão felizes com você. Erin acariciou os cabelos da jovem.

Raoul riu, 20 de junho? Era o aniversário dele também, até isso a jovem tinha como coincidência.

- Meu aniversário também é nesse dia, coincidência não? Raoul abriu um largo sorriso.

- Oh! Vocês foram feitos um para o outro, até o aniversário é igual! Eleonor abraça a neta e depois a filha.

- De fato, teremos duas comemorações! Erin não ficava feliz havia muito tempo, mas agora estava radiante.

- Se me permite, gostaria de fazer uma comemoração adicional, o casamento entre Eve e eu. Eu gostaria de me casar com ela, aqui na terra dela. E com a família que ela tanto sonhou em ter. Raoul poderia esperar voltar a Paris, mas já que tudo iria se resolver, porque não falar agora sobre aquilo.

- Oh.... Minha pequena irá casar-se! Isso é tão lindo. E querida, eu sei que temos que resolver seu nome. Eu quero que você tenha de volta tudo que era seu, porém eu te pergunto, Eve ou Aurora? Erin Olha para a filha que estava confusa.

- Eu realmente gosto de Eve..., mas, eu já tinha um nome antes, que é Aurora. Que é lindo... A jovem fica pensativa.

- Podemos usar os dois, Eve Aurora Berwick, que tal? Eleonor sugere para não decepcionar ninguém.

- É um belo nome, amor. Raoul beija a bochecha da jovem que cora.

Na casa de apostas Erik observava o príncipe que estava se divertindo pois estava ganhando nas apostas, algo que Erik e os demais combinaram para deixar o homem mais disposto a ficar durante noite afora no lugar.

"Eu juro que se esse imbecil tentar encostar na minha esposa, eu o mato aqui e agora" Erik percebeu que Layton estava admirado por Christine que fazia sua melhor atuação para distrair o príncipe enquanto falava as cartas para os homens da mesa.

Durante as investigações Erik pode conhecer muitas pessoas dispostas a acabar com Layton, muitos tinham perdido tudo por conta dos abusos de poder que o príncipe sem consentimento da rainha fazia para com comerciantes e cidadãos da cidade.

Alguns aliados do lado da rainha também estava presentes, todos disfarçados esperavam o momento para atacar, Layton iria dizer tudo para eles, e depois sem lembrar iria retornar e continuar sua vida, porém tudo iria cair por Terra quando a rainha Eleonor descobrir que além do sumiço da princesa ele também estava desfiando dinheiro e atuando de forma ilegal pela cidade.

- Talvez já esteja na hora de prepararmos nosso drink especial para o príncipe, o que acha? Erik olhou para um dos homens que estavam no bar e assentiu.

Christine pegou o copo da mão de Layton e depois colocou a mistura feita pelo garçom, indo em direção ao príncipe a jovem se senta no colo dele e faz ele beber todo o líquido do copo.

Depois de alguns minutos, Layton percebe que está sonolento, e tenta se levantar sendo levado por Christine até o segundo andar da casa, o homem estava sorrindo e não imaginaria que iria acontecer a partir de agora com ele. 

Inesperado: Coincidências existemOnde histórias criam vida. Descubra agora