Inesperado: Coincidências existem

Parte 8

Eve estava em seu quarto, ainda era difícil se acostumar com uma vida normal, as vezes os demônios de seu passado invadiam seu pensamento.

"Com tantas coisas que aconteceram comigo atualmente, já nem lembro de meu passado com aqueles ciganos ..." A jovem estava sentada na cama admirando a janela com um lindo pôr do sol.

- Eve? Raoul bateu na porta e esperou a jovem se virar.

- Oh... Raoul. Por favor entre ... O que houve? A jovem percebeu o homem transtornado.

- Minha irmã. O homem se sentou e balançou a cabeça.

- Hum... O que aconteceu? Ela está aqui?

- Sim... Ela, seu "marido" e Christine e Erik ....

- Precisamos ir vê-los. Eles são boas pessoas, igual a você. Eve olhou para Raoul que somente continuou em silêncio.

- Você é inocente demais... Para pensar sobre as coisas, eu... Você não entende. É o nome da família que está em jogo. Desde meu incidente com Erik... Os Chagneys nunca foram mais respeitados. E agora... Charlotte.

Eve não entendia o porquê Charlotte não podia ser feliz com Persa. Eles se gostavam, não é?

- Eu não entendo. Persa parece ser alguém muito especial para Charlotte. Então eu acho que é algo bom, não é? Eles são felizes e ela não sofre com ele. Isso é o mais importante. Eve caminhou e se sentou próximo ao homem.

- Quando temos um título... Temos status. Às vezes a felicidade não é tão importante assim. Raoul deu de ombros.

- Hum... Me desculpe eu... Não entendi. Eve olhou confusa.

Raoul estava tão próximo da jovem, aquele olhar da jovem, era tão lindo.

" Impossível, gostar de alguém como ela. O que todos iriam pensar? Mais uma vergonha para a família"

- Certamente você não entende. São coisas complexas. Não é algo muito fácil de se entender. Raoul colocou a mão no olho, que ainda estava doendo.

Eve rapidamente pegou a outra mão do homem, e começou a traçar círculos em sua palma, tentando dissipar a dor.

Rauol apenas observou a jovem. Tão concentrada em vê-lo sem dor. Era burrice sua, mas fazia tanto tempo que não se sentia assim.

" Nunca me senti assim. Nem com Christine, Eve era diferente"

- Obrigado, Eve. Eu achava que você iria ser um desafio para mim... Do jeito que te encontrei. Mas, você foi realmente um bom acontecimento. Pelo menos agora eu tenho alguém para desabafar, não é? Raoul pegou a mão da jovem.

O coração de Eve estava disparado, Raoul a observava com um olhar tão bonito, era difícil não disfarçar seu constrangimento.

- Fico feliz por saber que você aprecia minha companhia. Eu sempre irei agradecer por você ter me acolhido. Eve corou e virou o rosto para o outro lado.

Raoul sorriu por ver a jovem corada, ele queria no fundo de seu coração abraçá-la .... beijá-la.

- Eve? Você... Não iria se importar em... ser alguém especial para mim? Raoul não pensou muito naquilo, ele só falou, era o que ele queria falar.

" O nome da família já está na sarjeta faz tempo... E nem é por conta de minha irmã, e sim minha" Raoul olhou para o outro lado e se sentiu envergonhado.

- Especial? Eu... Sou especial? Você é especial para mim. Por me ensinar a ler e ser bom. A jovem olhou confusa.

- Sim... Quero ser especial para você também. Para alguém eu sou especial, não é? Raoul riu de seu comentário.