Inesperado: Coincidências existem

Parte 6

Passando alguns dias, Raoul ficou preocupado, Charlotte não tinha dado notícias. Já estava nervoso, poderia ter acontecido algo? Ninguém de suas amigas sabia dela, e a única coisa que tirava ele dessa preocupação era ensinar Eve.

A campainha de repente toca, Raoul se questionou, era cedo e quem seria??

- Não digo bom dia, porque só de ver essa sua cara nunca me faz ter um bom dia... Erik e Gustave entram na casa.

- Mais... O que é isso? Raoul se espanta, e vê Gustave mostrando a língua e saindo para a sala de música.

- Esse é meu menino, ele não gosta de você. Erik solta uma gargalhada.

- Nossa ... Nem percebi isso. E me responda, o que diabos você está fazendo aqui?

- Oh, certo... Irei falar sobre Persa e Charlotte. Você sabe, ele é como um filho e você está dificultando a vida dos dois...

Erik tinha acolhido Persa há mais de quinze anos atrás, ensinando tudo sobre a vida e o tratava como um filho, ver o pobre rapaz sofrendo o fazia ficar furioso.

- Não venha me dizer que... Raoul se irritou.

- Charlotte está com Persa, eu sabia que você era um antiquado, mas francamente...

- Ridículo! Eu vou ir buscar ela... Como ela ousa colocar o nome da família na lama??

- Certo... E não foi você que fez aquele papelão há seis anos?? Ficar se rastejando por Christine... E fazendo aquele showzinho com a polícia.

Raoul se calou, sim... Aquilo foi um exagero, ele pensava que sua amiga, Christine ... E primeiro amor, estava hipnotizada por Erik. E tentou prender o homem, sem sucesso. Passando por louco, e sendo motivo de piada por um tempo.

- Odeio reviver o passado, mas por hoje ... Preciso te lembrar... Charlotte está feliz, e Persa... Você precisa ver os olhos de apaixonado dele. Então... Como pai dele, eu espero que você pare de se impor... Porque ambos não precisam de seu dinheiro!! Persa é muito bem de bens e propriedades... Então .... Erik se serviu de uma taça de whisky.

- Você deve estar adorando isso, não é?? Ver seu pior inimigo assim... Com toda essa confusão... Rauol tirou a taça da mão do homem.

- Bem... É divertido ver ... Por um tempo, então... Agora já me cansou.... Creio que você deve relaxar... Volte a lecionar... Ajude a jovem Eve, e quem sabe... Vocês não se deem bem... Erik se sentou, cruzou as pernas e observou o homem.

- Ridículo... Você e Christine... Me jogando para Eve... Eu nem sei quantos anos ela tem... E ela não...

- Não é o que? Por favor... A jovem deve ser bem crescidinha. Você e seus milhares de desculpas... Entendi, não quer ser pressionado? Ok. Apenas cuide da jovem, ela deve ter sofrido...

Raoul pela primeira vez concordava com o homem, Eve precisava de ajuda e ele iria ajudar. Ainda observando o homem sentado com toda aquela imponência, nem imaginava que era tão recluso morando num covil subterrâneo.

- Certo... E tenho mais coisas para falar sobre Eve. Raoul se sentou e falou tudo sobre o passado da garota, com os ciganos.

Erik sabia daquelas maldades, mas como alguém poderia fazer aquilo com uma jovem tão inocente??

- Aqueles bastardos! Pobre garota... E por falar nela ... Onde ela está? Erik olhou dos lados, procurando por Eve.

- Talvez esteja na biblioteca... Ou no salão de música... Raoul se dirigiu até a biblioteca, e depois no salão de música.

Eve estava sentada no piano, com Gustave. Ambos estavam sorrindo e a criança tocava em seu rosto.

- Olha papai... Eve também tem dodói, igual você.