Parte 37

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Eve tinha ficado de terminar algumas lições que Raoul havia passado para ela, mesmo em outro país ela ainda gostava de ter suas aulas.

" Quem diria que em menos de um ano eu pude aprender a ler e escrever, aprender tantas outras coisas..." A jovem terminava de escrever a última lição no caderno quando Raoul chegou.

- Boa tarde, noiva... Vejamos o que tanto faz aqui... O homem deu um beijo no topo de sua cabeça e se aproximou para ver o caderno da jovem.

- Boa tarde, terminei minha lição. O que é essa cara? Eve percebeu que Raoul estava diferente.

- Nada... Só estou um pouco cansado. Mas não é nada.

" Eu não vou deixar que te machuquem, a única pessoa que me fez sentir eu mesmo, ninguém irá te machucar novamente" o visconde se sentou e começou a ler o caderno de Eve.

- Certo, ótimos exercícios.... Todos corretos, parabéns! E... Oh, o que é isso? Raoul abriu na última página do caderno e observou algo que somente adolescentes faziam, aquilo era fofo.

Eve arregalou os olhos e tentou tomar o caderno de Raoul.

- Eve coração Raoul... Senhora Chagney, coração... Oh, outro coração... E+R ? Raoul viu todos aquelas declarações, e se sentiu também como um adolescente.

- Não é nada... Raoul... Me devolve! Eve partiu para cima do noivo que a pegou pela cintura.

- Não é nada? Hum... Não sei não, eu acho que é alguma coisa. Raoul riu e até se esqueceu de sua manhã tumultuada.

Eve balançou a cabeça em sinal de negativo, não era nada demais e não era para que Raoul visse aquilo.

- Eu só quando... Não tenho mais lição... Fico me distraindo. É isso... Eve pega o caderno e fecha, colocando na mesa.

Raoul ainda estava admirando o rosto de sua noiva, não sabia como alguém poderia ser tão linda. Tocando na cicatriz deixada em um dos lados de sua face, Raoul beijou sua noiva.

- Você é uma peça rara, dona Eve. O visconde sorri e abraça a jovem.

Eve fita os olhos de Raoul, estava se acostumando a ficar tão perto de seu noivo.

- E se você me permitir, podemos declamar nosso amor em algo mais concreto. Raoul se levanta, trazendo consigo a jovem nos braços.

- Oh, os empregados vão nos ver!! Isso... Isso... É... A jovem não terminou de falou, Raoul a calou com um beijo.

Levando Eve até o jardim, Raoul procurou por uma árvore e depois escreveu na casca as iniciais de seu nome e de Eve. Sorridente o visconde simplesmente olhou orgulhoso de sua obra.

- É igual ao livro que li.... Eve cochicha

- Casais apaixonados fazem isso, eu vi ... Nos livros. Mas estamos na casa de Erik! Ele vai ficar bravo!! Eve olha abruptamente para Raoul.

- Ah, o fanstasma nem vai ligar... Digamos que é um presente nosso para a casa dele. Raoul ri e se senta a sombra da árvore.

Eve se senta também, Raoul havia mudado e muito desde que o conheceu, ele tinha se revelado um homem completamente diferente.

- O que tanto me olha, tenho algo no rosto? Raoul percebe que a jovem não tirava os olhos dele.

- Talvez tenha... Talvez não. Eve da de ombros.

O visconde arqueia uma sobrancelha e observa a jovem dar uma risadinha.

- É? Talvez ... Sim ou não? Eve, eu não ensinei isso... Com certeza foi o diabinho do Gustave. O homem retira um lenço do bolso e tenta limpar o rosto, que estava completamente limpo.

Inesperado: Coincidências existemOnde histórias criam vida. Descubra agora