Parte 58

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Dois dias se passaram e Layton estavam novamente em seu quarto, ainda conseguia ouvir a voz de sua irmã gritando e lhe dizendo sobre o que ele tinha feito com ela.

" Isso é apenas minha cabeça, ela está praticamente morta" o homem caminhou até sua escrivaninha e percebeu um envelope diferente.

Nele, estava suas iniciais e o carimbo da família real.

" Querido irmão, saiba que sempre te amei. Os motivos que você me mantém refém de meus próprios sentimentos e ações é cruel, tão cruel quando ter tirado de mim a minha filha. Nunca irei te perdoar, saiba que sua hora está chegando... não era preciso chegar até aqui, poderíamos ter resolvido isso tudo com uma simples conversa, mas você não quis ... achou que seria sensato destruir tudo que eu já amei. Gostaria de saber como a mamãe irá reagir ao saber disso tudo... não se espante se ela já esteja ciente, cartas são tão fáceis de ser escritas e entregues. - Erin".

- Maldita! O que é isso? Erin está sem reagir a nós... isso não é verdade, essa letra.... Não é dela, é.... uma armação!! Layton observou a caligrafia perfeita que só sua irmã poderia fazer, nervoso o homem correu até o escritório da rainha.

Eleonor ordenou que seu filho fosse libertado depois de dois dias na cadeia, segundo ela era uma "correção" diante as coisas que ele estava fazendo. Layton tinha ficado agradecido por aquilo, no fundo ele simplesmente desejava que sua mãe o entregasse logo o trono, ele não queria feri-la.

- Me soltem! Eu sou o príncipe deste país, e exijo que me deixem passar! Layton entrou no cômodo com um semblante preocupado.

Indo em direção à mesa central, vasculhou cada parte a fim de encontrar algo que o incriminasse, mas nada foi achado.

- Filho, o que houve?? Eleonor observou com pavor a reação do homem.

- Nada... eu achei que tinha deixado um documento importante aqui.... Não é nada. Layton estava confuso e se virou para ver os guardas o encarando.

" E se.... Estiver em seu quarto a carta? Algo, que possa me meter em confusão?" Layton se retirou no escritório e ao entrar no quarto da rainha o homem percebeu um envelope igual ao que ele tinha recebido, desta vez com as iniciais de sua mãe.

Nervoso, observou que estava fechado, quem estivesse fazendo aquilo estava o provocando, pois, o envelope estava vazio.

- Maldição! Eu irei encontrar essa pessoa que anda brincando comigo! Layton jogou o envelope na fogueira.

Os preparativos do baile tinham sido completados, por insistência de Erin a rainha tinha mantido a data e convidando todos do reino e algumas autoridades de outros lugares.

No outro dia seria o grande baile para comemoração das conquistas de Gales, e seria algo para ser recordado por muitos e muitos anos.

Erik e Raoul tinham aquela situação sobre controle, o visconde tinha se encontrado com Layton na prisão, fizera o papel de amigos e confidente do príncipe, o único a ouvi-lo e dar seus conselhos. Tinha sido muito cuidadoso, Layton estava o considerando tanto, via nele um bom amigo.
Raoul o convenceu que seria uma boa maneira de fazer as pazes com a rainha, ao evitar qualquer discussão sobre o porquê ele tinha sido trancado na prisão, pois para Layton a morte de um guarda nada era de ser levado a sério.
O visconde aconselhou que deveria estar prontamente preparado para o baile, dizendo que aquele momento seria ideal para mostrar a todos que ele era a melhor opção para o trono.

- O idiota está caindo em nossa armadilha, eu sempre achei que ele iria aguentar mais diante nossa pressão psicológica sobre ele. Erik cuidava de enviar as cartas restantes para cada endereço que o príncipe tinha escrito.

- Ele está com remorso ou o que quer que seja, ele está por aqui de se entregar e confessar tudo. Raoul pegou o carimbo do palácio e o usou para selar outro envelope.

- Você acha que ele irá perder o juízo e facilitar nosso trabalho? Oh, visconde... você é muito ingênuo. Não vai me impedir de fazer a jogada final. Erik ri e junta os documentos numa pilha de papéis.

- Você realmente acha que isso é seguro? Não quero por Eve em perigo para te satisfazer nessa sua busca de vingança. Raoul cruza os braços, estava ciente que aquilo que Erik estava planejando seria um risco.

- Visconde... Você precisa confiar mais em mim e em você, Eve estará protegida, saiba que será divertido... ver o príncipe surtar em pleno baile. Erik caminha até a mesa com um conjunto de taças e a enche com vinho.

- Você gostaria de ver, eu me contento com ele preso por definitivo. Raoul suspira, saber que teria que enfrentar algo que poderia pôr a vida de muitos em perigo o deixava aflito.

- Tranquilo, estamos nos saindo bem, não é? Logo, vou poder retornar com minha esposa para a casa e você se casará! Então, fique tranquilo. Erik balança as mãos e se retira da sala.

Raoul só pedia que aquilo tudo se resolvesse logo, queria passar os dias tranquilos e saber que Eve estava segura e com sua família.

" Só quero estar com ela e fazê-la feliz, é o que eu peço" o homem observa a paisagem da tarde daquele dia e busca por sua noiva.

Eve estava com Christine que se mostrou muito falante naquele dia, a soprano estava mostrando alguns vestidos para a jovem que ficou encantada com um no tom vermelho em seda e rendas.

- Esse eu comprei na Índia, não é perfeito?? Christine balançou a peça nas mãos.

De fato, o vestido era lindo, diferente do que Eve usava, era leve e tinha uma leve transparência na saia.

- Tenho uma ideia, quando você tiver sua primeira noite com Rauol, use-o. Aqui é meu presente para você! Eu sei que sugerir que você o use num outro momento vai lhe fazer surtar... Christine ri ao ver a jovem corar.

- Eu gostaria de usá-lo, quer dizer... experimentar? Eve pegou o vestido na mão e sentiu cada bordado delicado.

- A vontade! Estamos entre meninas, não é motivo de vergonha. Você vê como ele vai ficar lindo em você e imagina vestindo isso para Raoul... Christine pisca e se levanta, indo em direção a um baú.

- Muitas jovens tem uma imaginação bastante fértil, o que pode ser bom para visualizar os amados em certas ocasiões... Christine mostra uma peça em branco para a jovem.

- Isso era para lhe dar no dia de seu casamento, mas você pode guardar e usar no dia. Eu segui o conselho de Charlotte sobre usar peças que provoca um pouquinho nossos amados... Christine entrega a lingerie para Eve que arregala os olhos.

- Logo você irá se casar, boba. É bom ter tudo preparado. Raoul é um cavalheiro, não é? Certamente ele irá apenas tocar em você na noite de núpcias, ele é um fofo... eu não teria esse controle. Christine ri e observa a jovem experimentar o vestido.

- Eu sei que... A noite de núpcias é importante também, e eu sempre sonhei com isso... eu acho que Raoul está se controlando e me deixa um pouco apreensiva. Eve se vira para Christine fechar os botões do vestido.

- Eu sei, mas no momento certo e na hora certa, vocês dois vão saber o que fazer. Sem pressão.

Eve observou o vestido em seu corpo, ele era bem revelador mas tinha uma certa elegância em como ele ficava ajustado no corpo.

- Ele ficou lindo! Raoul vai ter um treco ao vê-la assim. Christine prende o cabelo da jovem num coque.

- É bonito mesmo, obrigada por ser minha amiga Christine, eu sei que eu vivo te agradecendo por isso, mas eu realmente fico feliz em tê-la como amiga. Eve sorri e se levanta balançando a cauda do vestido.

- Não é necessário agradecer, somos amigas! Eu, você e Charlotte um trio e tanto. Christine ri ao ver a jovem rodopiar com o vestido.

Naquela noite, todos estavam reunidos, Eve estava ansiosa por conta do baile, seria sua primeira vez no palácio com todos a observando, Raoul tinha ressalvas, mas a baile seria o último passo do plano, depois a vida de todos voltariam para o normal. 

Inesperado: Coincidências existemOnde histórias criam vida. Descubra agora